sexta-feira, agosto 06, 2021

A propósito do ouro


Anda meio mundo dividido entre saudar o portuguesismo de Pedro Pichardo ou desvalorizar as credenciais lusas do desportista.

É uma discussão que denuncia um país que parece não ter ainda aprendido que sempre se engrandeceu, no espírito e no resto, quando se abriu ao mundo e àqueles que nos procuram - porque gostam de nós, porque de nós precisam, seja lá pelo que for. 

Da mesma forma, muita gente esquece que este país de gente que regularmente salta a sua fronteira necessitou sempre do mundo exterior para fazer a sua vida e até para adubar a glória histórica de que às vezes se reclama.

Por mim, ao ver Pedro Pichardo com as cores da nossa bandeira, congratulo-me com o facto de Portugal ter tido o feliz ensejo de proporcionar a um atleta de exceção, a um lutador e campeão, uma pátria - e mais do que uma pátria de adoção, importa-me que ela seja uma pátria de acolhimento.

Picharro é um extraordinário desportista e acolhê-lo é um privilégio. Mas gostava muito de ver o meu país feliz no dia em que ganhar o ouro da decência - a tratar bem o nepalês das estufas alentejanas, a guineense que se levanta de madrugada para ir limpar os escritórios, o brasileiro que nos serve o café nas esplanadas, o moldavo que passou a jardineiro deste país à beira mar plantado. 

Essa, desculpem lá!, é a medalha que me importa bastante mais!

19 comentários:

Jaime Santos disse...

Assino por baixo. As medalhas pertencem aos atletas e mais, o latão que está por baixo do dourado não vale um chavo quando comparado com a saúde, física e mental, deles.

Pessoas como Simone Biles e Naomi Osaka estão pois de parabéns pela coragem em falar sobre estas questões.

Mas sabe o que me agrada mais na medalha de Pichardo, se me permite a pequena mesquinhez? É saber a dor na testa que provoca não só aos suspeitos do costume da Extrema-Direita, porque ele é negro e imigrante, mas também para os lados da Soeiro Pereira Gomes, porque Pichardo abandonou o Paraíso Socialista de Cuba já que eles não lhe permitiam fazer o que ele queria e acabou em Portugal por causa do nosso maravilhoso clima.

Viva o Benfica, o meu clube, porque se lembrou de o contratar...

Parece aliás que um ex-eurodeputado do PCP veio dizer que o ouro de Pichardo não era 100% português. Que vá morrer longe, sim?

Luís Lavoura disse...

Já agora, convém salientar que Pichardo é português porque voluntariamente escolheu Portugal, em vez de ter escolhido outro país qualquer. Ele em 2017 abandonou uma competição em que estava a participar na Alemanha e, em vez de pedir para ficar na Alemanha, ou de ir para Espanha ou para outro país qualquer, decidiu vir para Portugal e pedir refúgio cá. Ele OPTOU por Portugal, quando podia ter optado por muitos outros países que também o teriam acolhido.

Luís Lavoura disse...

tratar bem o nepalês das estufas alentejanas

Que eu saiba, os nepaleses das estufas alentejanas são tão bem tratados que, nos anos seguintes, se voluntariam para voltar e/ou recomendam Portugal aos seus compatriotas.

Eu conheço diversos nepaleses (não das estufas alentejanas) e parece-me, pelo que vejo, que eles estão deveras felizes em Portugal e que são bem tratados pela generalidade dos portugueses.

Porventura quem os tratará (muito) mal será o SEF. Não a população portuguesa em geral.

José disse...

Ó Luís Lavoura, o Pichardo fugiu de Cuba porque queria ser treinado pelo pai e este estava exilado no estrangeiro. E, por acaso, esse estrangeiro era Portugal. Se o pai do Pichardo estivesse na Estónia, o Pichardo seria, hoje, um "orgulhoso" cidadão estónio. É só isso!

Esta medalha não tem nada de português. O homem chegou cá feito adulto e atleta e é treinado pelo pai. A nossa participação é, somente, pagar-lhe o ordenado. Passe a fealdade da palavra, é um "mercenário".

É lamentável que, por causa da política, as pessoas não sejam capazes de entender algo tão simples quanto isto. Honre-se o atleta mas a medalha é uma coisa comprada. Mais uma importação para este país que cada vez produz menos!

Quando o Qatar resolver tornar-se uma potência desportiva, é só escolher os atletas e abrir os cordões à bolsa. Aí, talvez as opiniões mudem um pouco.

Luís Lavoura disse...

