segunda-feira, fevereiro 27, 2023

Segurança - Da Europa ao Indo-Pacífico

O Clube de Lisboa continua a sua regular atividade de reflexão, com convidados internacionais, sobre grandes temas de importância global. 

Desta vez, no dia 3 de março, sexta-feira, vamos organizar uma conferência sobre uma questão da maior atualidade: "Segurança - da Europa ao Indo-Pacífico" (clique na imagem, para melhor leitura do programa).

Com uma riquíssima participação de especialistas internacionais, o Clube de Lisboa, com o apoio de várias entidades - de que destaco a Embaixada do Japão e a Agência Europeia de Segurança Marítima - convida todas as pessoas interessadas a participar presencialmente, como sempre sem qualquer encargo, nesta jornada de reflexão. Quem quiser estar no auditório desta conferência deve inscrever-se através do site do Clube de Lisboa.

6 comentários:

Paulo Guerra disse...

Quer dizer que a Agência Europeia de Segurança Marítima também já assimilou a nova designação Indo Pacifico para o Mar da China Meridional? Muito bem! Só espero que não venham a Lisboa mudar o nosso mar da palha! Mas como não somos uma "ameaça" à hegemonia não devem vir. Uma ameaça como a China com a Marinha dos EUA pendurada no território da China a milhares de milhas maritimas de distancia dos EUA! Mais uma ameaça com o invasor às cavalitas! Quanto muito a nivel cientifico e tecnologico. Na robotica, telecomunicações e tecnologias verdes! Na ultima grande revolução tecnologica, a revolução Quantica onde a AI vai dispensar os microprocessadores segundo o próprio MIT! Um país ainda em desenvolvimento com 10 das 20 maiores empresas tecnológicas! E três no top 10. E cinco das dez maiores empresas de veículos elétricos do mundo. Militarmente até uma criança percebe que a china não representa uma ameaça para ninguém com forças armadas predominantemente de defesa! E No caso de Taiwan, como Honk Kong aliás, têm hoje economias completamente integradas com o Continente!

Actualmente os dois grandes derrotados da WWII não passam de dois capachos dos EUA. E duas economias que muito admiro muito norteadas por List ainda hoje. Da Alemanha depois dos Nord Stream já nem vale a pena falar. E o Japão também podia ser uma economia monumental e devia ser sobretudo um estado soberano quase 1 seculo depois dos erros de dos horores da WWII! Até de religião foram obrigados a mudar os desgraçados!

Que não passam de uma das maiores colônias dos EUA desde a rendição a 15 de agosto de 1945, quando acabou a WWII! Há 77 anos! Atualmente, Tóquio gasta cerca de 8 Biliões de dólares/ano para manter mais de 30 bases militares americanas! E que remédio senão obedecer cegamente aos quase 100 000 Gis! Hoje talvez mais do que nunca! Uma grande potencia tecnológica com um PIB per capita - depois de 77 anos do jugo dos EUA - 33% menor que nos EUA e com o dobro da carga tributária. Mais palavras para quê?

Luís Lavoura disse...

O programa da conferência está ilegível. Poderia fazer um linque para o pdf dele, talvez?

Anónimo disse...

Excelente comentário que subscrevo na íntegra!
a) Titus
(titus70adrianus135@gmail.com)

Joaquim de Freitas disse...


Creio que teremos dito tudo se dissermos que da mesma maneira que os Estados Unidos, desde sempre, procuraram estabelecer as suas fronteiras o mais longe possível das suas costas, do Atlântico como do Pacifico, com a sua política do “containment”, assim fixam as próximas metas no novo contexto do “indo-pacifico”.

Para os Estados Unidos (e seu aliado britânico), o interesse da abordagem Indo-Pacífica é federar em torno deles uma aliança para se opor económica, política e militarmente ao poder chinês.

Donald Trump, já anunciou os princípios na Cúpula de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC) no Vietname em Novembro de 2017.

A ruptura pela Austrália de um contrato prometido à França, para 12 submarinos convencionais, em favor de uma parceria com o Reino Unido e os Estados Unidos para a obtenção de submarinos de ataque com propulsão nuclear, é indicativo da febre geopolítica na região do Indo-Pacífico, diante da ascensão da China, demonstrando ao mesmo tempo o desprezo ou uma nova demonstração da falta de consideração da Casa Branca pelos aliados europeus, independentemente do partido no poder.

É o AUUKUS (Austrália - Reino Unido - Estados Unidos). Uma aliança muito claramente voltada contra a China no espaço Indo-Pacífico.

Teria sido interessante conhecer a opinião dum português que descobriu e conheceu muito bem esta região, da África Oriental até ao Pacífico Oriental.

