É chocante o contraste entre a farta cobertura noticiosa do naufrágio de um iate de um milionário britânico e a quase indiferença mediática em face das imensas vítimas anónimas da travessia de migrantes nas mesmas águas. Afinal, só o Mediterrâneo os trata da mesma forma.
5 comentários:
Um excelente texto.
As pessoas, mesmo as que “não têm onde caír mortas”, vêem-se mais depressa num iate de um milionário do que se imaginam num batel de imigrantes.
Pela minha parte só aguardo a chegada amanhã do meu filho “patrão de alto mar”, que portanto conhece muitíssimo bem o assunto, para me explicar o que pode ter acontecido, mera curiosidade técnica minha pois a situação é bem invulgar.
Nota- A “Carta de Patrão de Alto Mar” permite navegação de embarcações de recreio sem limite de potência ou de dimensão da embarcação. Não tem igualmente limitações em termos de área de navegação.
Verdade seja, pode ter sido notícia, mas também com alguma ironia. Olha, também foi...
Pelo que leio sobre a pessoa, numa perspectiva religiosa cristã tradicional, o banho de água estará agora a ser seguido de um caldeirão ardente.
O médico que dirige os serviços de emergência locais, que também socorrem regularmente vítimas de naufrágio em Lampedusa, lembrou isso mesmo: “Diante da morte e diante da vida, não há diferença entre ricos e pobres, entre nobres e comuns”.
O filho chegou aqui ao "algures" na moto em que tem andado a passear há uma semana pelo norte do país.
Apresentou 5 hipóteses técnicas e 2 humanas para os factos.
Tenho a mesma carta de Alto Mar, mas se fosse apanhado na cauda dum tornado como o magnata inglês, de certeza que ia parar ao fundo, da mesma maneira. Sobretudo com a minha "casca de noz" !
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