Escrever isto é uma óbvia e deliberada provocação. Vai aparecer gente a dizer "Ah! E então o Majestic?!", "E o Central ou a Demel, em Viena?", "E a Colombo, no Rio" e por aí adiante. Até alguém de Vila Real: "Atão e a Gomes?"
Ora bem! Tudo isto é só para dizer que, ontem, depois de jantar uma vez mais no New York, tive uma sensação que, com a idade, me acomete cada vez mais: "Esta é a última vez que aqui venho!" E deve ser!
12 comentários:
depois de jantar no New York
Então jantou num café?! Que servem lá, bitoques?
Eu eu que pensava que o Francisco não fosse pessoa para jantar em cafés...
Não se apoquente, Francisco, voltar a Budapeste não é difícil, pode lá ir com facilidade quando quiser. Aloja-se num daqueles hotéis que têm banhos quentes no subterrâneo, é uma maravilha, passa todos os fins de tarde na piscina!
Então o Luís Lavoura não sabia que o Café New York é um dos mais conhecidos restaurantes de Budapeste?
É de facto um espaço maravilhoso. É claro que irá voltar "never say never".
Francisco
o Luís Lavoura não sabia que o Café New York é um dos mais conhecidos restaurantes de Budapeste?
Claro que não sabia.
Só estive uma vez em Budapeste, já há um quarto de século, não tive muito tempo para visitar a cidade (estive lá em trabalho) e ninguém me falou de café nenhum. Vi o Parlamento e pouco mais.
Eu não sou uma pessoa fina como o Francisco.
Luis Lavoura. Basta ir ao Google para, em 10 segundos, ser informado de que o NYCaffe é um restaurante. Nas redes sociais não há finos nem grossos.
Li na internet que "it wasn't until 2006 that the New York Café was restored to its original splendour". Ora, eu devo ter estado em Budapeste, se não me engano, lá para 1997 ou 1999. Portanto, quando o "café" (ou restaurante) estava ainda em restauro.
O nosso Caro Embaixador é extraordinário!
Fala-nos de sítios óptimos, finos e caros com uma desfaçatez tal, de fazer corar um pobre!
Também não sei se tornarei a dizer isto…
Cumprimentos
é capaz de não ser o mais bonito mas vale a pena.
na nossa provete idade, sabes que o que acabaste de afirmar pode ser inconsequente. Contigo, particularmente. Boa viagem!
Flanando por Budapeste, numa gentil troca de serviços fotográficos, conheci um ex-embaixador português no Brasil. Francisco Seixas da Costa foi o representante de Portugal em Brasília entre 2005 e 2009.
Boa prosa, falou de futebol, do período em que trabalhou no Brasil, dos encontros com Lula e, ouçam, de gastronomia. O ex-diplomata de Vila Real, que hoje vive em Lisboa, assina um blogue (ele escreve assim) contando suas explorações culinárias em terras lusitanas e mundo afora.
Coincidência ou conspiração do destino, n’O Porto ele só se hospeda no hotel que me acolheu em 2017, ao lado da Cozinha do Manel, um restaurante sensacional frequentado por Seixas da Costa, onde estive algumas vezes durante minha única estadia em Portugal.
E por que todo esse paranauê introdutório? O viajante planetário Seixas da Costa concorda que o New York Café de Budapeste é um dos mais lindos do globo. Eu, modestamente, subscrevo sabendo que o mencionado estabelecimento também é um restaurante .
Há um poema de Jorge Luís Borges que explica esse pressentimento de não retorno.
Os diálogos com o Luís Lavoura arriscam-se sempre a ser dignos de antologia.
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