Eu sei que é o fim de junho que assinala a metade do ano. Tudo bem, se atendermos à cronologia. Mas, para mim, “de toda a vida” (como dizem as pessoas “bem“, para designar os amigos que convêm), ficou-me, no meu calendário íntimo, a data de 15 de agosto, como a separação de dois tempos bem marcados no ano. O dia de hoje é aquele em que iniciamos psicologicamente o desmontar da “barraca” das férias, para o regresso, daqui a duas semanas, a um quotidiano mais organizado, antecedido de resmas de compromissos em agenda. Já há muito abandonei a ilusão de que o início de janeiro representa o “agora é que é” das coisas para fazer. Esse é um mero mito do calendário! Setembro é que é: aquele almoço atrasado com um amigo, aquilo que ando há tempos para encomendar, aquela pessoa a quem tenho de lembrar aquilo a que se comprometeu, a visita que tardo em cumprir. A minha lista de “coisas para fazer” está já bem cheia, com a preguiça destas noites de verão a estimular ideias em torno daquilo que, no fim de contas, sei que acabarei por nunca cumprir em absoluto. Até porque depois vem a chuva, porque “afinal não deu, fica para depois”. Ou porque, caramba!, não me apeteceu, não estive para ali virado, até porque a minha autocomplacência tem vindo a disparar. Mas nem imaginam quanto me contenta a simples ideia de que, lá no fundo, tentei! E tudo tem de ser rápido, porque o Natal está a ir a chegar!
domingo, agosto 15, 2021
Viva setembro!
Eu sei que é o fim de junho que assinala a metade do ano. Tudo bem, se atendermos à cronologia. Mas, para mim, “de toda a vida” (como dizem as pessoas “bem“, para designar os amigos que convêm), ficou-me, no meu calendário íntimo, a data de 15 de agosto, como a separação de dois tempos bem marcados no ano. O dia de hoje é aquele em que iniciamos psicologicamente o desmontar da “barraca” das férias, para o regresso, daqui a duas semanas, a um quotidiano mais organizado, antecedido de resmas de compromissos em agenda. Já há muito abandonei a ilusão de que o início de janeiro representa o “agora é que é” das coisas para fazer. Esse é um mero mito do calendário! Setembro é que é: aquele almoço atrasado com um amigo, aquilo que ando há tempos para encomendar, aquela pessoa a quem tenho de lembrar aquilo a que se comprometeu, a visita que tardo em cumprir. A minha lista de “coisas para fazer” está já bem cheia, com a preguiça destas noites de verão a estimular ideias em torno daquilo que, no fim de contas, sei que acabarei por nunca cumprir em absoluto. Até porque depois vem a chuva, porque “afinal não deu, fica para depois”. Ou porque, caramba!, não me apeteceu, não estive para ali virado, até porque a minha autocomplacência tem vindo a disparar. Mas nem imaginam quanto me contenta a simples ideia de que, lá no fundo, tentei! E tudo tem de ser rápido, porque o Natal está a ir a chegar!
Rio abaixo
sábado, agosto 14, 2021
O primeiro
Alô! Alô!
A divertida série televisiva britânica ”Alô! Alô!”, com 85 episódios, vai passar a ser divulgada com a seguinte advertência: "Esta comédia clássica contém linguagem e atitudes da época que podem ofender alguns espetadores".
sexta-feira, agosto 13, 2021
Ao pedal
Bolas
Minsk
Um problema
Bennett
Há uns anos, numa rua de Paris, estava afixado um cartaz para um concerto de Tony Bennett, o clássico "crooner" americano. Fiquei surpreendido, desde logo porque pensava que ele já tinha morrido, mas também, mesmo que fosse vivo, que ainda fizesse espetáculos.
Cruzes, canhoto!
O gozo
Aventais e coisas assim
De Genebra
Criminalidade impressionista
Quantitative easing
Descobri há pouco esta fotografia. Sei lá bem porquê, achei que lhe ficava bem o nome de “quantitative easing”.
Então é assim
Restaurantes onde só se consegue ir com cunhas, restaurantes que não atendem o telefone e só aceitam reservas presenciais, restaurantes onde, para jantar, tem de se ir cerca das sete ou depois das dez e restaurantes que, pura e simplesmente, não fazem reservas - esses, para mim, estão definitivamente "out"!
quinta-feira, agosto 12, 2021
“A Arte da Guerra”
Pode ver e ouvir aqui: https://fb.watch/7kYsdy58q3/
quarta-feira, agosto 11, 2021
A verdade do dia
Lazer
Estas férias estão a correr tão bem - sem fazer rigorosamente nada, evitando a menor caminhada higiénica ou qualquer esforço físico que não seja usar o saca-rolhas, com praia apenas q.b. e sempre ao fim da tarde, sem compromissos a prazo de mais de meia dúzia de horas, com uma verdadeira navegação à vista, feita de humores súbitos, em matéria de jantares fora, saltitando de livro em livro sem vontade de acabar nenhum, dormindo sestas para compensar o facto de ir para a cama às quatro ou cinco da manhã, mandando bitaites para as redes sociais sem cuidar da reação das gentes - que ando cá a pensar como transformá-las numa forma permanente de existência. Faço um “crowdfunding” ou será que também há apoios comunitários para este estilo de vida? É que, de facto, para sustentar isto é preciso muita “resiliência”, o irritante vocábulo político da moda para quantos acham que o importante é sair da “zona de conforto”, atitude masoquista que eu nunca arrisco, até porque não me apetece apanhar muito sol. Assim, “carpe diem”, caros amigos, e, sempre que possam, adiem, porque procrastinar é dar asas à preguiça e esta tem de ser muito bem cuidada, porque é uma mais-valia que vale a pena, já a defendia o Lafargue, que aturava a filha e as manias do sogro barbudo, o tal que parece que tinha um amigo que lhe pagava as contas.
