domingo, outubro 30, 2022

Feliz


Há coisa melhor do que castanhas e uma ginjinha? Pode haver, mas quando se anda pela Baixa lisboeta, com o Outono a sentir-se no corpo, comprar uma dúzia de castanhas assadas, embrulhadas em cartuxo de jornal velho, ir medindo o passo até não sobrar mais nenhuma (com irritação breve, quando alguma sabe a “má”) e, por fim, coroar tudo numa ginjinha (com elas) no largo de S. Domingos é, para mim, a definição de tempo feliz. Mas será talvez defeito meu, que me contento sempre com pouco…

5 comentários:

manuel campos disse...


Não sei porquê mas sabiam-me melhor nas folhas das "páginas amarelas".
Manias.
Mas essas já não há nem voltam.

maitemachado59 disse...

que nem ginjas!

maitemachado59

Flor disse...

Mesmo sem ginginha as castanhas assadas compradas na Rua Augusta e ir comendo e vendo as montras não há melhor. São aquelas pequenas coisas....

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Já tenho ali um bela Água-Pé e as respetivas para por no forno e saborear.

Sérgio Nunes disse...

A capacidade de nos sentirmos "felizes" com as coisas simples, com aquilo que está ao alcance é seguramente uma benção.
No antípodas estão os que tendo "tudo", já nada os satisfaz.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...