Depois do debate de ontem entre os dois candidatos presidenciais, é-me algo penoso escrever sobre o momento político no Brasil. Não tenho a mais leve dúvida de que a derrota de Bolsonaro é, a grande distância, o melhor que pode suceder. Contudo, o que se passou naquelas quase três horas foi um espetáculo político lastimável, ajudado pela incompetência que desenhou um modelo de debate feito por uma cobarde abstenção jornalística. Linguagem baixa, insultos, demagogia, populismo, mentiras repetidas e ausência total de novas ideias foi o que se ouviu e viu. Bolsonaro é o “grau zero” da política e é um susto (e também uma imensa tristeza) pensar que metade do Brasil parece disposta a dar-lhe uma oportunidade para renovar o mandato. Lula é um figura do passado, que apela incessantemente à memória dos anos dourados, em que uma muito diferente conjuntura económica e política lhe permitiu inegáveis brilharetes. Agora, parece cansado e sem trazer nada de novo. Mas não caiamos na tentação simplista de dizer “venha o diabo e escolha”. Não! Face ao patético ocupante atual do palácio do Panalto, apetece-me dizer como os maoístas: que mil Lulas floresçam!
5 comentários:
Já fico satisfeito por o Francisco, pelo menos, reconhecer que Lula está completamente fora do prazo de validade.
Eu quando o ouço a falar na televisão mal percebo uma palavra do que ele diz. O meu filho mais novo diz que ele parece estar sob a influência do álcool.
Está velho e arqui-velho. Não serve.
Subscrevo integralmente o que escreveu. Como é que é possível o Brasil ter um Presidente tão rasca? Rasca como político e como pessoa. Não serve para Presidente, seja de direita, seja da esquerda, seja do centro, seja de qualquer extremo. Mas em Portugal, o Ventura, ao apoiá-lo, consegue ver-lhe qualidades. O que só o "enobrece"...
Que floresçam mesmo!
Tem toda a razão Sr. Embaixador! Foi muito pior que "penoso", foi degradante. Eu não vi o debate completo mas do que eu vi e ouvi deu para reforçar a opinião que eu tinha e continuo a ter. Tenho pena do povo brasileiro. E o vocabulário? Carregado de palavrões. Só faltou agredirem-se fisicamente.
"Não tem currupição "
Há pouco ouvi algo que até me arrepiou. À saída um jornalista português dirigiu-se ao Bolsonaro com uma pergunta algo longa. A resposta foi curta e grossa. Disse que não tinha percebido a pergunta ao que o jornalista respondeu que ia repetir e o candidato respondeu que não, que não era necessário porque ele (Bolsonaro) não falava espanhol nem portunhol!!!!!!!
Shame on you Mr. President!!!
Havia comentado que essa dos "mil Lulas" já é exagero seu, senhor embaixador.
Já agora, "maoista" não tem acento.
Enviar um comentário