Um alerta noticioso esta manhã: Portugal teve um crescimento da sua economia como já não se via desde os anos 80. Pensei: como é que "eles" vão sair disto? Agora chegou outro alerta: o desemprego aumentou. Uhf! Era só o que faltava haver uma notícia positiva sem um "mas"...
11 comentários:
E a inflação mais alta desde os anos 90, não conta?
O João Cabral está a falar da generalidade dos países europeus, claro. De nada…
A forma de a combater também é igual em todos os países, senhor embaixador? E todos os países têm a altíssima carga fiscal de Portugal proporcional à sua riqueza? Pois.
Caro Chicamigo
Uma no cravo outra na ferradura. Pudera o tipo das notícias não tem os pés quietos diria o Brito Camacho no Parlamento da Primeira República.
Abração
Henrique
Por momentos saltou-me o coração. UHF? O António Manuel Ribeiro abriu um restaurante?
Afinal, é só uma maneira muito imaginativa de escrever "ufa".
Isto chama-se simplemente o "retorno à média".
A economia portuguesa quebrou fortemente em 2020. Em 2021 e 2022 teve um crescimento enorme - mas limitou-se a recuperar aquilo que perdera em 2020.
Ou seja, pouco enriquecimento real houve.
(E aquele que houve, terá sido em larga medida efeito da inflação, que inflaciona tudo - até o PIB.)
Já para não falar que Portugal, como outros países, só poderia crescer depois dos anos da pandemia. Mal seria se assim não fosse.
Claro que é uma boa notícia. Portugal cresce, não cai na recessão, etc. Aliás, não é novo este tipo de discurso ou até de dados estatísticos. Acontece que não queria dar razão ao nosso Passos Coelho, o salvador (mais um) da pátria: as pessoas podem não estar melhor, mas o país está. Com Costa talvez a frase fique melhor invertida: o país está melhor, as pessoas nem por isso.
Afinal, o povo anda na rua a manifestar-se ruidosamente, ou não anda?
A notícia não é tão positiva como parece, ainda que seja positiva, subtilezas à parte em que não me vou meter.
O "mas" é um grande "mas", só quem nunca esteve desempregado ou correu o risco de o ficar, isto é, um número muito grande de pessoas no primeiro caso, um número enormíssimo de pessoas no segundo caso, se pode dar ao luxo de olhar estas situações de modo superficial.
E infelizmente estes últimos, os que não correm esses riscos, é que costumam estar do lado dos que são supostos resolver o problema.
Será “karma”? Portugal eternamente pobre…
O PIB de Portugal desceu 8,3% em 2020, cresceu 5,5% em 2021, e cresceu 6,7% em 2022. Conclusão: no conjunto dos três anos, o PIB cresceu 3,2%. É um crescimento médio de, basicamente, 1% ao ano. O que é poucochinho.
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