segunda-feira, fevereiro 13, 2023

Iliteracia

É admirável o raciocínio de quantos, perante um anúncio de crescimento do PIB, dizem que não sentem isso no bolso. E os que, em face da queda da taxa de desemprego, dizem que têm um primo sem trabalho. A literacia económica não rima com a sociologia de café.

4 comentários:

João Cabral disse...

Afinal, o país está óptimo e eu não sabia.

manuel campos disse...


A iliteracia é muita mas também é um facto que nenhum "poder", seja de que cor e de que lado seja, está muito interessado em mudar essa situação.
Basta ver os cuidados com a juventude, tenho uma neta em "Gestão de Empresas", tenho ideia do que isso é a esse nível, o que será noutros.
A mim, mais que esse tipo de desabafos "sociológicos de café", que as pessoas dizem por dizer e passam adiante, faz-me mais impressão o profundo desconhecimento generalizado dos conceitos mais básicos que muita gente, mesmo com formação superior, demonstra.
Chega a ser aflitivo.

Lúcio Ferro disse...

Tem toda a razão, mais uma vez. Parafraseando um seu conhecido, Portugal está muito melhor, os portugueses é que não.

caramelo disse...

O aumento do PIB não tem uma relação direta com o bolso dos portugueses. Basta a GALP, por exemplo, mais duas ou três grandes empresas aumentarem a produção e exportações, para o PIB subir. Num exemplo mais claro e extremo, é preciso lembrar que Angola teve nos anos 90 e 2000 subidas do PIB muito superiores a Portugal?... Quanto à subida do emprego, depende de que empregos. Um que está em alta, por exemplo, é a de cuidador de idosos. Ou o telemarketing, ambos empregos miseravelmente pagos. São os típicos novos empregos. É a lógica do que “é melhor que nada”, um argumento que se ouve muito nas redes sociais, mas que não esperava que o senhor Embaixador utilizasse.

O outro lado do vento

Na passada semana, publiquei na "Visão", a convite da revista, um artigo com o título em epígrafe.  Agora que já saiu um novo núme...