segunda-feira, fevereiro 13, 2023

Falar claro

Como ateu, gostava de deixar claro, neste momento menos simpático para os católicos portugueses, que continuarei a considerar que o património cívico e moral da igreja católica, na história da sociedade portuguesa, é bem superior a esta mancha, que é, aliás, um segredo de Polichinelo.

6 comentários:

João Cabral disse...

Comungo do seu ateísmo, senhor embaixador, mas a Igreja é feita por humanos, logo, tem todas as falhas e virtudes de qualquer humano. Quem achar o contrário, não está a ser sério nem realista.

Unknown disse...

Obrigado!

manuel campos disse...


Totalmente de acordo.
Mas não são atitudes de bom senso comum que estão a dar.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Como Católico o que me interessa é a Verdade, o sofrimento de quem foi sujeito tão terrível ataque à sua integridade existencial e assegurar que tais atos se reduzam a zero, ou pelo menos a aproximadamente zero.

Não tenho a menor dúvida de que o longo caminho será devidamente trilhado.

Um grande bem haja à Comissão.

Carlos Antunes disse...

Não sou “ateu”, vivendo naquela franja dos “agnósticos”. Tive uma educação católica, como a maioria das pessoas da minha geração, e embora conviva com familiares e amigos católicos que são crentes e praticam a sua fé católica, há muito (lá pelos meus longínquos doze/treze anos), que deixei de acreditar na Igreja Católica.
Sem embargo, admiro o trabalho social que as instituições católicas exercem, por exemplo, nos países africanos de expressão portuguesa – realidade que conheço bem – em que desempenham uma missão essencial no alívio da pobreza e das privações de toda a ordem (sanitárias, educativas, etc.), suprindo as falhas dos respectivos Estados.
E admiro, mesmo sendo agnóstico, especialmente o Papa Francisco pelas suas intervenções sobre o mundo do trabalho no actual mundo capitalista, em que pede uma reflexão global sobre um “novo mundo do trabalho”, com base no “trabalho justo”, no respeito no “processo produtivo” de forma a permitir o crescimento humano das pessoas, a harmonia dos tempos de vida familiar e laboral, e no direito do movimento sindical à negociação de condições de trabalho decentes e dignas com base na contratação colectiva (Carta encíclica "Fratelli tutti”, Mensagem aos participantes da 109ª Conferência Internacional do Trabalho, Homília “o Trabalho é a vocação do homem”, “Terra, Casa, Trabalho - Discursos aos movimentos populares, etc.). «O mercado por si só não pode resolver todos os problemas, por mais façam a gente acreditar nesse dogma da fé neoliberal», escreveu recentemente o Papa Francisco.
Mas admiro-o ainda mais porque duvido que a mais alta hierarquia da Igreja portuguesa se identifique com ele, com as reformas que tenta levar a cabo na Igreja (e na sociedade) com a sua doutrina, igreja que nunca teria tido a coragem de abrir as portas ao escrutínio da sociedade sobre a ocultação dos crimes sexuais cometidos em Portugal por membros da Igreja, se não fosse o Papa Francisco.

Nuno Figueiredo disse...

falar claro? l' Imobiliare...

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