O Clube de Lisboa continua a sua regular atividade de reflexão, com convidados internacionais, sobre grandes temas de importância global.
Desta vez, no dia 3 de março, sexta-feira, vamos organizar uma conferência sobre uma questão da maior atualidade: "Segurança - da Europa ao Indo-Pacífico" (clique na imagem, para melhor leitura do programa).
Com uma riquíssima participação de especialistas internacionais, o Clube de Lisboa, com o apoio de várias entidades - de que destaco a Embaixada do Japão e a Agência Europeia de Segurança Marítima - convida todas as pessoas interessadas a participar presencialmente, como sempre sem qualquer encargo, nesta jornada de reflexão. Quem quiser estar no auditório desta conferência deve inscrever-se através do site do Clube de Lisboa.
6 comentários:
Quer dizer que a Agência Europeia de Segurança Marítima também já assimilou a nova designação Indo Pacifico para o Mar da China Meridional? Muito bem! Só espero que não venham a Lisboa mudar o nosso mar da palha! Mas como não somos uma "ameaça" à hegemonia não devem vir. Uma ameaça como a China com a Marinha dos EUA pendurada no território da China a milhares de milhas maritimas de distancia dos EUA! Mais uma ameaça com o invasor às cavalitas! Quanto muito a nivel cientifico e tecnologico. Na robotica, telecomunicações e tecnologias verdes! Na ultima grande revolução tecnologica, a revolução Quantica onde a AI vai dispensar os microprocessadores segundo o próprio MIT! Um país ainda em desenvolvimento com 10 das 20 maiores empresas tecnológicas! E três no top 10. E cinco das dez maiores empresas de veículos elétricos do mundo. Militarmente até uma criança percebe que a china não representa uma ameaça para ninguém com forças armadas predominantemente de defesa! E No caso de Taiwan, como Honk Kong aliás, têm hoje economias completamente integradas com o Continente!
Actualmente os dois grandes derrotados da WWII não passam de dois capachos dos EUA. E duas economias que muito admiro muito norteadas por List ainda hoje. Da Alemanha depois dos Nord Stream já nem vale a pena falar. E o Japão também podia ser uma economia monumental e devia ser sobretudo um estado soberano quase 1 seculo depois dos erros de dos horores da WWII! Até de religião foram obrigados a mudar os desgraçados!
Que não passam de uma das maiores colônias dos EUA desde a rendição a 15 de agosto de 1945, quando acabou a WWII! Há 77 anos! Atualmente, Tóquio gasta cerca de 8 Biliões de dólares/ano para manter mais de 30 bases militares americanas! E que remédio senão obedecer cegamente aos quase 100 000 Gis! Hoje talvez mais do que nunca! Uma grande potencia tecnológica com um PIB per capita - depois de 77 anos do jugo dos EUA - 33% menor que nos EUA e com o dobro da carga tributária. Mais palavras para quê?
O programa da conferência está ilegível. Poderia fazer um linque para o pdf dele, talvez?
Excelente comentário que subscrevo na íntegra!
a) Titus
(titus70adrianus135@gmail.com)
Creio que teremos dito tudo se dissermos que da mesma maneira que os Estados Unidos, desde sempre, procuraram estabelecer as suas fronteiras o mais longe possível das suas costas, do Atlântico como do Pacifico, com a sua política do “containment”, assim fixam as próximas metas no novo contexto do “indo-pacifico”.
Para os Estados Unidos (e seu aliado britânico), o interesse da abordagem Indo-Pacífica é federar em torno deles uma aliança para se opor económica, política e militarmente ao poder chinês.
Donald Trump, já anunciou os princípios na Cúpula de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) no Vietname em Novembro de 2017.
A ruptura pela Austrália de um contrato prometido à França, para 12 submarinos convencionais, em favor de uma parceria com o Reino Unido e os Estados Unidos para a obtenção de submarinos de ataque com propulsão nuclear, é indicativo da febre geopolítica na região do Indo-Pacífico, diante da ascensão da China, demonstrando ao mesmo tempo o desprezo ou uma nova demonstração da falta de consideração da Casa Branca pelos aliados europeus, independentemente do partido no poder.
É o AUUKUS (Austrália - Reino Unido - Estados Unidos). Uma aliança muito claramente voltada contra a China no espaço Indo-Pacífico.
