terça-feira, fevereiro 28, 2023

Wolf

 


Martin Wolf é alguém que me habituei a ler, sempre com imenso proveito, no "Financial Times". Há dias, vi que publicou este livro. Pedi-o, na Amazon, e chegou na tarde de hoje. São quase 500 páginas. Quando vejo por aí a referência aos "bancos de horas", tenho pensado se não poderei recorrer a um empréstimo...

3 comentários:

Luís Lavoura disse...

São livros que rapidamente ficam datados.

Paulo Guerra disse...

“Enquanto escrevo estes parágrafos finais no inverno de 2022, dou por mim a duvidar se os EUA ainda serão uma democracia funcional no final da década."

Com o atraso que revela só não digo que está gravido devido à sua respeitosa idade e porque ainda não acredito que os homens podem engravidar ao contrário de muitos americanos.

Infelizmente muita gente não olha nem para a Democracia nem para a grande impressora americana e muito menos para o actual “capitalismo” da America e é ouvi-los continuar a supor a maior Democracia do Mundo unipartidária - onde nunca conseguiu emergir uma terceira força politica e Trump já é outra vez cabeça de cartaz do GOP - e o capitalismo industrial dos anos 70! Com os ordenados congelados há 40 anos e onde a maioria dos americanos para conseguir ter o mesmo nível de vida dos anos 70 tem que ter no minimo 3 empregos se calhar a ter sorte! Numa economia completamente viciada nos baixos salários que não páram de chegar do quintal do sul que as grandes corpoorações americanas também exploram e obrigam a emigrar.

Pelas mesmíssimas razões que inquietam o autor. A desregulação, sobretudo financeira matou completamemnte o capitalismo e a Democracia na America. Mesmo que muitos em Portugal também ainda continuem a apontar para o seu brilhante sistema da saúde! Hoje um buraco tão grande que sozinho consome todos os recursos necessários para redirecionar a economia! Uma verdadeira questão de segurança nacional para a qual também não há prisões suficientes nos EUA! Talvez a CIA ainda tenha que fazer mais alguns voos secretos para redistribuir prisioneiros por alguns buracos negros que tem à volta do globo sempre à disposição!

Com a Europa no mesmo caminho. Nem de outra forma víamos países neutrais na WWII hoje tão obedientes ao belicismo de Bruxelas. E tão bons alunos que nós somos a maior parte do tempo! Quase sempre no quadro de honra dos países mais pobres e mais endividados. O que nunca devemos deixar de agradecer ao BCE e sobretudo ao FMI! Outra grande instituição americana com tão bons resultados pelo mundo fora! Se bem com os EUA muito à frente como é habitual! Em matéria de crashs financeiros sempre foram líderes mundiais muito destacados! Ou também deverei dizer globais?

Porque como também diz o autor o rentismo com lucros monopolistas alimenta as desigualdades e compra a influência política - e todo o tipo de influência como os media - para manter o status quo que tanto lhe convém! Com Bernie Sanders no Senado todo contente porque Biden recebeu-o depois das eleições mesmo que não tenha cumprido uma única promessa até hoje - muito na linha de outro grande democrata do City Group como Obama - e a votar ainda mais alegremente pelo envio de armas para a Ucrania com que imagino que o também o grande pacifista Benie pensa parar a guerra! Também muito na linha dos pacifistas verdes alemães. E sem uma grande disrupção não vai ser possível voltar a implantar qualquer tipo de regulação nos EUA! A boa notícia é que o eixo do mundo já mudou para leste, mesmo que muitos ainda não o admitam e talvez menos ainda o percebam num processo muito acelerado pelo conflito na Ucrania, com a Eurásia como o novo 'olho' global no seu centro. Veremos com que mudanças.

P.S. As duas últimas Conferências de Segurança de Munique deviam passar nas televisões de todos os países para todos vermos as grandes alterações climaticas com os nossos próprios olhos. Ao nível das emoções do mundo livre, claro. O próprio Stoltenberg já se contradiz na mesma frase. O pobre diabo do mordomo que já podia estar a alinhar a secretária no Banco Central da Noruega.

Paulo Guerra disse...

Ucrânia: o túnel no fim da luz

Os EUA abusaram de sua unção providencial como nação excepcional, escreve Robert Freeman. Esse abuso foi reconhecido, denunciado e agora está sendo combatido pela maioria das outras nações do mundo.

https://consortiumnews.com/2023/02/28/ukraine-the-tunnel-at-the-end-of-the-light/

Estados de alma

Há uns anos, tivemos por cá uma amostra paroquial de um governo que detestava o Estado a dirigir esse mesmo Estado. Era a lógica de "me...