domingo, janeiro 22, 2023

O diabo e a farda

Lula, ao substituir o comandante do Exército por um militar que expressamente afirma a sua plena subordinação ao poder democrático, pode estar a fazer um favor às Forças Armadas brasileiras, reconciliando-as com a ordem republicana, resgatando o seu equívoco papel no interlúdio de Bolsonaro.

sábado, janeiro 21, 2023

“Terroso” (Cascais)


Chama-se “Terroso”. É um pequeno restaurante (20 lugares) e “wine bar”, no dédalo de ruelas velhas de Cascais, não longe da Câmara e do Hotel Baía, só para orientar quem chega. Tinha ouvido falar da casa, mas nunca a visitara. Só de olhar para as garrafas que, em armários, envolvem a sala é-nos induzida uma sede sofisticada (ter um Crasto vinha Maria Teresa ali à mão, a mim, desestabiliza-me). A lista segue um registo clássico, mas é muito equilibrada nas suas escolhas e, o que é cada vez mais importante nos dias que correm, nos preços. Fora dela, havia uma feijoada à brasileira que estava de comer, como de facto comemos com grande gosto, e de chorar por mais. Optámos por não chorar e, alegremente, partimos para as sobremesas, uns doces a preceito. Na cozinha e no comando das operações, estava a proprietária, dona Vitalina Marques de seu nome, uma senhora simpática que, por muitos anos, oficiou naquele que foi (bem antes do tempo dela, mas já no meu) um dos primeiros restaurantes do momento “trendy” do Bairro Alto, nos anos 70 do século que se foi, o histórico ”Alfaia”. A fantástica escolha dos vinhos da casa é da responsabilidade do marido, Pedro, com uma qualidade atestada pelo prémio que foi atribuído à casa pela “Revista de Vinhos”. O Terroso fica na Rua do Poço Novo, 17, como referi, em Cascais. Telefonem (sempre, claro!) a reservar, pelo 214 862 137. Domingos e segundas-feiras, o Terroso encerra. Vão ver que não lamentarão seguir esta minha opinião, seguindo uma bela dica do Zé Paulo Fafe.

Melhor…

 


Daqui a pouco…

 


Espero que, de manhã, esteja um dia mais límpido…

As fitas do tempo

Os críticos do governo, em especial na comunicação social (que, por estes dias, é a verdadeira oposição), sabem muito bem quem, entre Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, interessa colocar mais sob fogo, por forma a atingir diretamente António Costa. O ridículo da situação é que, com este afã contra o primeiro-ministro, agora até já incensam o tutor da Geringonça, um político capaz que tanto diabolizaram no passado. Mas, enfim, estamos no tempo do vale tudo.

sexta-feira, janeiro 20, 2023

Um guerra com barbas…

O líder checheno, Razman Kadyrov, criticou o facto de os homens não poderem usar barba se integrarem as Forças Armadas Russas. Belo tema de dissensão para quem está numa guerra.

Isso agora não interessa nada…

O ruído público criado em torno da TAP vai desgastando o governo e, quem sabe?, pode mesmo vir a contribuir para a sua queda. Mas há uma certeza: a TAP também vai por arrasto para o charco… Já estou a ouvir alguns irresponsáveis: “É um preço barato para acabar com esta maioria”. 

“A Arte da Guerra”


O reforço do armamento da Ucrânia pelos países seus apoiantes, as primeiras atribulações do novo governo de Israel e as tentativas de acordo entre o Reino Unido e a União Europeia são os temas abordados na edição desta semana de “A Arte da Guerra”, o podcast do “Jornal Económico” onde converso com o jornalista António Freitas de Sousa.

Pode ver aqui.

Eles aí estão!


Como se vê, este blogue tem alguns bizarros leitores. Na comodidade do anonimato, cavalgando um post que nada tem a ver com o assunto que querem tratar, insultam, cheios de uma coragem onde, lá no fundo, se deteta algum desespero. Deixo aqui a nota, pelo seu ineditismo: nunca na vida me tinham chamado “nazi”. É uma “première”!