José

o Pichardo fugiu de Cuba porque queria ser treinado pelo pai e este estava exilado no estrangeiro. E, por acaso, esse estrangeiro era Portugal.

Não sabia, mas OK, então quem escolheu Portugal para se exilar não foi Pichardo filho, foi Pichardo pai. Temos o mesmo motivo para estarmos orgulhosos: o nosso país foi escolhido por um cubano para se exilar, quando esse cubano poderia ter escolhido um qualquer outro país.

Esta medalha não tem nada de português.

Nós é que nada temos de portugueses, pois só somos cidadãos de Portugal por cá termos nascido. Eu, se tivesse podido escolher em que país ter nascido e de que país ser cidadão, de certeza que esse país não teria sido Portugal. Pichardo, pai ou filho, pelo contrário, é português porque quis sê-lo, voluntária e conscientemente. É mais português que o José ou eu.

Luís Lavoura disse...

Quando o Qatar resolver tornar-se uma potência desportiva, é só escolher os atletas e abrir os cordões à bolsa.

1) Isso não é verdade. As pessoas, atletas ou outras, não vão para um país somente porque esse país lhes paga. Vão para esse país também, em grande parte, porque gostam dele (do modo de vida, etc). Se fosse somente por lhes pagarem, poderiam ir para múltiplos países. Pichardo (pai e/ou filho) certamente seriam melhor pagos na Alemanha ou em Espanha do que o são em Portugal.

2) Foi dessa forma que os EUA se tornaram uma potência científica, tecnológica e militar: escolhendo os talentos estrangeiros e abrindo os cordões à bolsa. E ninguém retira mérito aos EUA por esse facto.

Lúcio Ferro disse...

E é também de enaltecer o facto de Cuba, país com uns meros 11 milhões de habitantes, se permita exportar campeões graciosamente. Mas, também, com até ao momento nada menos do que 6 medalhas de ouro e outras 7 de prata e bronze, quem precisa de um campeão mercenário e mal educado (vide os mimos imediatamente dedicados a Nélson Évora) como Pichardo?

Luís Lavoura disse...

Lúcio Ferro

um campeão mercenário e mal educado (vide os mimos imediatamente dedicados a Nélson Évora) como Pichardo

Pichardo não é mercenário. Poderia estar em muitos outros países que lhe pagariam melhor do que Portugal pelos seus serviços. Prefere estar em Portugal porque se identifica mais com este país. Se fosse mercenário, trabalharia para quem melhor lhe pagasse.

Ouvi as declarações de Pichardo sobre Évora e não me pareceram nada mal educadas. Já me parece muito deselegante que Évora se tenha pronunciado depreciativamente sobre Pichardo.

Joaquim de Freitas disse...

Lucio Ferro escreveu e muito bem: "um campeão mercenário e mal educado" e eu acrecentaria um traidor à sua Pàtria, que não precisou dele para obter mais medalhas que não importa qual pais da América Latina.

a)-Lu na Tribuna Expresso da SIC: "Nessa altura o que sabia de Portugal?"
Não sou grande seguidor do futebol, mas o meu irmão em Cuba seguia o futebol e sempre o ouvi falar de Portugal, de Espanha. Quando a minha empresária me falou sobre isso obviamente que fui para a net pesquisar sobre Portugal. E gostei. Havia outras ofertas, não só de Portugal. Tínhamos ofertas de outros clubes de outros países mas decidimos vir para cá, até porque a oferta do Benfica era a melhor.

b)- Qual era o vosso primeiro objetivo? Pensavam ficar em que país?
A nossa ideia era a Europa. Não tínhamos nenhum país em mente. A única coisa clara para nós é que queríamos trabalhar juntos. Fosse em que país fosse. Fosse na Alemanha, na Suécia, Espanha, Portugal, Itália, qualquer país.

c)- Cuba é um país bastante liberal e louco, Portugal é um país mais restrito e com bastantes regras. Para mim, que venho de Cuba, é demasiado. É tudo muito diferente. Desde as pessoas, a comida, o clima.

d)-O único salário que recebe é do Benfica?
Sim. Tenho sponsors também. Comprei uma casa há um mês no Pinhal Novo, em Setúbal. Antes estava num apartamento em Lisboa que o Benfica pagava, mas quando consegui juntar dinheiro comprei a casa.

e)- Porquê tão longe?
Não me adapto a Lisboa, é muita confusão. Gosto de ouvir música e não gosto de morar num apartamento, com vizinhos. Comprei um casa térrea, tenho espaço para ouvir música, tenho estacionamento para o carro, que não tinha no apartamento em Lisboa.

