A presença do governo e do PS no encontro do Chega foi um imenso erro. Ficaria bem a António Costa, a Ana Catarina Mendes e a Eurico Brilhante Dias, depois daquilo a que se assistiu, o reconhecerem. Nem sempre persistir no tradicional discurso do não arrependimento, clássico no discurso do poder, é a solução.
4 comentários:
Tem razão. A assistir ao congresso do PCP sentem-se muito melhor.
Assistir não é concordar.
Ir assistir aos congressos de outros partidos parlamentares é tão-somente um ato de cortesia. E de democracia. Nada mais.
Foi um gesto democrático, que bem precisados andamos nós deles, não creio que o PS não saiba o que anda a fazer, neste particular em concreto acho que sabe muito bem e não é uma opinião só minha.
Se por exemplo no Congresso do PS outros partidos se arriscam a ouvir o que não querem ouvir, porque razão seria de outro modo no caso inverso?
Ouçam a "rua", a "rua" está a ficar igual às famosas caixas de comentários de que se falava aqui ontem e cada vez com menos pruridos em desabafar.
Não a "rua" dos restaurantes algures no pais onde vou e só há Porsches e Jaguares ou dos restaurantes onde também vou onde só há CEO's e "parvenus" variados, mas a "rua" dos restaurantes em Lisboa onde vou à pressa, onde calha, entre um assunto a tratar e um dos meus "fogos a apagar".
E andem de autocarro e Metro sempre que puderem deixar o carro parado, é o que eu faço, também para não perder a noção de como vai este meu mundo.
Até nas salas de espera de hospitais publicos se fala cada vez menos de doenças e mais do dinheiro "de que se fala" em vez de estar ali (e até nos privados, 4 milhões de pessoas com seguro de saúde já abarca muito remediado descontente).
As pessoas são "outras", cada vez estão mais zangadas e impacientes, basta olhar para o transito, como condutor ou como peão, perdoam cada vez menos.
Tudo culpa do governo PS? Nem pensar!
O PS perderia as eleições se fossem amanhã? Não o creio.
Mas quem lá está é que paga as favas, sempre foi assim, aconteceu com outros ao longo dos anos o que está a acontecer com estes, quando se põem a jeito pior ainda, ter finalmente uma maioria absoluta foi, pelos vistos, bastante mau, há quem só funcione bem em "mar bravo", quando em mar "calmo" adormece.
Nisso tento ser intransigentemente o mais imparcial possível.
É que eu tenho filhos e netos que já votam, que não pensam como eu ainda que não estejam em nenhuma das extremas, quero que a noção de democracia que sempre foi a minha nunca se perca neles.
Senhor embaixador, querer continuar a fingir que o Chega não está no Parlamento e não é a terceira força política é brincar à democracia. Mas sabemos que o PS esfrega as mãos com o crescimento desse partido. O pior é se o brinquedo lhes rebenta nas mãos.
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