sexta-feira, janeiro 27, 2023

A luz vem do alto

O pessoal da TAP nem acredita que o altar lhe tirou os holofotes de cima.

7 comentários:

Flor disse...

Ai o "altar"!!!!!

Anónimo disse...

Inacreditável ! Sem palavras e com vontade de sair deste país…

João Cabral disse...

Foi a divina Providência.

manuel campos disse...


É um facto que o pessoal de vôo da TAP sempre passa mais tempo perto do Céu, é natural que as suas vozes lá tenham chegado 10000 metros antes.

Unknown disse...

Não vai durar muito. O Ministro Galamba vai-se encarregar de entornar o caldo todo...

manuel campos disse...


Na passeata das 3 da manhã pelos jornais online fiquei a saber que o tal bónus da presidente da TAP já devia dar para um altar mais modesto e até sobrava.
Assim sendo os holofotes voltam-se para outro palco mais acima na TAP, o que decerto também ajudará o pessoal mais abaixo.

manuel campos disse...


No fim do século passado o mundo das empresas com participação do Estado regulava-se por algumas regras específicas, segundo creio ainda me lembrar, se estiver enganado agradeço que me emendem.
Grande amigo (que continuo a ser) de um conhecido advogado que dava algum apoio ao Governo da altura (fosse qual fosse), tenho ideia que as denominadas “empresas de capitais maioritariamente públicos” tinham uma estrutura de vencimentos das administrações dividida em 3 categorias, cada uma delas por sua vez divididas também em 3 escalões.
As empresas eram então classificadas por meio de um - não sei se muito complicado ou nem por isso - conjunto de parâmetros que as levavam, em termos de níveis de vencimentos dos CA, a irem do A1 ao C3.
Conheci gente de administrações A1 (o máximo) até gente de administrações C3 (o mínimo), bastante gente, não necessariamente na altura em que por lá passaram, muitos só anos depois e já noutras funções, estas situações acabavam por vir à baila nas comezainas de grupos onde estive e/ou estou.

Não me vou pronunciar sobre o que penso de muitas das pessoas que estavam nas empresas de topo, algumas com muito mérito profissional, outras só com mérito político (como sempre nada de novo aqui), nem vou discutir as disparidades de vencimentos que íam do A1 ao C3, é óbvio que sendo tão diferentes as naus se justificariam de um modo ou outro.
No entanto sempre achei que tinha pelo menos tanto mérito não deixar caír uma empresa na escala dos A’s como fazer subir uma empresa na escala dos C’s, o que também vi, cada caso era um caso, qualquer tentativa de comparar alhos com bugalhos mais que inútil.
Mas a realidade é que os primeiros íam recebendo honrarias variadas e os segundos íam sentindo que a ideia que tinham deles era que não faziam mais que a sua obrigação, era para isso que lá estavam (os primeiros também era para isso que lá estavam mas havia o hábito de os adular, viu-se o resultado nalgumas situações, conheci também pessoalmente quem entretanto tenha passado de bestial a besta, uns como surpresa, outros nem por isso).

Sempre achei e continuo a achar que uma das razões para que muitos e bons gestores não aceitem lugares em empresas “públicas” em situação económica difícil é porque, sendo os melhores lugares com frequência ocupados por razões que pouco terão a ver com a exclusiva competência para o exercer (e até compreendo o porquê e até o aceito), acabariam esses gestores por se envolver em situações pessoais complicadas, quantas vezes não ganhando melhor mas sujeitos a escrutínios públicos que se dispensam e podem ser fatais a um gestor não político.

Por cá ainda há (e já era bom tempo de já não haver) uma patética e pateta “reverencia pelo estrangeiro”, quantas vezes ouço as pessoas preocupadas com o que “os estrangeiros vão pensar” quando o que as devia preocupar é “o que os portugueses que aqui estão e pagam impostos pensam" (e somos todos).
Daí a não perceber porque é que se vai lá fora buscar gente para determinados lugares, tendo evidentemente que lhes dar condições financeiras mais vantajosas à partida (e pelos vistos à chegada), condições que se poderiam (e deveriam) dar a um português com provas mais que dadas, assumindo claramente o governo que o fizesse porque o fazia.
E como era essencial ter à frente de uma empresa daquelas alguém a falar em português e, mais que tudo, a PENSAR em português.

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