Teria sido interessante conhecer a opinião dum português que descobriu e conheceu muito bem esta região, da África Oriental até ao Pacífico Oriental.
O seu programa para obter o controle de todas as principais rotas comerciais marítimas do Oriente lançou as bases da hegemonia portuguesa no Oriente.
Quando vejo as forças em presença hoje e aquelas de que dispunha Afonso de Albuquerque, para dominar mais de 50% da superfície terrestre, bem como os três quartos da população mundial …
Nunca saberei como acabará este futuro confronto preparado pelos Estados Unidos, mas o que é certo é que no espaço Indo-Pacífico, a China é um actor incontornável, com todos os trunfos de que dispõe.
E de ler de vez em quando o quotidiano chinês Global Times, porta-voz do Partido Comunista, no qual Pequim denuncia o QUAD (Estados Unidos, Índia, Japão, Austrália) como uma « NATO asiática a serviço das ambições hegemónicas americanas”.
Uma cimeira Asia-Pacifico sem a China? As pessoas dão-se conta do ridículo? O mundo não tem donos e podiam ao menos olhar para as trocas comerciais na região! O bronco do Trump foi o presidente americano que só depois de bombardear a Siria é que o Post declarou que ele era finalmente Presidente dos EUA! É nesta insanidade que DC vive! Da mesma forma que a propagnda ocidental hoje só serve para escamotear que o alargamento da NATO e nomeadamente este conflito só foi provocado para desligar a Russia da Alemanha e da Europa! Como a WWI! Além do velho sonho do regime change em Moscovo como é óbvio! Como o investimento dos EUA na nova Europa do Rumsfeld! Além da ameaça que o alargamento representa para a Russia que também não conseguimos admitir! Kennedy em 62 já estava pronto para voltar a invadir Cuba - depois da baía dos porcos 2 anos antes - se ambas as partes não falassem e levantassem ambas os seus misseis. Foi o que faltou desta vez! Gente comprometida com a paz! A Russia não fez nada que os US não fizessem nas mesmas condições! E muito mais cedo!
Daqui a necessidade da carcicatura de Putin e a narrativa que Yeltsin era um gajo bestial e quem estragou tudo foi o tirano de Putin?! Sem se darem conta como Ieltsin é encarado pelos russos e que foi Ieltsin que chamou Putin depois de pedir desculpa aos russos! Aliás, se houve alguma eleição fraudulenta nos últimos anos na Russia foi a eleição de Yeltsin! Como ainda noutro dia ouvi aos líderes dos últimos protestos contra Putin! Nenhum pôe sequer em causa qualquer eleição ou o apoio de Putin ao contrário da propaganda ocidental! Que devia ter a coragem de chamar a 150 Milhões de russos o que chama a Putin todos os dias! Yeltsin que tal como Gorbatchov imputou ao alargamento da NATO a impossíbilidade de mais reformas na Russia! E no caso de Yeltsin de prosseguir com o saque da Russia!
Já que eu por acaso até penso que o maior “problema” da Russia hoje são mesmo os seus recursos naturais. Como o petróleo na Venezuela! Onde os media só relatam a parte que lhes interessa! Golpe de estado com snipers como no Euromaidan? Nem pensar! Por norma paises sem recursos nunca têm problemas. Nós temos o direito de pensar o que quisermos da Russia, inclusive que gostávamos que caminhasse mais para um verdadeiro estado de direito, talvez com outro fantoche da CIA como o próprio Yeltsin ou como o ex-nacionalista Navalny agora mas não temos o direito de dizer aos russos como devem pensar ou como deve ser a Russia! Os US só conseguiram fortalecer Putin e a aliança da Russia com a China! E destruir a Ucrania para a qual se estão bem a borrifar! Como para a Democracia plena na Russia como provam desde a dissolução da URSS!
Há dias discuti aqui o apoio dos ucranianos à entrada na NATO porque no fim do dia é o que o define o verdadeiro invasor da Ucrania. Segundo um relatório da própria NATO, menos de 20% dos ucranianos apoiavam a entrada na NATO antes de 2014! E o que dizem os media? Que a Ucrania sonhava todos os dias com a NATO. No ponto 32:
https://www.nato-pa.int/document/2011-172-cdsdg-11-e-rev1-ukraine-malan-report
Vi um dia escrito, não me lembro onde, que os chineses não construíram a Grande Muralha para conquistar terras aos bárbaros. Construíram-na para manter os bárbaros de fora.
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