Chama-se “Terroso”. É um pequeno restaurante (20 lugares) e “wine bar”, no dédalo de ruelas velhas de Cascais, não longe da Câmara e do Hotel Baía, só para orientar quem chega. Tinha ouvido falar da casa, mas nunca a visitara. Só de olhar para as garrafas que, em armários, envolvem a sala é-nos induzida uma sede sofisticada (ter um Crasto vinha Maria Teresa ali à mão, a mim, desestabiliza-me). A lista segue um registo clássico, mas é muito equilibrada nas suas escolhas e, o que é cada vez mais importante nos dias que correm, nos preços. Fora dela, havia uma feijoada à brasileira que estava de comer, como de facto comemos com grande gosto, e de chorar por mais. Optámos por não chorar e, alegremente, partimos para as sobremesas, uns doces a preceito. Na cozinha e no comando das operações, estava a proprietária, dona Vitalina Marques de seu nome, uma senhora simpática que, por muitos anos, oficiou naquele que foi (bem antes do tempo dela, mas já no meu) um dos primeiros restaurantes do momento “trendy” do Bairro Alto, nos anos 70 do século que se foi, o histórico ”Alfaia”. A fantástica escolha dos vinhos da casa é da responsabilidade do marido, Pedro, com uma qualidade atestada pelo prémio que foi atribuído à casa pela “Revista de Vinhos”. O Terroso fica na Rua do Poço Novo, 17, como referi, em Cascais. Telefonem (sempre, claro!) a reservar, pelo 214 862 137. Domingos e segundas-feiras, o Terroso encerra. Vão ver que não lamentarão seguir esta minha opinião, seguindo uma bela dica do Zé Paulo Fafe.
1 comentário:
Pois é, há vinhos que nos põem fora de nós por duas belíssimas razões: são espectaculares e são muito caros.
A “Revista de Vinhos” fez um excelente artigo sobre dois tintos da Quinta do Crasto de 2018, o “Vinha Maria Teresa” e o Vinha da Ponte”:
https://www.revistadevinhos.pt/beber/vinha-da-ponte-2018-uma-edicao-memoravel
Fui espreitar o preço destes dois ao site de uma loja de referência que já o foi mais, apesar de tudo a culpa não é só deles (pouca gente vai nestes tempos para ali), mas também é deles (foram ficando cada vez menos simpáticos), uma coisa deve ter a ver com a outra.
Não digo qual é a loja mas digo que as garrafas de qualquer um deles custam práticamente o mesmo e que, não estando nos meus planos comprar nenhuma,
aceito de bom grado que se faça por aqui uma colecta no sentido de ficar qualquer delas (ou até as duas) disponível na loja, eu vou lá busca-las.
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