domingo, outubro 02, 2022

O dia seguinte

Lula vai ganhar. Mas, no final, como aconteceu nos EUA com Trump, iremos olhar para os largos milhões de brasileiros que votaram Bolsonaro. E, para o futuro que aí vem, Lula terá que pensar que essas pessoas são, em regra, muito diferentes de quantos votaram Serra, em 2002.

2 comentários:

Unknown disse...

Prefiro Lula ao Bolsonaro, evidentemente. Apesar da mancha que recai sobre a honestidade de Lula, penso que aquilo que lhe imputam não passa de um pecado venial, se comparado com o que é assacado a um ex-primeiro-ministro português. Por outro lado, tenho esperança de que tenha mais cuidado com a "entourage" que vai levar para o governo. E que mude de ideias em relação ao Putin e ao Zelensky, para ficar melhor na foto.

manuel campos disse...


As pessoas serem muito diferentes das que votaram Serra em 2002 é decerto verdade mas o problema é que o próprio Lula estará muito diferente do que era em 2002 e o mundo que aí vem não só é diferente desse como não vai ter mesmo nada a ver e, pior ainda, não já não há ninguém que consiga sequer imaginá-lo minímamemte e possa fazer umas mesmo que bem duvidosas previsões.

Os próprios meteorologistas, que é suposto acertarem a 3 dias, já são mais confiáveis que os economistas que, mais que nunca, irão "explicar amanhã por que é que o que previram ontem não aconteceu hoje" (Laurence J. Peter).

Aproveito esta sua referência para comentar que quando os EUA (330 milhões) têm Biden e Trump como escolha, o Brasil (220 milhões) têm Lula e Bolsonaro como escolha, o próprio RU (70 milhões) e teóricamente a democracia mais madura e respeitável têm Truss e Sunak para suceder internamente a B.J., devíamos dedicar-nos a um longo período de meditação para não pensar muito nisto tudo.

João Miguel Tavares no "Público"