Mário Mesquita, uma grande personalidade do jornalismo e da intelectualidade nacional, que há meses nos deixou, tendo a sua súbita morte convocado um sentimento quase unânime de perda nacional, foi, numa das linhas do seu currículo riquíssimo, vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ECR).
Acaba agora de ser revelado que um trabalho técnico desenvolvido no quadro daquela estrutura, de que foi o principal responsável, foi editado com o deliberado apagamento do seu nome na capa, numa aparente vingança do presidente da ERC, que era público manter com Mário Mesquita um mau relacionamento, um gesto feito pela calada da morte de Mário Mesquita.
8 comentários:
Um gesto que fala por si.
Assim vemos as gentes mesquinhas e culturalmente nulas que andam por aí em lugares de algum relevo.
O que mais me espanta é que era óbvio que isto se viesse a saber logo.
E mesmo assim não há um pingo de vergonha nem um mínimo de respeito.
Ocorrem-me Bocage e "O Bordel Português". A literatura, ainda continua a ser uma excelente auto-estrada para os nossos pensamentos, nomeadamente para os de maior e menor intensidade filosófico-pragmática.
Agora, sabendo-se de onde veio quem assim procede, inquietações mais fundas têm que nos apoquentar, já se vê.
A pessoa não é digna do lugar que lhe fora dado a ocupar. Revela, indignidade, ressabiamento, mau carácter e mesquinhez. Como diria o outro: "É a natureza humana!".
Há gente muito reles e vingativa, que não se coibe de bater em mortos!
Uma pouca-vergonha de odiozinhos de gente pequena e mesquinha.
Uno-me aos 4 comentários já publicados. Essa pessoa é execrável !!!!!
Ou como dizem neste país aonde estou há mais de um quarto de século: "Un vero stronzo!" na qual a palavra "stronzo" inclui todas as péssimas características que um ser humano pode possuir... Sem necessidade de as caracterizar ulteriormente... As línguas são fascinantes pelo facto que algumas palavras definem mais do que o mero significado do vocabulário...
E é verdade é muito humano esse comportamento mas não menos execrável.
A apropriação de um texto alheio é mais grave do que um plágio: no plágio, a apropriação é só parcial. O apropriador do texto integral é um glutão: quer tudo. Mário Mesquita que, além de jornalista e escritor notável, era um nobre cidadão, fazia, por isto mesmo, mau sangue aos mesquinhos e cobardemente vingativos. Tornar anónimo o texto de um homem de valor é o sonho ardente de todos os medíocres.
Eugénio Lisboa
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