terça-feira, abril 16, 2024

Regra

A única forma de poder avaliar, com honestidade, as culpas e as razões de cada um dos protagonistas, locais ou externos, do conflito no Médio Oriente é fazê-lo sempre sem ter em conta a simpatia ou a antipatia que as partes nos possam merecer.

10 comentários:

Luís Lavoura disse...

Não ter em conta as nossas simpatias ou antipatias é difícil, para não dizer impossível.

Francisco Seixas da Costa disse...

Não é, Luís Lavoura.

manuel campos disse...


A propósito do texto “Autoridade e vergonha” de há dias estive para escrever algo nesta linha, ainda que não de forma tão precisa e concisa, como se imagina.
Mas a semana não foi fácil e passou o momento.

Subscrevo inteiramente este texto, aliás aplicável a todos os “conflitos” que nos cercam, que nos lembra que ser um bom juíz não só não é para todos, como é mesmo para muito poucos.
Não considero fácil de obter o resultado que pede, pensar livre de peias, há toda uma envolvente condicionante do pensamento colectivo, na qual incluo a pouca vontade de pensar que atinge um número significativo de pessoas, dá trabalho, implica estudo, pode trazer maçadas quando publicamente expresso, uma grande chatice.
O pensamento “prêt-à-porter” está aí e não custa nada.
E quem prefere o pensamento “feito por medida”, que custa mais, acaba mal visto pelos que vivem dos “consensos” que lhes impigem.





manuel campos disse...


"Impingem", claro.

Pode parecer desculpa parva e é mesmo, mas às 15.15 ainda não tinha almoçado.

João Cabral disse...

Chama-se diplomacia.

Anónimo disse...

"... as culpas e as razões de cada um dos protagonistas,...". Sim, dos protagonistas.

Por outro lado, nestas coisas de guerras, guerrinhas e outras gloriosas intervenções militares -desde sempre e por toda a parte- nem sempre os protagonistas e os seus povos acabam, por fim, na mesma onda. Uma triste realidade. Selecionar protagonista tem consequências.

Joaquim de Freitas disse...

"é fazê-lo sempre sem ter em conta a simpatia ou a antipatia que as partes nos possam merecer."

Nao consigo aplicar estas belas palavras no contexto do Médio Oriente.

Eu vejo a imagem lugubre de Israel: o terror azul e a decadência moral. A antipatia é total.

Eu vejo a verdade de La Palice vir da boca de António Guterres. Não tendo força de acção para punir os criminosos de guerra, ele defende um cessar-fogo urgente.
Ao fazê-lo, o seu papel limita-se a um rabino que lamenta, a um imã ineficaz ou a um sacerdote indefeso que implora a Deus nas suas orações para parar este genocídio. "Dommage", porque o nosso compatriota é me simpàtico.

Mas é hora de fechar o clube de conveniência. Meus respeitos Sr. Guerres!
Peço desculpas, isso não é um lapso de língua ou um erro de teclado! O Senhor perdeu o seu (T) em Gaza.

Noto que no seu clube as vozes dos mais fortes silenciam quando são mencionados os crimes no Ruanda, na antiga Jugoslávia e em Gaza. Por outro lado, esta voz grita e condena quando o genocídio de Auschwitz mal é sussurrado.

É o fim dos tempos e a podridão política está poluindo o nosso mundo! Não há mais moral! Mais educação! Os selvagens desumanos querem alcançar a chamada nova ordem mundial sob bombas e mísseis. Nova ordem mundial engraçada! Um mundo definido pelo som das armas e do ópio político.

As imagens divulgadas nas redes sociais descrevem claramente o futuro deste mundo e mostram o provável quadro de um futuro incerto para crianças inocentes. Quem disse melhor? Em Gaza, cadáveres sob os escombros e bebés enterrados vivos sob escombros de betão.

Este chamado Estado democrático está assolado pela corrupção e é governado pela máfia financeira. Mais de 35% das receitas do Estado provêm do sector israelita de alta tecnologia. Informo que a alta tecnologia vem de indústrias desonestas ou fraudulentas – jogos online, opções binárias, forex, download de programas/injetores.

Cada empresa de pagamento, marketing ou tecnologia de publicidade trabalha para setores duvidosos ou fraudulentos. O dinheiro destas indústrias é utilizado para a desestabilização política de certas nações.

A história da Primavera Árabe já não é segredo. A Primavera Árabe foi financiada por Israel. O filósofo Bernard-Henri Levy é o policial especialista que administra com sua moralidade excepcional o fluxo de dinheiro desonesto que cobre todos os custos dos crimes israelenses.

BHL esquece que o ódio é ele. O ódio é o seu comportamento mercenário que semeia a guerra por onde passa. BHL esquece que a verdadeira catástrofe ou Shoah em hebraico está ocorrendo atualmente em Gaza. Seus soldados selvagens bombardeiam bairros residenciais. Bebês, mulheres e idosos são enterrados vivos sob os escombros de casas destruídas pelos bombardeios dos aviões de Joe Biden e dos tanques dos irmãos BHL. Este sionista é como Joe Biden e fala-nos da invenção do território sionista.
A minha antipatia é total.

Francisco Seixas da Costa disse...

Um país é-nos antipático; logo, segundo Joaquim de Freitas, as suas razões não são válidas. A contrario, se o país nos for simpático, as suas razões passam a valer. Bonito!

Joaquim de Freitas disse...

Um povo que se identifica aos seus lideres políticos e religiosos, que se considera o povo eleito. A minha antipatia é profunda.

Mais claramente, a guerra dá cor aos acontecimentos políticos e o terror reflecte-a num mundo atormentado pela fraude fiscal, pela corrupção e pela decadência moral. O “Terror Branco” descreve os massacres cometidos na Rússia pelos exércitos Brancos durante a Guerra Civil Russa. O “Terror Vermelho” refere-se ao massacre perpetrado pela Cheka e pelo Exército Vermelho. O “Terror Negro” confirma os massacres de 45.000 pessoas inocentes no leste da Argélia, em 8 de Maio de 1945, pelo exército francês. Hoje, a Estrela de David entre as duas listras dá uma cor diferente ao terror: “o Terror Azul”. É este terror que está a massacrar pessoas inocentes e a enterrar bebés vivos em Gaza.

Neste drama desumano, Israel garante que aqueles que não são mortos pelas suas bombas durante os ataques são mortos por causa dos hospitais que não funcionam, demolidos pelas suas bombas e da fome que faz os estômagos roncarem. “Que comam a terra, dizia um…”Para Netanyahu, a fome, o medo e o sofrimento já não são adjectivos desumanos. Seu sorriso criminoso reforça o ódio e a agressividade que coexistem em sua alma satânica.

Como poderiam “as suas razões ser válidas” quando se utiliza a força brutal sem medida, contra um povo que cometeu apenas a falta de estar presente na Terra Prometida, há 75 anos, depois do crime SHOA, cometido pelos cristaos do Ocidente civilizado !?

marsupilami disse...

«Um povo que se identifica aos seus lideres políticos e religiosos»

Condenação colectiva - a velha palavra de ordem para o massacre e a barbárie.

O outro 25

Se a manifestação dos 50 anos do 25 de Abril foi o que foi, nem quero pensar o que vai ser a enchente na Avenida da Liberdade no 25 de novem...