Tive muito gosto em moderar, na passada quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, um debate sob o tema “Uma nova Ibero-América e uma nova relação transatlântica”, organizado pelo Foro La Toja - Vínculo Atlântico, uma estrutura não-governamental espanhola, já existente há vários anos, presidida pelo antigo ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Josep Piqué, que agora alarga a sua atividade a Portugal, com apoio do Grupo Hotusa.
Para esta conversa, a organização convidou o antigo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, o antigo vice-primeiro português, Paulo Portas, o antigo primeiro-ministro peruano, Pedro Cateriano, e o antigo presidente do Brasil, Michel Temer, que interveio por videoconferência.
Encaminhei o debate, que se prolongou por mais de uma hora, com base em três tópicos que lancei aos convidados : (1) perspetivas dos projetos de integração no atual contexto político latino-americano, (2) identidades e dissonâncias geopolíticas entre a UE e os países latino-americanos, em face da nova polarização à escala global, (3) futuro da relação económica entre a UE e a América Latina, num mundo em potencial “desglobalização” e crescimento do protecionismo.
Acho que a audiência apreciou este painel, que complementou outros que tiveram lugar na mesma manhã.
Peço de empréstimo esta fotografia que o António Nogueira Leite fez do seu lugar e publicou no Twitter.
6 comentários:
Havia tradução para português ou os únicos "esquisitos" eram os hispânicos?
Tem algo a ver com a ilha da Toxa, na Galiza?
Mariano Rajoy, Paulo Portas, Pedro Cateriano, Michel Temer
Cateriano não conheço. Os outros são todos um bocado direitistas. Parece-me um fórum assaz enviesado.
Havia tradução. Eu falei em português.
Luis Lavoura. Refere-se à ilha de La Toja, de facto. É assim que a ilha se chama em espanhol, língua oficial do forum.
Ler o nome de Michel Temer, mesmo se não estava presente, deixou-me pensativo. Os adjectivos, para o qualificar, são repelentes. Imagem do homem, quando agarrou a cadeira de Dilma Rousseff e precipitou a sua queda.
Mas vivemos tempos em que tudo, absolutamente tudo, vem à tona da água…Mesmo os submarinos !
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