quinta-feira, agosto 08, 2024

América


A vida política está cheia de surpresas. Há algumas semanas, Kamala Harris era um embaraço para os democratas americanos. Tida por incompetente, por alegadamente não ter tido sucesso em alguns dossiês que lhe tinham sido delegados, já não era vista por muitos como uma solução para resolver a "questão Biden".

Leal ao presidente até ao fim, pelo menos ao olhar público, o nome de Kamala Harris pareceu emergir, de início, apenas como a única alternativa possível, em face do "disarray" que se instalou no seio do seu partido, perante a inevitabilidade da saída de Joe Biden.

O primeiro sinal de que a "operação Kamala" poderia ser um pouco mais do que isso foi o surgimento de uma evidente preocupação na campanha de Donald Trump. A agressividade quase gratuita que o discurso republicano passou a assumir revelou que a nova candidata estava a fazer mossa.

Algumas primeiras sondagens, mostrando uma redução da vantagem que Trump antes levava sobre Biden, podiam, no entanto, resultar apenas do efeito surpresa. Também o embandeirar em arco nas redes sociais podia apenas refletir o "wishful thinking" reinante nos média liberais.

Contudo, os dias passam e a campanha da candidata não parece esmorecer, antes pelo contrário, estando ainda por medir o efeito da escolha do seu candidato à vice-presidência. Mas ainda não há dados para ajuizar se existe, de facto, uma imparável dinâmica de reversão de tendência de voto, desfavorável a Trump.

A complexidade do voto, na imensa diversidade política dos EUA, recomenda sempre muita prudência, na previsão do caminho que levará até ao sufrágio. Uma coisa, porém, parece evidente: para os democratas, a situação há muito que não parecia tão promissora. Será suficiente?

2 comentários:

Unknown disse...

Para mim Kamala não é entusiasmante. Mas o problema deve ser meu. Felizmente, o Trump não vai além daquilo.

aguerreiro disse...

Sou da opinião do "mago" do futebol João Pinto
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