Ao ter-se "suicidado" democraticamente, recusando-se a passar o poder institucional para Lula, Bolsonaro abriu espaço a esta habilíssima consagração popular.
O "senhor" assinou o seu testamento, pela "sua democracia" "pelo seu sentido de estado" " pela sua honestidade intelectual". É verdadeiramente "extraordinário" que, depois da aplicação de um programa de governo "extraordinário", tenha fugido para não enfrentar o "povo". Extraordinário.
Hoje fiquei por aqui, não abdicando de almoçar sempre fora durante a semana, fui ali a um local onde se come razoávelmente e mais que em conta, a partir das 2 da tarde está quase vazio e o serviço é nessa altura rápido. Não tenho o hábito nem o gosto de ver televisão, sou muito “audio” e pouco “video”, por isso tenho tanto tempo livre para o que gosto, não sou refém de pantalhas, com música faz-se de tudo a nada, com imagem só se faz aquilo. Portanto lá tive que gramar um bocadinho de um telejornal qualquer, algo que dispenso, não gosto que me digam o que é notícia e como a devo interpretar, eu consigo lá chegar sozinho tanto a uma como à outra, quando não conseguir também já não me deve interessar nem uma nem a outra. Como se isso não bastasse ainda passaram a ter o som alto, que não tinham, parece que foi a pedido, não sei de quem, está sempre tudo a olhar para o télélé sem ligar nada àquilo. Quando minha mulher vai comigo (o que é raro) vão logo baixar o som, a mim não me têm respeito nenhum, mas também é verdade que nunca lhes pedi nada e ela pediu uma vez e chegou, quando entro perguntam logo se ela não vem, gente avisada, todos os cuidados são poucos. Tudo isto para dizer que estive a ouvir uma análise à composição do governo brasileiro e pareceu-me estranha (posso ter ouvido mal, um dos comensais discutia acaloradamente com a cônjuge ao telefone e não queria que os outros perdessem pitada da felicidade reinante naquele casamento). Justificava então o analista, visivelmente em defesa da solução, que num gesto de união nacional o governo abarcava gente da ponta esquerda à ponta direita. Um gesto de união tipo “Arca de Noé”, onde nunca acabámos por saber quem acabou a comer quem pelo caminho?
Pois faz, os mantimentos no mundo animal sempre foram outros animais até chegarem os filmes da Disney. Mas não me parece que os dinossauros fizessem parte da excursão, ocupavam muito espaço e criavam mau ambiente. Os unicornios é outra história e por aí estamos safos, vai haver uma fábrica deles ali no Beato e Carlos Moedas até disse que ía aumentar o "budget", que como se sabe é uma palavra que não tem tradução em português.
Felizmente que já não tenho netos pequenos, porque ao que leio a Disney foi acabando pouco a pouco com uma certa ideia que tínhamos daquilo tudo e os mauzões foram ficando bonzinhos, o que não faz grande sentido. Se são todos bonzinhos onde é que o Bem derrota o Mal? Assim não vamos lá. Depois a Pixar entrou em competição com a Disney e tem vindo a mudar tudo, começando por ter um êxito valente com a história de uma família mexicana lidando com os traumas inter-geracionais e aprendendo a compreenderem-se e ouvirem-se melhor uns aos outros. Aqui já isto parece ter interesse pois é bem capaz de ser muito útil e não só às crianças, como se verá. A coisa correu tão bem que a Disney resolveu ír pelo mesmo caminho, a Pixar continuar a explorar o filão e cada uma lá apresentou um novo filme a explorar o trauma inter-geracional como ideia-chave. Até aqui já percebemos que se os traumas já eram grandes, com a ajuda da Pixar e da Disney maiores se devem ter tornado, pois arrastaram uma quantidade de gente que nunca pensara ter o trauma e agora vive traumatizada. Qual foi o truque disto tudo segundo quem sabe de traumas? É que os filmes metem crianças, adultos e idosos e, portanto, toda a família (e porventura também alguns vizinhos sem descendencia) acorrem a vê-los, facto que não incomoda por aí além desde os produtores aos porteiros lá dos estúdios. Como 1ª nota final apenas acrescento que não inventei uma única linha. Como 2ª nota final posso indicar os nomes dos filmes se insistirem muito.
O cão é uma cadela rafeira , chama-se "Resistência" e pertence ao casal presidencial, que tem outra cadela rafeira chamada "Paris". Chamar esta deve dar menos trabalho que chamar a outra.
8 comentários:
O "senhor" assinou o seu testamento, pela "sua democracia" "pelo seu sentido de estado" " pela sua honestidade intelectual".
