Não me vem à ideia nenhum país democrático, para além de Portugal, onde os partidos políticos disponham, em permanência, fora de períodos eleitorais, de largos espaços de propaganda, no meio das cidades e nas suas principais artérias. Visitem a Avenida da República, em Lisboa, por exemplo.
9 comentários:
Deve haver uma norma legal qualquer que dita que esses espaços de publicidade sejam gratuitos para partidos. E já se sabe que tudo aquilo que é gratuito é usado em demasia.
É acabar com tal norma e logo o problema se resolverá.
Quem elabora normas legais estúpidas não tem que depois se queixr das consequências.
É uma praga, mas que já deu um Presidente da República.
J. Carvalho
Essa propaganda está pelo país todo, em tudo que é rotunda e como temos muitas. Ao menos esses partidos poderiam fazer como o PSD que aproveitou as estruturas publicitárias da campanha eleitoral para promover o Governo.
A responsabilidade pela remoção é das Câmaras. Creio existir uma lei que assim determina. Finda a campanha eleitoral os partidos têm um dado tempo para remover da via pública essas estruturas, se o não fizerem as Câmaras devem substituírem-se aos partidos, efetuar a remoção e apresentar a respetiva fatura.
Porque não o fazem?
J. Carvalho
Bom dia Sr Embaixador.
Respeitosamente, assino por baixo.
Respeitando, sempre, a opinião de outrem (concordando umas vezes, discordando outras), este "caso" é para mim um dos mais eloquentes exemplos de uma sociedade que continua como aqueles gaiatos que ora estão com 37º ora 37,8º de temperatura, nunca melhoram definitivamente. Falar em poluição visual é o mínimo!
Bom fim de semana. Saúde.
António R. Cabral
Enchendo-nos a cabeça de lixo, não haverá lugar para outras coisas!
Cada vez que o nosso caro Embaixador chama a a atenção para esta "vergonha nacional" (e nisso tem sido bastante incansável), eu vim aqui e pus isto (uma ligação, com licença), chamando a atenção para 11 e 12.
Já deve ser assim a 3ª ou 4ª vez que o pus.
https://www.cne.pt/faq2/100/90
Encontrei por aí um Projecto de Lei de há 2 anos do Livre sobre o assunto e a informação que em 2016 a única Câmara que tinha regras era a de Oeiras.
Não me vem à memória um país que trate o futebol da maneira como nós o tratamos, com 3 clubes a monopolizar o espaço televisivo/informativo, com políticos comentadores a adensarem e alimentarem a boçalidade, com clubes da 1ª divisão a jogarem em estádios emprestados por falta de condições dos seus próprios estádios, os quais são bem piores do que estádios da 3ª ou 4ª divisões de qualquer país europeu desenvolvido, com jogos com uma assistência de 300 ou 400 pessoas, etc., etc. etc.
O anónimo das 15:44 sou eu. Não me canso (até ver) de apontar esta vergonha nacional, que tem a ver, indelevelmente, com o nosso retrocesso ao nível das mentalidades e da própria cultura cívica. Anda muito em voga a expressão "vergonha alheia". Pois é mais ou menos isso que eu sinto quando me deparo com o tratamento que as elites (políticas. sociais) e a comunicação social fazem do fenómeno futebolístico do nosso país. E a palavra fenómeno emprega-se aqui muito bem.
continuo anónimo e não sei porquê (José Ricardo)
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