Hoje, quando o ministro das Finanças entregava a “pen drive” com o texto do orçamento de Estado ao presidente da Assembleia da República, o envelope caiu ao chão. Foi logo um forrobodó de comentários nas redes sociais. “Much ado about nothing”, como diria o clássico.
É curioso observar esta inescapável tendência da comunicação social para agarrar o insólito, o imprevisto, mesmo sem o menor significado para o momento. Ninguém resiste a esta tentação. Então um escorregão de uma figura pública num passeio ou num degrau é logo um “prato de substância” para certa media!
Há uns anos, numa cerimónia pública a que eu assistia, no Brasil, o presidente Lula, que estava num palanque, deixou cair ao chão um copo de água, que se estilhaçou, com toda a gente à volta a procurar ajudar. Os fotógrafos logo "flasharam". Recordo-me de ter dito para o chefe de gabinete de Lula, que estava ao meu lado: "Vai ser curioso ver quantos jornais amanhã trarão a fotografia desta cena...". Sem excepção, todos, todos mesmo, trouxeram!
Já tenho pensado que um bom trabalho de "marketing" político poderia planear incidentes inocentes, feitos apenas para a fotografia, por forma a humanizar certas personagens políticas. A alguns, com um ar muito ”certinho”, bastante jeito dava…
5 comentários:
Senhor embaixador, há alguns trambolhões que são muito simbólicos...
"Media" (ou o aportuguesado "média") é um plural, logo será "certos media", não "certa media".
Penso que esse "marketing" politico ja acontece...
maitemachado59
João Cabral,
está a confundir o português com o latim. "Media" é uma palavra latina que é o plural de "medium". Em português, a palavra "media" não existe. (Existe "média", que é uma coisa totalmene diferente.)
O comentário de LL contradiz o que escrevi em quê? Releia. "Média" é o aportuguesamento de "media" nesta acepção, basta consultar um dicionário. Veja é que escreveu "gaz" duas vezes noutro comentário.
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