terça-feira, agosto 10, 2021
O diabo veste farda
“Quem lhes atasse…”
O Chega da minha terra natal descobriu que o virus é “uma doença criada na China para destruir o Chega” e que Ventura não tomou vacina porque os socialistas “iam-lhe injetar veneno mal percebessem quem ele era”.
segunda-feira, agosto 09, 2021
Regresso ao passado
Todos os anos, por esta altura, vivo um singular regresso ao passado: em férias, disponho de uma televisão onde só há a meia dúzia de canais da TDT, que não se podem “puxar atrás”, onde um programa ou é visto na hora ou já se foi.
A teoria do melão
domingo, agosto 08, 2021
A tia Ângela
A tia Ângela não era minha tia. Percebo que, à partida, possam achar que só uma desesperante falta de assunto, na “silly season”, me leve a vir aqui falar de uma tia-avó da minha mulher. Admito que seja legítimo que pensem assim, mas só porque têm uma boa desculpa para isso: é que não conheceram a tia Ângela.
sábado, agosto 07, 2021
O dia
Esta coisa de um blogue que, desde há mais de uma dúzia de anos, publica, pelo menos, um post por dia, levanta um sério problema, para manter o “ritmo”, numa jornada em que, ao escriba, não acontece nada que justifique contar seja o que for. “Estão não sucedeu nada?” pergunta o leitor. Salvo ter feito uma excelente sangria, confesso que não tenho nada de especial para relatar. E como agora tenho de ver a maratona masculina, desejo-lhes muito boa noite.
sexta-feira, agosto 06, 2021
Praia, pois
A propósito do ouro
quinta-feira, agosto 05, 2021
Elísio Neves
“A Arte da Guerra”
Pode ver aqui.
quarta-feira, agosto 04, 2021
Acabou!
A menina da tabacaria (plural majestático e nada pessoano) do “Onda Azul” deve andar banzada. O ritual de muitos anos desapareceu. Recordo: passava por lá na tarde do dia de chegada, deixava apontada a lista num livrinho com o meu nome e, dia após dia, ia-se recolhendo a molhada de jornais e revistas. Até ao fim das férias.
terça-feira, agosto 03, 2021
segunda-feira, agosto 02, 2021
O assalto
Os adidos de embaixada, categoria que os ingressados na carreira diplomática têm durante os primeiros anos de serviço, frequentam, por alguns meses, um curso profissional, em que são docentes diplomatas mais velhos, em serviço ou já fora dele.
domingo, agosto 01, 2021
Um incidente diplomático
O texto é relativamente longo. Relata um incidente político ocorrido em novembro de 1981, em Maputo, de que foram protagonistas Samora Machel, então presidente de Moçambique, e André Gonçalves Pereira, que era ministro dos Negócios Estrangeiros do governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão. O episódio é conhecido mas nem por isso deixa de ser interessante revisitá-lo.
Galvão de Melo
Carlos Galvão de Melo faria 100 anos, no dia 4 de agosto. Muita gente já não se recordará dele, mas eu lembraria que foi um coronel da Força Aérea que os capitães foram buscar à reserva para integrar a Junta de Salvação Nacional, no dia 25 de abril de 1974, promovendo-o a general.
sábado, julho 31, 2021
O maluquinho
Há um maluquinho que, todos os dias, insiste em tentar colocar coisas neste blogue. Faz links para um blogue racista e negacionista, cheio de teorias conspiratórias, que tem a curiosidade de não ter visitantes. O maluquinho assina, imaginem!, uihggkj . Deve achar “o máximo” esse heterónimo que disfarça a sua doença mental. Pelo IP, já se sabe de onde vem. Um dia, vai ter uma surpresa.
sexta-feira, julho 30, 2021
Caixa forte
Fui hoje à Caixa. À agência do meu bairro. Aparentemente, estava fechada. A porta tem imensa papelada afixada. No meio, um horário. Pelos vistos, só se pode ir livremente de manhã. À tarde, e só até às três, apenas por marcação. Eram duas da tarde. Pelos vidros, não se via vivalma. Mas havia luzes. Toquei à campaínha. Uma senhora, lá de dentro, pelo telefone, repetiu-me as horas de expediente. E explicou-me que, à hora a que eu ia, “só por marcação”. Perguntou-me para quando eu queria marcar. Eu disse: “Marque para agora, por favor!…” Abriu-me a porta, simpática. Fui muito bem atendido. Aquilo que eu pretendia resolver só o poderia fazer presencialmente. Os bancos transformaram-se em entidades totalmente impessoais. Com simpatia “à la carte”. Não gosto. Deve ser da idade, admito.
Uma “Lezíria” perto de casa
Ontem, não nos apetecia jantar em casa, mas igualmente não queríamos ir muito longe. Recorri ao “Fork”, uma “app” muito útil, que efetua reservas sem termos de negociar nada telefonicamente: escolhemos o restaurante, escrevemos o número de pessoas e a hora desejada. Se houver lugar, recebe-se, quase sempre de imediato, um email a confirmar.
Olavo
O outro 25
Se a manifestação dos 50 anos do 25 de Abril foi o que foi, nem quero pensar o que vai ser a enchente na Avenida da Liberdade no 25 de novem...