segunda-feira, fevereiro 27, 2023

Brasil

O que se tem passado, a nível das forças políticas portuguesas, a propósito da ida à Assembleia da República do presidente do Brasil (tenha ele o nome que tiver), é de uma incomensurável irresponsabilidade e de uma imensa falta de sentido de Estado, numa vertente essencial da nossa política externa.

Lideranças políticas responsáveis (não falo de grupos populistas) deveriam perceber que o que "ganham" com uma chicana politiqueira, em torno de declarações do PR ou do MNE, é sempre muito inferior à credibilidade que perdem com o tratamento ligeiro de um tema de Estado.

13 comentários:

Paulo Guerra disse...

Era preciso que essas lideranças tivessem a formação politica do Sr. Embaixador! Para não dizer quaqluer tipo de formação no caso da cambada passista!

Luís Lavoura disse...

Concordo completamente e enfaticamente com o primeito parágrafo.

É uma vergonha tratarem o chefe de Estado do Brasil como se se tratasse de um corrupto. Mesmo que o fosse (corrupto), é um chefe de Estado do Brasil, votado pelo povo desse país - e isso deveria bastar.

Anónimo disse...

Subscrevo. A falta de cultura histórica e política, de sentido de Estado, de compreensão do que é Portugal e ausência do mais leve traço de patriotismo é aterrador. Como a incomensurável estupidez.
Fernando Neves

João Cabral disse...

E se o fosse Bolsonaro, senhor embaixador. Pois.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Políticos a sério precisam-se.

Luís Lavoura disse...

João Cabral marca um ponto. Se tivesse sido Bolsonaro a visitar Portugal, sem dúvida que muitos na Assembleia da República se recusariam a recebê-lo - mesmo sendo ele o presidente, legitimamente eleito, de um país tão importante para Portugal quanto o Brasil. Não é pois chocante que muitos na Assembleia da República não queiram receber Lula.
É este o preço de se transferir para a política nacional lutas políticas de outros países. Coisa que nunca deve ser feita. Nunca nos devemos imiscuir na política interna de países estrangeiros.

João Cabral disse...

E João Lourenço discursaria? Não se entende porque Lula (personagem a quem também não faltam nódoas) terá um privilégio que outros não teriam.

Francisco Seixas da Costa disse...

João Cabral https://arquivos.rtp.pt/conteudos/discurso-de-jose-eduardo-dos-santos/

João Cabral disse...

Senhor embaixador, a AR referida é a angolana, como aliás se pode ver pelas imagens. Que saiba, Eduardo dos Santos nunca discursou no Parlamento português.

Francisco Seixas da Costa disse...

João Cabral https://www.dn.pt/lusa/portugalangola-joao-lourenco-fez-discurso-claro-determinado-e-corajoso-no-parlamento----marcelo--10222565.html

Francisco Seixas da Costa disse...

João Cabral tem razão: JES foi à AR mas não a sessão plenária (https://www.dn.pt/portugal/jose-eduardo-dos-santos-inicia-a-visita-oficial-a-portugal--1165903.html). Já João Lourenço discursou no plenário.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, de propósito e no contexto de uma visita de Estado. Não inserido em comemorações de um acontecimento nacional.

manuel campos disse...


Já escrevi o que penso noutro sítio.
Mas o João Cabral, a quem nunca louvei por aqui, tem razão.

O 25 de Abril é "sagrado" para mim.
Misturar interesses ocasionais nele é para mim quase um "crime".

Já lá tivemos ao longo dos anos a festejá-lo muitos portugueses, até alguns intervenientes diretos no dito, de que acabámos por nos arrepender da importância que lhes demos na altura.
Não ponhamos agora as "mãos no fogo" por não portugueses que não faz sentido santificar, tudo tem o seu tempo.

Como presidente democraticamente eleito de outro país (qualquer que seja) pode ser convidado para esta cerimónia e convidado a discursar em qualquer outra altura.

Mas isto digo eu, Lula da Silva não sabe quem eu sou, não vai ficar chateado comigo.


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