A União Europeia dispara comunicados indignados quando há uma violação de Direitos Humanos em países frágeis. Mas é de uma imensa cobardia em face das atrocidades de Israel em Gaza. E alguém lhe ouviu alguma vez a voz perante a indignidade de Guantánamo? E agora, António Costa?
10 comentários:
Agora nada. Há gente cuja morte é uma violação dos direitos humanos e há gente cuja morte ainda não está bem esclarecida. Ainda há relativamente pouco tempo uma jornalista americana de origem palestiniana foi assassinada a sangue frio pelas tropas israelitas com um colega da AFP a explicar como foi. Alguém se incomodou? Os EUA? São Biden? Assunto logo esquecido. Nem me lembro de que a UE tinha aberto a boca. Talvez algum porta-voz tenha mostrado a sua preocupação para passar logo a outro assunto.
O António, nesta matéria, irá dizer, se disser, o mesmo que disse Josep Borrell, que está "horrorizado", que “urge o cessar-fogo”, que está “consternado” com tantos mortos.
Dito isto, Israel continuará com as mãos livres para prosseguir a matança, seja por meios aéreos, seja pela fome, seja pela falta de meios na área da saúde.
Ou seja, enquanto Israel quiser e contar com o apoio logístico e económico dos EUA e das lideranças europeias, o António, o Borrell, a Ursula, o Mácron, o Scholz, e quejandos continuarão a dormir bem, porque as suas lamentações lavam a sua consciência.
ACosta não se mete nesses enredos...ou não estaria onde está.
O Inferno de Israel
“A indiferença a tudo o que se passa, como a rotina de torturar os presos palestinianos até à morte, define Israel. No campo de detenção da Baía de Guantánamo, aberto pelos Estados Unidos após os ataques do 11 de Setembro, 9 prisioneiros foram mortos em 20 anos; aqui 60 detidos foram mortos em 10 meses. É preciso dizer mais alguma coisa?”
Gideon Levy, jornalista do diário israelita “Haaretz”
Boa pergunta essa que faz a António Costa? Pode ter a certeza de que não "tugirá nem mugirá", que não foi para isso que foi escolhido! Falo na qualidade de grande desiludido com tal senhor que me levou, como simpatizante, a participar com toda a esperança nas primárias que o trouxeram até aqui.
A boa e velha hipocrisia...
A União Europeia é, em matéria de política externa - na medida em que tem uma -, um capacho dos EUA.
Parafraseando Chomsky, se ACosta não acreditasse na valia das indignidades que cauciona, não estaria onde está. Indo um pouco mais longe ainda: se, quando no activo, Seixas da Costa, tivesse escrito muitos postes como este, também é bem possível que não tivesse chegado onde chegou. Voilá ! C'est la vie!
A União Europeia não tem, nunca teve e nunca terá uma política externa, simplesmente porque muitos dos estados membros não abdicam - e, na minha opinião, muito bem- de terem a sua política externa. Assim, tudo o que o responsável pela política externa da UE pode fazer, e é o que têm feito até agora, é debitar generalidades sobre as quais todos estão de acordo. O António Costa, como presidente do Conselho europeu, também não pode fazer mais do que isso.
Não vai acontecer nada ... Borrel ainda tem uns vagos assomos de indignação contra o genocídio palestino (ainda que inconsequentes) mas a Ursula deu cobertura total as ações de Israel. Na realidade para a Ursula - pessoa que não me inspira a menor simpatia nem estima - os palestinos (tal como os arménios) podem ser expulsos das terras ancestrais e chacinados à vontade!
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