ISCSP


A minha escola, o ISCSP, comemora 117 anos, desde o tempo longínquio em que foi uma escola vocacionada para os temas coloniais até à excelente escola de ciências sociais e políticas que hoje é. No meio de tudo isto, um nome foi essencial para aquela casa: Adriano Moreira.

quinta-feira, janeiro 19, 2023

O fim da linha

A sorrir de forma triste, Jacinda Ardern anunciou ter chegado, na política, ao fim da linha. A primeira-ministra neozelandesa constatou publicamente já não dispor da força anímica necessária para continuar a batalhar nesse terreiro. Antes, em tempos difíceis, tinha revelado determinação e coragem, em horas de pandemia, terrorismo e outras dificuldades, sempre com um sorriso simpático a humanizar a sua ação. Talvez pelo facto de a Nova Zelândia ser uma realidade distante, situada do outro lado das notícias e do mundo, esse mesmo mundo mostrou um inesperado interesse pelo surgimento ali daquela figura simpática, também num tempo de evidente fascínio mediático pelas mulheres novas que assumem papéis de relevo na vida pública. Agora, como é dos livros, nota-se uma atenção ao lado frágil de uma pessoa que um dia foi olhada como forte. Porquê? Talvez porque a revelação dessa fragilidade, de certa maneira, a aproxima do comum dos cidadãos, isto é, de nós.

Geografia

“A sua terra, Vila Real, tem as ruas cheias de neve!”. Disse-lhe que não, que só havia neve na serra. “Mas eu vi, na televisão, que mal se podia conduzir pelas ruas!” Expliquei que foi em Montalegre. “Mas isso não é em Vila Real?”. É no distrito de Vila Real. A 95 km da cidade… Como de Lisboa a Almeirim!

terça-feira, janeiro 17, 2023

A nossa guerra dos outros

Amigos estrangeiros não europeus com quem jantei no início desta semana, chegados a Portugal há breves dias, mostravam-se verdadeiramente espantados com a quantidade de tempo que a guerra na Ucrânia ocupa nas nossas televisões. E porque entendem português, notaram também que a nossa comunicação social, de forma clara e sem disfarce, tomou partido nesta guerra, não escondendo estar ao lado da Ucrânia, mantendo, ao mesmo tempo, uma forte acrimónia no tocante à Rússia. Expliquei-lhes que esse era também, à evidência, um sentimento maioritário no país. Mas também lhe disse que há por cá quem não goste da causa da Ucrânia, quem simpatize com os russos ou, muito simplesmente, esteja sempre do lado contrário àquele em que estão os americanos. Um  deles perguntou-me então se, no passado, em outros grandes conflitos internacionais, sem envolvimento direto de Portugal, o país, mediático e não só, também ficara tão fortemente inclinado para um dos lados. Disse-lhes que, ao que me recordava, nunca tal tinha acontecido em tempo de democracia (o outro não conta para o que aqui conta). Esta parece ser, de facto, a primeira vez em que os portugueses acabam por fazer sua uma guerra de outros.  

segunda-feira, janeiro 16, 2023

Manique do Intendente


Quantos portugueses conhecem Manique do Intendente, bem perto de Lisboa?



Lollo


Antes que seja proibido colocar na internet imagens de mulheres bonitas (não deve tardar muito), aqui fica uma fotografia de Gina Lollobrigida, agora na hora da sua morte. 

Here we go again!

Recomeçou o Toto-aeroporto, assunto sobre o qual qualquer leigo se arroga o direito de ter opinião, tema ideal para o achismo de café: “Eu, cá por mim, punha o aeroporto em … “

Alguns dirão que isto não abona muito em meu favor, mas confesso, com a maior simplicidade, que não tenho a menor opinião sobre o assunto.

Guerreiros

”I love the smell of napalm in the morning”, dizia o Robert Duvall no “Apocalipse Now”. Ao ouvir por aí alguns “warriors” de sofá, dos que fazem guerras com os mortos dos outros, tenho-me lembrado da frase.

Preços

 


Imaginativa imagem da Pordata para ilustrar uma notícia sobre o aumento de preços.

Tentativa de compromisso

Isto de hinos é complicado. Até por deformação profissional, eu gostaria muito que ”A Portuguesa” nos colocasse a todos a bradar “Às negociações!”, em lugar de “Às armas!”. Já tentei, mas não dá jeito nenhum!

Pergunta

Neste tempo em que tanta gente clama por mais gastos na Defesa, num tropismo jingoísta suscitado pela mobilização emocional pela Ucrânia, será mesmo o momento certo para contestar a letra do nosso hino, lá porque ele berra “Às armas!” e a marchar “contra os canhões”?

domingo, janeiro 15, 2023

Tenham juízo!

