domingo, janeiro 29, 2023

Títulos

O Luís Paixão Martins deve estar a pensar que deveria ter dado por título ao seu livro “Como perder uma eleição ganha”…

4 comentários:

manuel campos disse...


Muitíssimo bem visto!

Acho que se está a perder muito mais, está-se a perder uma imagem de credibilidade duramente (e meritoriamente) conquistada nos últimos anos de pandemia e crises diversas, com um governo a uma só voz (literalmente).
Essa imagem estava legitimamente a abrir caminho para que algumas ambições relativas a uma posição de relevo na UE se viesse a tornar realidade.
Fruto de um excesso de confiança, de um certo "não há azar" muito nosso, transformou-se o que começara a ser visto em toda a Europa como uma imagem de liderança forte, numa embrulhada de casos, casinhos e casões mal geridos que não abonam a favor de ninguém.

Alguém me dizía há dias que nada disto é noticia que interesse fora daqui.
Pois não o é para o cidadão comum, mas isso não conta nem interessa nada.
Mas é notícia decerto para as diversas embaixadas, será também para irem contando o que por aqui vai acontecendo aos seus governos que cá estão.

Joaquim de Freitas disse...


"Como perder uma eleição ganha”? Eu sei, Senhor Embaixador: Aceitar um belo fato dum alfaiate de renome e não o pagar. Foi assim que François Fillon perdeu a eleição "ganha" para a presidência da republica...e deu as chances a Macron !

João Cabral disse...

É o concurso do mais artificioso. LPM parece que tem jeito para a coisa.

manuel campos disse...


Caro Joaquim de Freitas

Pois é um facto que Fillon se lixou por algumas razões que vão além de um talvez metafórico bom fato que não pagou.
Relembro o que aconteceu não para si, que o sabe melhor do que eu porque vive mais perto, foi apanhado no "Penelopegate" em que a sua mulher (a dele, claro) esteve envolvida, um caso de apropriação indevida de fundos.
Foi formalmente acusado em Março de 2017 e em Abril acabou em 3º lugar à 1ª volta, apesar de tudo uma razoável posição para quem estava metido onde estava, mas que o obrigou a ficar por ali para o resto da vida.
Em 2020 foi considerado culpado de fraude e incorrecta utilização de fundos (ou algo do género), foi condenado e foi perdoado em parte em Maio de 2022.
Como se vê por aqui a justiça francesa funcionou depressa, se bem ou mal não sei, não me interessei o suficiente para vir aqui dar a minha opinião.

E é chegado aqui que precisava que me ajudasse, pois dominará o francês melhor que eu: como é que se diz "nacional-porreirismo" em francês?
É que me parece estar nesta expressão a grande diferença.

PS- O mais flagrante exemplo de "Como perder uma eleição ganha” foi o de Dominique Strauss-Kahn, é o que dá "pensar" com a cabeça errada e daí ter-se aquela ingenuidade tão habitual de quem assim "pensa".


A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...