domingo, outubro 09, 2022

Heterodoxias

Alguém notou que, quando o PSD está no poder, a comunicação social não recruta tantas figuras heterodoxas daquele partido para comentar a atualidade política como acontece com o PS. Será verdade? Ou o tempo PSD no poder já lá vai há muito e nós esquecemos?

7 comentários:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Claro que sim.
A CS em geral é muito fofa quando o PSD está no governo.

José disse...

O Francisco de Sousa Rodrigues tem toda a razão. Ainda me lembro da fofura da comunicação social durante o último governo do PSD: desde andarem a sugerir que o Passos Coelho era fachista (porque andava a ler uma biografia do Salazar), até organizarem via TV uma grande "manifestação Facebook". Pelo meio, coisas como o caso "Relvas".

Felizmente, do PS nada temos a temer. Afinal de contas, o Costa foi o sujeito que disse a uma jornalista "A senhora não pode aparecer detrás de um carro a fazer-me perguntas, na rua!"

João Cabral disse...

O que a comunicação social mais detesta é o PS, senhor embaixador. Tem-se visto...

Tony disse...

A Comunicação Social para com o PS, sobretudo membros do governo, é sempre ao ataque e a escrutinar tudinho, até à medula. Querem sangue. Para espevitar e dar mais uma ajudinha à CS, de quando em vez, lá aparece alguém, saindo do Formol, espevitando, ou "bolicando" para compor o ramalhete. Estão é todos lixados com a maioria, essa é que é essa!. Têm é que esperar sentados, para não se cansarem muito.

Carlos Antunes disse...

Este ascendente dos media ligados à direita é um processo que vem de muito tempo longe, mas que tem mostrado um apreciável dinamismo.
Se bem atentarmos, o precursor foi o Independente de Portas, os blogues de direita, a revista Atlântico, depois prosseguida pela ideologia política e comunicacional associada à ideologia da troika – em que à conta do papel de várias corporações ligadas à saúde, à agricultura, aos transportes, à grande distribuição, se obtiveram nos media, empregos, lugares de direcção e recursos consideráveis – para terminar na criação de uma poderosa máquina de propaganda, sobre a análise económica, social e política, capitaneada pelo Observador/Rádio Observador, mas não só (I, Sol, Eco, jornais económicos, etc.) em que os financiamentos empresariais ajudando a viabilizar os projectos editoriais, tiveram como objectivo que a direita passasse a dominar a informação e o comentário político e económico.
Hoje, só com muito sentido crítico, consigo assistir ao comentário político-económico, em jornais ditos de referência (Expresso ou Público) ou nas televisões generalistas ou do cabo (SIC, TVI, SIC Notícias, etc.), onde jornalistas e comentadores ideologicamente militantes da direita, inclusivamente da direita radical, ligados ao Chega e a IL, estão cada vez mais presentes na informação e no comentário político.

Antonio costa disse...

Os "rapazes" não são tão burros e têm que tratar da vidinha,antes que...
Ao que chegou a nossa C.S.`...
Classifico de miseravel!

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

O P.P.C. fachista (com CH)? A sério? Calha bem que nunca o vi pelo nem pelo Facho da Foz, nem pelo de São Martinho.

16 de dezembro de 1965

Faz hoje 60 anos. Tudo começou numa conversa, num passeio ali pela avenida Carvalho Araújo, em Vila Real. Tínhamos 17 anos. A conversa nunca...