f)-Quando estava em Cuba viajava para vários países e via o valor que davam ao atletismo. Em Portugal só peço uma pista em condições, com tudo. Não quero uma pista só para mim, apenas quero uma pista como tinha em Cuba, que tem tudo o que preciso;

g)- Como é possível que no século XXI as pessoas aqui não conheçam muito um desporto mundial como o atletismo, nem reconheçam o valor que merece?

h)- Pensa mudar de país?
Quero viver em Portugal, mas já falei com a diretora do Benfica. Da minha parte já tenho os documentos e a minha mulher também. Por isso estou a pensar treinar fora de Portugal. Porque não me dão valor como o bom atleta que sou. Nelson Évora é um bom atleta também e foi para Espanha. Que faço eu, tenho de ir para fora de Portugal também?” Então vou.

i)- Está a pensar mesmo ir para fora?
Ainda estou a treinar cá porque o meu pai e a minha mulher não têm os papéis de residência. Quando tiverem, vou para a América, para outro país onde possa treinar com boas condições.

j)-Põe a hipótese de voltar a Cuba?
Não [risos]. Pode ser qualquer outro país, EUA, Bahamas, qualquer outro país da América. Estou impedido de entrar em Cuba durante oito anos.

Carlos Diniz disse...

Para o comentador Joaquim de Freitas um desportista que abandona o seu país por lutar para poder LIVREMENTE escolher quem o treina é um traidor. A livre escolha foi-lhe vedada, para o comentador a liberdade não interessa nada.
Entendi.

Jaime Santos disse...

Já ganhei o dia... De facto, há hoje muita gente com azia (pelo menos :) ) por causa da medalha de Pichardo. E dos dois lados :) ...

Quanto à sua suposta má educação, não me parece que Nelson Évora tenha sido muito gracioso com ele no Passado a propósito da sua naturalização. Amor com amor se paga...

E por uma vez assino o que o Luís Lavoura diz por baixo. Os EUA recrutam o melhor talento e não apenas no Desporto. Se podem pagar por isso, lá espertos são eles.

E, Lúcio Ferro, dizer que Cuba exporta graciosamente atletas não me parece exatamente verdadeiro, pelo menos neste caso. Pichardo teve que esperar até estar no estrangeiro para desertar...

É essa, por oposição, a vantagem do mercado internacional, aliás. Os atletas podem escolher os clubes para onde querem ir competir. São livres.

E se Pichardo quiser ir treinar para fora porque tem lá melhores condições pois que vá... Não me parece que o Nelson Évora seja menos Português por ter feito a mesma coisa...

Como dizia creio que o Presidente Kennedy, as sociedades ocidentais não são perfeitas mas pelo menos não precisam de construir muros para impedir as pessoas de as abandonarem, se o desejarem...

Jaime Santos disse...

E já agora deixo mais um comentário relativamente à posição daqueles que se amofinam (para usar uma expressão do Lúcio Ferro) com o facto de que os atletas de alta competição trocam de País onde trabalham e às vezes o País que representam por que lhes pagam melhor, têm melhores condições para treinar, etc.

No futebol profissional, por exemplo, isto sucede há décadas. A melhoria da qualidade do futebol jogado pela nossa selecção (qualidade de treinadores à parte) muito deve a este comércio.

A qualidade do jogo jogado nos diferentes campeonatos também, por muito que se diga que os clubes perdem a ligação aos sócios e à comunidade (o que também é em parte verdade).

E para aqueles que consideram que assim os atletas deixam de representar a Nação, lamento mas não apenas a Nação mudou, como este escol nunca de facto a representou. Se isto fosse verdade, a RDA teria sido um dos Países mais poderosos do Planeta e não um satélite triste da URSS...

Aliás, são frequentemente os Países mais falidos que mais investem na elite olímpica, presume-se como modo de propaganda interna, porque não sei bem quem, além de alguns dos comentadores acima, é que Cuba quer enganar cá fora... ​

Alguém recentemente defendia que Portugal deveria adoptar a estratégia olímpica do Reino Unido. Para quê? Para depois se ter uma das populações mais obesas que eu já vi?

Fomentem o desporto escolar e a actividade física na vida adulta como modo de promover a saúde da população e as medalhas provavelmente aparecerão.

E se não aparecerem, também não é muito grave. Tal como com o futebol, não me parece que a Suiça ou a Irlanda se preocupem muito com a sua performance olímpica.