É verdadeiramente "extraordinário" que, depois da aplicação de um programa de governo "extraordinário", tenha fugido para não enfrentar o "povo".
Extraordinário.
Consagração popular, senhor embaixador? O Brasil está mais dividido do que nunca.
Hoje fiquei por aqui, não abdicando de almoçar sempre fora durante a semana, fui ali a um local onde se come razoávelmente e mais que em conta, a partir das 2 da tarde está quase vazio e o serviço é nessa altura rápido.
Não tenho o hábito nem o gosto de ver televisão, sou muito “audio” e pouco “video”, por isso tenho tanto tempo livre para o que gosto, não sou refém de pantalhas, com música faz-se de tudo a nada, com imagem só se faz aquilo.
Portanto lá tive que gramar um bocadinho de um telejornal qualquer, algo que dispenso, não gosto que me digam o que é notícia e como a devo interpretar, eu consigo lá chegar sozinho tanto a uma como à outra, quando não conseguir também já não me deve interessar nem uma nem a outra.
Como se isso não bastasse ainda passaram a ter o som alto, que não tinham, parece que foi a pedido, não sei de quem, está sempre tudo a olhar para o télélé sem ligar nada àquilo.
Quando minha mulher vai comigo (o que é raro) vão logo baixar o som, a mim não me têm respeito nenhum, mas também é verdade que nunca lhes pedi nada e ela pediu uma vez e chegou, quando entro perguntam logo se ela não vem, gente avisada, todos os cuidados são poucos.
Tudo isto para dizer que estive a ouvir uma análise à composição do governo brasileiro e pareceu-me estranha (posso ter ouvido mal, um dos comensais discutia acaloradamente com a cônjuge ao telefone e não queria que os outros perdessem pitada da felicidade reinante naquele casamento).
Justificava então o analista, visivelmente em defesa da solução, que num gesto de união nacional o governo abarcava gente da ponta esquerda à ponta direita.
Um gesto de união tipo “Arca de Noé”, onde nunca acabámos por saber quem acabou a comer quem pelo caminho?
O cão está ali a que título?
A título pessoal, claro.
Manuel de Campos
Nunca tinha pensado em que alguns animais tivessem comido outros na Arca de Noe! Faz sentido.
Talvez seja por isso que os dinosauros e os unicornios e quejandos tenham desaparecido.
maitemachado59
maitemachado59
Pois faz, os mantimentos no mundo animal sempre foram outros animais até chegarem os filmes da Disney.
Mas não me parece que os dinossauros fizessem parte da excursão, ocupavam muito espaço e criavam mau ambiente.
Os unicornios é outra história e por aí estamos safos, vai haver uma fábrica deles ali no Beato e Carlos Moedas até disse que ía aumentar o "budget", que como se sabe é uma palavra que não tem tradução em português.
Felizmente que já não tenho netos pequenos, porque ao que leio a Disney foi acabando pouco a pouco com uma certa ideia que tínhamos daquilo tudo e os mauzões foram ficando bonzinhos, o que não faz grande sentido.
Se são todos bonzinhos onde é que o Bem derrota o Mal?
Assim não vamos lá.
Depois a Pixar entrou em competição com a Disney e tem vindo a mudar tudo, começando por ter um êxito valente com a história de uma família mexicana lidando com os traumas inter-geracionais e aprendendo a compreenderem-se e ouvirem-se melhor uns aos outros.
Aqui já isto parece ter interesse pois é bem capaz de ser muito útil e não só às crianças, como se verá.
A coisa correu tão bem que a Disney resolveu ír pelo mesmo caminho, a Pixar continuar a explorar o filão e cada uma lá apresentou um novo filme a explorar o trauma inter-geracional como ideia-chave.
Até aqui já percebemos que se os traumas já eram grandes, com a ajuda da Pixar e da Disney maiores se devem ter tornado, pois arrastaram uma quantidade de gente que nunca pensara ter o trauma e agora vive traumatizada.
Qual foi o truque disto tudo segundo quem sabe de traumas?
É que os filmes metem crianças, adultos e idosos e, portanto, toda a família (e porventura também alguns vizinhos sem descendencia) acorrem a vê-los, facto que não incomoda por aí além desde os produtores aos porteiros lá dos estúdios.
Como 1ª nota final apenas acrescento que não inventei uma única linha.
Como 2ª nota final posso indicar os nomes dos filmes se insistirem muito.
O cão é uma cadela rafeira , chama-se "Resistência" e pertence ao casal presidencial, que tem outra cadela rafeira chamada "Paris".
Chamar esta deve dar menos trabalho que chamar a outra.
Enviar um comentário