Um prego na barra do Gambrinus rimaria bem, em regra, com uma saída da 6a de Mahler, na Gulbenkian. E uma ida ao Tico Tico costuma ser um complemento adequado ao final de uma noite de futebol que nos correu bem. Mas eu sou do contra, já não vou muito em futebóis e hoje, no fim da música, deu-me para ir jantar à histórica marisqueira do alto da Avenida da Igreja. E não me arrependi. O ambiente continua igual ao que sempre foi: animado, solto, barulhento, sem cerimónias. O serviço é rápido, com empregados antigos, diligentes e corteses q.b.. A lista é, basicamente, a de sempre, com a lampreia na "saison". O preço é bastante em conta, em especial atenta a especulação que por aí grassa. A relação satisfação/preço foi boa. Já tinha saudades do Tico Tico. Vou regressar em breve.
4 comentários:
Bem haja por me recordar o Tico Tico onde ia tantas vezes sempre que estava em Lisboa! Descontraído, agradável, comida boa e preço aceitável. Ainda bem que mantém as suas características. Parabéns Tico Tico!
Fomos lá há 3 meses almoçar com a minha sogra, que vive a 30 metros e sempre gostou de lá ír (vive ali desde que o prédio foi construído).
Minha mulher marcou com antecedência a hora de almoço e até questionou qual seria a melhor hora para irmos, dado que minha sogra tem 97 anos e os problemas de locomoção próprios da idade, não conviria estar muito tempo à espera, qualquer hora era boa para nós.
Marcada a hora que mais lhes convinha a “eles” e chegados lá não havia mesas para 3 pessoas, portanto esperem aí na fila até que haja uma e vão escolhendo (o que eu nunca faria se não fossemos com a senhora, é um truque para nos “agarrar” logo ali).
Também não havia cadeiras disponíveis para sentar a senhora enquanto esperava, eu estava para ir buscar a cadeira de rodas dela quando nos valeu a boa vontade de outros clientes, nós aguentámos estoicamente em pé cerca de meia-hora o que, para um de nós os dois, não é mesmo nada linear.
Finalmente sentados à mesa comemos da comida mais banal que se possa imaginar, não sem eu ter tido que chamar a atenção a alguns funcionários que desesperadamente se esforçavam por me entornar as travessas por cima e mostravam um ar incomodado com a falta de “ginástica” da minha sogra para se desviar deles (e não o oposto).
Valeu que o funcionário que tratou de nós era muito simpático e que a conta é aceitável, mesmo para quem não ficou entusiasmado com a comida.
Vou repetir aqui que felizmente não ando a contar os tostões, almoço todos os dias do ano fora (excepto domingos) e tanto como (e com a mesma cara) no Porto de Santa Maria ou numa tasca de 10 lugares sentados da Rua de São José em Lisboa.
Por acaso não tinha levado como carro o modelo coupé mas sim o modelo sedan, mas mesmo com este carro as operações “logísticas” de meter/retirar a senhora do carro não seriam fáceis, noutra situação de "mobilidade do grupo" teria ido logo a outro sitio, assim que percebi que nem as marcações “deles” corriam bem.
Portanto não volto a meter lá os pés a não ser com uma arma apontada às costas, facto para o qual eles se estão borrifando porque têm a casa sempre cheia e eu me estou borrifando porque naquela área tenho “Os Courenses” que, até ver, nunca me desiludiram e até têm o cuidado de se lembrarem (há mais de 10 anos) da sobremesa favorita de um neto meu que vive ali noutra rua daquela zona de Alvalade (mas neste restaurante ainda é mais importante marcar mesa que no Tico-Tico).
Talvez à noite seja diferente, admito que sim, mas dispenso de todo a experiência.
Quando os restaurantes começam a achar que a fama que vem de trás lhes basta é hora de os esquecermos e de eles nos esquecerem (assim ficamos quites).
Já avisámos a minha sogra que, dê o trabalho que der, para a próxima escolhemos nós.
Por esses lados, aprecio mais o Courenses.
E não esquecer o Dom Feijão. Por trás da Avenida de Roma. (Largo Machado de Assis)
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