Só os povos com complexos de perda imperial ou as ditaduras socialistas decrépitas é que precisam de um 'shot-in-the-arm' vindo do Desporto e de tretas como as declarações do PR de que os nossos atletas são os melhores do mundo.

De facto são, os poucos que ganham medalhas... Mas a nossa vida não fica melhor (ou pior) por causa disso...

Lúcio Ferro disse...

Olhe, Jaime Santos, folgo em saber que já ganhou o dia, eu, feliz ou infelizmente, preciso de fazer muitas outras coisas para atingir esse desiderato. Quanto ao que escreve, não me vou alongar, apenas reitero o que já escrevi, Pichardo é um atleta mercenário e mal educado. Mercenário, pelo seguinte: mandou às malvas a representação do seu país (que o formou e que lhe deu as condições para ser campeão) porque esse país não pode dar-lhe os sponsors e o bem estar económico que ele deseja; veio para onde veio porque por enquanto lhe deu jeito e a nossa ridícula federação foi a correr naturalizá-lo para não ser ainda mais irrelevante a participação nos jogos. Agora, vir o gajo enrolar-se na bandeira tuga como se fosse um grande patriota, só para rir mesmo, tanto se lhe dá, quer é bem estar económico e estará no seu direito, acha-se bom e quer ser pago por isso, mas hipocrisias não, esta medalha não é de Portugal, nem dos portugueses, é do Pichardo. E o gajo é mal educado sim, porque os campeões o são não só nas pistas mas nas formas como gerem as suas vitórias. Ver este sujeito, ainda a medalha não lhe aquecera o peito, disparar sobre um colega que até lhe dera os parabéns (apesar das divergências que têm ou tiveram) é de rapazola deslumbrado, não é de campeão. Sobre o resto, pois, realmente, o cancro do futebol em PT tudo seca e educação para o desporto é coisa, também ela, para rir.

Luís Lavoura disse...

Joaquim de Freitas

porque lhe faz espécie que Pichardo, cidadão português, pretenda ir treinar para o estrangeiro? Outros também foram e vão. Nelson Évora treina em Barcelona, com um treinador cubano. Francis Obikwelu treinava em Madrid, com uma treinadora espanhola. E nem falemos de onde treina Cristiano Ronaldo...

Todos os atletas atualmente querem treinar onde tenham melhores condições. E nem por isso deixam de ser portugueses. Tal como o Joaquim de Freitas que, ao que me parece, exerceu a sua vida profissional no estrangeiro... e nem por isso deixou de ser português.

Tal e qual como Pichardo e Obikwelu o são.

Joaquim de Freitas disse...

O Senhor Carlos Diniz, não leu o que disse o interessado, à SIC : "A minha performance não tem nada a ver com Benfica ou Portugal, essencialmente tem a ver com o meu treinador que foi o motivo pelo qual eu deixei Cuba. O meu treinador é o meu pai e foi ele quem melhorou o meu desempenho.

E mais adiante: “Eu e o meu pai nascemos em Santiago de Cuba. Em Cuba não existem clubes, há a equipa nacional, que é só uma, que fica em Havana. O meu pai não trabalhava em Havana logo não podia treinar-me. Eu pedi para voltar para Santiago para poder treinar com ele, mas se voltasse para Santiago não podia competir internacionalmente. “

Em seguida: “Inclusive estive castigado em 2014 porque não quis treinar com o treinador da equipa nacional. A única solução era sair de Cuba. » diz.

« O meu pai foi trabalhar para a Suécia, porque em Cuba era impossível. Estava como treinador num pequeno clube sueco, há três anos.”

Fui para a competição em Estugarda e decidimos que eu saía aí.”

Pichardo tem as suas exigências: Não quer o treinador nacional, que treina exclusivamente em Havana toda a equipa cubana. Que ganhou o maior numero de medalhas da América Latina.

Pichardio só quer o seu Pai. e como este trabalhava em Santiago, devia ir para Havana. Como Pichardo não podia comandar a equipa nacional e o seu treinador, e que entretanto o seu Pai emigrou para a Suécia, “livremente”, Pichardo foi também, para là “livremente” , abandonando a equipa nacional em Estugarda.

Um traidor, exigente e pretensioso, quando se compara a Ronaldo : ( Porque não me dão valor como o bom atleta que sou. “Imagina que Cristiano Ronaldo vai a Cuba. Em Cuba, o futebol não tem expressão, não vale nada. Imagina ele sentir-se como me sinto aqui? Sem nenhum reconhecimento do seu valor e do seu trabalho? Vai sentir-se mal também.

