quarta-feira, abril 17, 2024

Ratos e homens

"Isso agora já não interessa nada!", expressão clássica de Teresa Guilherme, será utilizada por alguns oportunistas, quando, num dia longínquo, vier a concluir-se que, afinal, no caso "Influencer", a montanha não pariu um rato mas apenas lixou o Rato. Era esse, aliás, o objetivo.

14 comentários:

Luís Lavoura disse...

Claro.

Mas o Rato também colaborou, ao demitir-se. O Rato tinha obrigação de saber que o Ministério Público é um caluniador profissional, cujo objetivo é destruir as carreiras de toda e qualquer pessoa que sobressaia. (Mais ou menos o mesmo objetivo que a antiga Inquisição.) E então, o Rato deveria ter feito o mesmo que Miguel Albuquerque (o madeirense) fez: dizer que tinha a consciência tranquila, e não se demitir. Permanecer de pedra e cal no seu lugar, até que a sentença de condenação transitasse em julgado. O que nunca acontecerá.

Anónimo disse...

Só vim cá espreitar para ver se já tinha mostrado o seu contentamento ...
Adivinhei!
Tenho a Universidade "humana" da Vida...
Admiro a fidelidade, sempre...

João Cabral disse...

Portanto, conluio entre PR e justiça para derrubar um governo. Isto nem no futebol.

Tony disse...

Sr. Embaixador. "O Homem do Leme", já veio dizer que Portugal, já vai poder ter um elemento no Conselho Europeu. Também não se pode falar em mesas de restaurantes. Mas que grande pessegada!.

Unknown disse...

No que se refere às aspirações que AC tinha em relação ao cargo de Presidente do Conselho europeu, elas estarão comprometidas enquanto não houver o arquivamento do inquérito no que ao mesmo diz respeito. Como se compreende, o entusiasmo da AD em relação a esse objectivo também não é grande.

Carlos disse...

Interessantes as declarações do actual PR a sugerir que a recente decisão do Tribunal da Relação sobre o caso Influencer. Marcelo põe as fichas todas numa eventual nomeação de António Costa para a Presidência do Conselho Europeu. A sua preocupação é criar uma narrativa alternativa para olvidar a sua decisão de convocar extemporaneamente eleições apesar de se estar perante um caso artificialmente criado por um MP irresponsável (foi a PGR que o afirmou). Recorde-se que a convocação de eleições não foi consensual nem sequer subscrita pela maioria dos membros do Conselho de Estado.

Já agora sobre o interesse de Portugal na Presidência do Conselho Europeu por António Costa. A julgar pelo desempenho de Louis Michel poder-se-ia mesmo dizer que este lugar é uma não existência. Ainda mais quando a Presidência da Comissão é encabeçada por Ursula von der Leyen que não deixa espaço para mais ninguém e tem mesmo protagonizado um ataque aos poderes do Conselho Europeu desafiando o espírito dos Tratados.

A isto acresce que as próximas eleições para o Parlamento Europeu vão decorrer num ambiente bastante adverso para o Partido Socialista Europeu. o PS é irrelevante em França e na Grécia, está em perda acentuada na Alemanha, não é mais do que uma sombra do que já foi no norte da Europa e tem uma presença limitada nas antigas "democracias populares" do centro e leste da Europa. Vai seguramente perder muitos dos 141 lugares que atualmente detém. Há mesmo quem afirme que juntos os atuais grupos da direita mais radical dos "Conservadores Europeus" e "Identidade e Democracia" vão ficar bem próximo ou mesmo superar do PSE. Estes grupos encabeçam alguns governos que são especialmente influentes na distribuição dos lugares institucionais. Por isso uma futura nomeação de Antonio Costa para Presidência é capaz de ficar mesmo pela candidatura.

Anónimo disse...

o lavoura tem toda a razão. basta olhar para a madeira.

Luís Lavoura disse...

Carlos,
excelente comentário o seu. Cada um dos três parágrafos.

Luís Lavoura disse...

Todo o mal deriva de não levarmos a sério o princípio da presunção da inocência.
Um indivíduo, qualquer indivíduo, seja político ou seja o que fôr, deve ser considerado inocente (com todas as letras, e sem reservas) enquanto não fôr condenado por um tribunal justo. E, sendo inocente, tem todo o direito de se candidatar a, ou de exercer, seja que cargo fôr.
Devemos marimbar-nos no Ministério Público, que não passa de um caluniador e um extorsor. Difama as pessoas, põe-nas na prisão sem motivos, e extorque-lhes dinheiro (e outros bens). O Ministério Público é uma associação criminosa.

Reaça disse...

O que nos vale, é que estamos em democracia, e em democracia tudo se resolve!

Unknown disse...

Por este andar, o Luís Lavoura ainda apanha um processo...

amf disse...

A Ucrânia que até 1991 integrou a União Soviética mantinha a sua qualidade de membro da Organização das Nações Unidas , de que foi membro fundador.
Sendo assim, pergunto se será curial falar das " fronteiras que o direito internacional lhes reconhece desde 1991" ?

Cumprimentos

amf

afcm disse...

Continuo a pensar que é errado pensar a actuação do Ministério Público à luz ou pela via de "objectivos politicos" - lixar o Rato ? Olhe que não, Sr. Embaixador, olhe que não.
Trata-se apenas e tão só de um modo incompetente de estar e actuar. É por aqui - retirando as consequências para assim as alterar - que está o caminho para a solução. Tudo o resto é espuma dos dias para abrir noticiários e para gáudio dos comentadeiros.

afcm disse...

Grata por partilhar (a Visão deixou de ser comprada por aqui)

Tudo cada vez mais claro