"Wishful thinking", em português simples, significa tomar os desejos próprios pela realidade. É o que se vê mais por aí, a propósito da guerra da Ucrânia. As pessoas deviam usar menos qualificativos insultuosos sobre os contendores e os seus apoiantes e um pouco mais a sua cabeça.
5 comentários:
Pensemos, pois. A escalada galopante tem cerca de um ano. Desde então, A Federação Russa estabeleceu-se em territórios que não estavam inicialmente na agenda, a Federação Russa e a República Popular da China entraram em modo de remilitarização rápida, a Índia e os remanescentes BRICS não vacilam, há uma coisa chamada a Organização de Shangai as suas economias estão pujantes. Na Ucrânia, é o que sabemos: mísseis todos os dias, o país, que era dos mais corruptos da Europa, é agora dos mais corruptos do mundo, o que ainda passava por uma democracia é agora uma ditatura absolutista e no campo de batalha as perspetivas são tudo menos famosas. Passemos então para a Europa. Ai a Europa. Será preciso dizer mais alguma coisa?
"As pessoas deviam usar menos qualificativos insultuosos sobre os contendores e os seus apoiantes e um pouco mais a sua cabeça."
Inteiramente de acordo.
Nas redes sociais o que mais se vê é o insulto como chamar troca-tintas e aldrabão ao Primeiro Ministro e, em geral, aos que pensam de modo diferente. Não é só quem escreve nas redes sociais, políticos da oposição usam frequentemente essa arma, incluindo Montenegro que ouço mais a dizer que o governo não presta do que a apresentar ideias alternativas. Assim a Direita não vai lá.
O mesmo a respeito da guerra na Ucrânia, Basta um General fazer análises mais objectivas para ser chamado de Putinista e etc. Penso que todos, ou quase, já perceberam que a derrota total da Rússia no sentido que Zelensky lhe dá não é possível. Salvo com tropas da Nato no terreno. Assim não é possível alcançar a paz. Se calhar só se consegue quando a Ucrânia estiver reduzida a escombros com milhões de mortos (e do lado russo também) ou depois de uma guerra nuclear.
Também não me parece útil omitir o papel da Nato e é raro ouvir falar dela neste contexto. Se a Nato não corresse para a Ucrânia, estaríamos nesta situação?
Zeca
nem mais.
Esperanças vãs...
Há comentários ideológicos que não merecem respeito nenhum, como os dos amigos do PCP. Felizmente, já são poucos.
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