domingo, janeiro 22, 2023

Uma república de juízes?

O tema não é popular, mas há que falar nele. Há, nos dias de hoje, um desproporcionado papel interventivo do judiciário brasileiro na esfera dos restantes órgãos de Estado. Agora, isso funcionou em favor da democracia. Mas nada garante que, no futuro, assim continue a ser.

3 comentários:

FG disse...

Só no Brasil?
Por cá, também.
O desenterro de casos em análise há anos e a aparecerem em alturas apropriadas.
As suspeitas veiculadas sistematicamente para o "Observador", determinando a agenda dos media.
A transcrição de escutas de processos em segredo de justiça, no "Correio da manhã", negócio rentável porque marca o alinhamento das televisões.
Um dos casos curiosos jamais tratados jornalisticamente: a pesquisa pelo Ministério Público de todos os atos de todos os ministérios do governo Sócrates e que acabou com duas pífias conclusões. Quantos procuradores foram absorvidos por tal gigantesca tarefa? Quantos casos ficaram por tratar? Quanto custou ao país tal tarefa?
E, já agora, alguma vez se fez a justa reparação aos políticos condenados na imprensa e absolvidos no tribunal?
Cumprimentos

Tony disse...

FG. Na mouche!

Carlos disse...

Exactamente … e o caso lava- jato e a sequela vaza-jato constituem um bom caso de estudo sobre os disfuncionamentos do judiciário no Brasil (e não só).

O que se ouve sobre as tácticas de investigação dos justiceiros, as formas cada vez menos subtis de coação dos arguidos para os levar a confessar o que quer que seja não me deixam nada tranquilo enquanto cidadão. É interessante observar o afã inquisitivo nos alegados casos de malversação de bens públicos de que é exemplo a busca ao gabinete dum ministro das finanças a propósito duns bilhetes para o jogo do Benfica e a aparente complacência perante os crimes contra pessoas e bens como sugerem alguns relatos sobre a postura da justiça quando vítimas de violência doméstica terminam a vida às mãos dos seus algozes …
Alguns actores do judiciário estão a levar longe demais o seu activismo político e sede de protagonismo!

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