Em Portugal encontrou toda a compreensão! Quando se vem de Leste para Oeste hà sempre grande compreensao...
Quando abandonar Portugal, que leve a medalha com ele!

Joaquim de Freitas disse...

O Senhor Luís Lavoura, na sua tentativa de comparar a emigração dum cidadão português, com a deserção dum atleta, esquece um facto muito importante.

O emigrante, não representava mais ninguém que ele mesmo, e não levou a sua Pátria na sola dos seus sapatos, como disse alguém. Pátria que esteve sempre presente no espírito e na alma e que encontrava cada vez que as missões profissionais ou as viagens de saudade o traziam de volta. Porque Pátria só há uma. Mesmo quando graves divergências o afastavam do regime político vigente.

O atleta, normalmente, representa a Nação onde nasceu. E a bandeira que empunhou, em competições internacionais, representa todo um povo, o seu povo.

Não tenho respeito nenhum por aqueles que mudam de bandeira como quem muda de camisa.

E recuso a comparação, com quer que seja.

Joaquim de Freitas disse...

Coisas deste blogue...


“Aliás, são frequentemente os Países mais falidos que mais investem na elite olímpica, presume-se como modo de propaganda interna, porque não sei bem quem, além de alguns dos comentadores acima, é que Cuba quer enganar cá fora... “

Este comentário merece a palma de ouro do blogue. Os EUA e a China, grandes vencedores de medalhas estariam falidos…

E escondem algo com este apetite de medalhas…Gostaria de saber o quê! Só um anti-americanismo mórbido poderia levar a entender, ao ler este comentário, que os EUA ganham medalhas mas 50 milhões de americanos não têm Segurança Social …Ou que milhares de americanos dormem nas tendas em Skid Road, em Los Angeles , e na Venice Beach…e em Nova Iorque!


“Alguém recentemente defendia que Portugal deveria adoptar a estratégia olímpica do Reino Unido. Para quê? Para depois se ter uma das populações. mais obesas que eu já vi? “

Aqui são os ingleses que recebem pela tabela! Mas realmente é mais uma anti-americanice…Se inventaram os Mac Donalds , as montanhas de gordura e os OGM é para alguma coisa! Não? E a liberdade “alors” ? Cada um come do que gosta…E nem todos tê acesso ao Duas Ponto Come…

Quanto aos cubanos, os pobres não têm nada para esconder…Falta-lhes tudo, graças aos obesos do Norte! Mas dão lições nos JO aos colombianos “livres” e democratas, exportadores de cocaína e de mercenários, assassinos de presidentes no Haiti…

Mas os cubanos são campeões da alfabetização, da saúde publica e do desporto escolar, o que talvez possa explicar o seu sucesso: ganharam mais medalhas que não importa qual país latino americano…democrático como a Colômbia de Duque !

José disse...

Já a malta do Bloco anda a gritar "racismo!", já a RTP3 anda a convocar todos os seus comentadores para repetirem o mantra escolhido (é espantoso, ninguém tem opiniões diversas), já o "sistema" anda a fazer de conta que os tipos do PCP não vomitam ódio contra o Pichardo e eis que dou de caras com estas velhas afirmações do Nelson Évora, esse conhecido nazi a defensor da raça ariana:

"Estou tranquilo, fui ao Campeonato da Europa, ganhei e bato no peito. Estou aqui a dar a entrevista em português e não é preciso meter legendas, quando penso em comida penso em comida portuguesa e todas as minhas vivências são daqui. Sou filho de africanos, percebo crioulo, percebo francês, mas expresso-me é em português, escrevo e falo português, andei na escola portuguesa. Quem quiser comparar, que compare."

Que grande... racista!

Portugalredecouvertes disse...

O texto do Sr. Embaixador é muito bonito!
se não corresponde exatamente à situação e ao pensamento do atleta, pois paciência,
o problema se há problema, também é dele!
No futebol há muitos jogadores que vêm de fora!
Relembro uma senhora que veio de Cuba e que é excelente a criar campeões
neste caso de dança!
19/09/2018 — Annarella Sanchez, antiga bailarina cubana, comemorou ontem 20 anos da academia que fundou, em Leiria...
O Conservatório Internacional de Ballet e Dança Annarella Sanchez ...
Os alunos são lindos:
https://www.youtube.com/watch?v=Q-bGKDD_MkM

Os EUA, a ONU e Gaza

Ver aqui .