O seu programa para obter o controle de todas as principais rotas comerciais marítimas do Oriente lançou as bases da hegemonia portuguesa no Oriente.

Quando vejo as forças em presença hoje e aquelas de que dispunha Afonso de Albuquerque, para dominar mais de 50% da superfície terrestre, bem como os três quartos da população mundial …

Nunca saberei como acabará este futuro confronto preparado pelos Estados Unidos, mas o que é certo é que no espaço Indo-Pacífico, a China é um actor incontornável, com todos os trunfos de que dispõe.

E de ler de vez em quando o quotidiano chinês Global Times, porta-voz do Partido Comunista, no qual Pequim denuncia o QUAD (Estados Unidos, Índia, Japão, Austrália) como uma « NATO asiática a serviço das ambições hegemónicas americanas”.

Paulo Guerra disse...

Uma cimeira Asia-Pacifico sem a China? As pessoas dão-se conta do ridículo? O mundo não tem donos e podiam ao menos olhar para as trocas comerciais na região! O bronco do Trump foi o presidente americano que só depois de bombardear a Siria é que o Post declarou que ele era finalmente Presidente dos EUA! É nesta insanidade que DC vive! Da mesma forma que a propagnda ocidental hoje só serve para escamotear que o alargamento da NATO e nomeadamente este conflito só foi provocado para desligar a Russia da Alemanha e da Europa! Como a WWI! Além do velho sonho do regime change em Moscovo como é óbvio! Como o investimento dos EUA na nova Europa do Rumsfeld! Além da ameaça que o alargamento representa para a Russia que também não conseguimos admitir! Kennedy em 62 já estava pronto para voltar a invadir Cuba - depois da baía dos porcos 2 anos antes - se ambas as partes não falassem e levantassem ambas os seus misseis. Foi o que faltou desta vez! Gente comprometida com a paz! A Russia não fez nada que os US não fizessem nas mesmas condições! E muito mais cedo!

Daqui a necessidade da carcicatura de Putin e a narrativa que Yeltsin era um gajo bestial e quem estragou tudo foi o tirano de Putin?! Sem se darem conta como Ieltsin é encarado pelos russos e que foi Ieltsin que chamou Putin depois de pedir desculpa aos russos! Aliás, se houve alguma eleição fraudulenta nos últimos anos na Russia foi a eleição de Yeltsin! Como ainda noutro dia ouvi aos líderes dos últimos protestos contra Putin! Nenhum pôe sequer em causa qualquer eleição ou o apoio de Putin ao contrário da propaganda ocidental! Que devia ter a coragem de chamar a 150 Milhões de russos o que chama a Putin todos os dias! Yeltsin que tal como Gorbatchov imputou ao alargamento da NATO a impossíbilidade de mais reformas na Russia! E no caso de Yeltsin de prosseguir com o saque da Russia!

Já que eu por acaso até penso que o maior “problema” da Russia hoje são mesmo os seus recursos naturais. Como o petróleo na Venezuela! Onde os media só relatam a parte que lhes interessa! Golpe de estado com snipers como no Euromaidan? Nem pensar! Por norma paises sem recursos nunca têm problemas. Nós temos o direito de pensar o que quisermos da Russia, inclusive que gostávamos que caminhasse mais para um verdadeiro estado de direito, talvez com outro fantoche da CIA como o próprio Yeltsin ou como o ex-nacionalista Navalny agora mas não temos o direito de dizer aos russos como devem pensar ou como deve ser a Russia! Os US só conseguiram fortalecer Putin e a aliança da Russia com a China! E destruir a Ucrania para a qual se estão bem a borrifar! Como para a Democracia plena na Russia como provam desde a dissolução da URSS!

Há dias discuti aqui o apoio dos ucranianos à entrada na NATO porque no fim do dia é o que o define o verdadeiro invasor da Ucrania. Segundo um relatório da própria NATO, menos de 20% dos ucranianos apoiavam a entrada na NATO antes de 2014! E o que dizem os media? Que a Ucrania sonhava todos os dias com a NATO. No ponto 32:

https://www.nato-pa.int/document/2011-172-cdsdg-11-e-rev1-ukraine-malan-report

Joaquim Camacho disse...

Vi um dia escrito, não me lembro onde, que os chineses não construíram a Grande Muralha para conquistar terras aos bárbaros. Construíram-na para manter os bárbaros de fora.

16 de dezembro de 1965

Faz hoje 60 anos. Tudo começou numa conversa, num passeio ali pela avenida Carvalho Araújo, em Vila Real. Tínhamos 17 anos. A conversa nunca...