Vamos a ver nos entendemos: mudar o hino é uma perfeita insensatez - e estou a ser educado. Depois vem a bandeira, não é? E o nome do país? Não lhes parece comprido demais? Parece haver quem pense que a atual geração ”vê” mais do que todas as que a antecederam.

O Portugal que já não é o que era

 

É preciso já ter alguma idade para alguém se lembrar da “Ponderosa”. 

Não falo do famoso rancho da série televisiva “Bonanza”, por cá a preto-e-branco, em que o pai Cartwright e os seus três filhos, cada um com a sua ideossincrasia, revelavam um Oeste americano com uma bonomia e uma graça como, até então, o não tínhamos visto.

“Ponderosa” era também o nome, seguramente inspirado na série, de um conhecido restaurante na Estrada Nacional nº 1, na zona da Azambuja, onde, nos anos 60 e 70 do século que já vai, esteve na moda fazer uma refeição, nas idas e vindas para o Norte. Fechou, há muito. 

Em frente, também há bastante tempo, abriu um motel e mais um sítio para comer, o que por ali vier ao dente, que adotaram o mesmo nome. Não senti vontade de entrar, mas, pelo ambiente que se respirava do exterior, se há sítio adequado para afixar um calendário Pirelli dos antigos este será um deles.

O velho “Ponderosa”, de que deixo uma imagem desta tarde, terá sido, entretanto, uma discoteca. Hoje não parece ser nada, a não ser uma memória de outros tempos, de um dos muitos “lesados da autoestrada”.

sábado, janeiro 14, 2023

As palavras e as coisas

 


Mesa Marcada


É muito justo que seja feita uma menção especial ao site “Mesa Marcada”, onde preponderam Duarte Calvão e Miguel Pires. Tenho uma profunda admiração pelo que fazem.

Desde há vários anos que o “Mesa Marcada” leva a cabo uma ação de divulgação e promoção do extraordinário trabalho que, no nosso país, tem vindo a ser desenvolvido por grandes profissionais da cozinha, responsáveis por restaurantes de altíssima qualidade. O “Mesa Marcada” não só dá regular conhecimento sobre essa atividade como os seus prémios anuais são hoje uma marca de referência e rigor no setor.

Escrevo isto na plena consciência de que a área da restauração coberta pelo “Mesa Marcada” está, em geral, muito longe do terreno da oferta gastronómica, em termos de restauração, que por vezes assinalo, aqui e no meu blogue “Ponto Come”. Trata-se de “campeonatos” diferentes. Cada qual tem o seu espaço. 

Há uns anos, os responsáveis pelo “Mesa Marcada” tiveram a gentileza de me convidar para integrar um dos júris que votava os seus prémios. Não constituiu falsa modéstia o facto de eu me não ter considerado competente para essa função. Cada um deve saber medir aquilo que pode fazer bem.

Aqui fica a ligação para o excelente Mesa Marcada. Consultem-no.

O regresso do Henrique


Há semanas, noticiei por aqui o retorno às lides bloguísticas do Henrique Antunes Ferreira. Durante anos, para desgosto e preocupação dos amigos, o Henrique tinha entrado numa espécie de clandestinidade. Não tugia nem mugia nas redes sociais. Subitamente, ei-lo de volta! A sua “A Nossa Travessa” regressou à vida, com textos fortes, no estilo de escrita a que ele nos habituou e que deu mesmo origem a um livro que tive o gosto de prefaciar e apresentar. O Henrique desunha-se, por estes dias, em histórias em que aborda o quotidiano da paróquia, com verbo solto, chamando os bois pelo nomes. E, sempre que “posta”, faz o favor de nos avisar, aos seus amigos, não fosse dar-se o caso da nossa imperdoável distração nos fazer perder pitada. Se tiverem curiosidade, procurem-no ali, em “A Nossa Travessa”.

sexta-feira, janeiro 13, 2023

Sexta-feira, 13


Um amigo brasileiro, sabedor de que eu estaria hoje por Tomar, revelou-me o que, por completo, desconhecia: a tradição das sextas-feira 13 serem um dia de azar deve-se a um episódio ocorrido neste dia da semana, em 13 de outubro de 1307, quando um rei francês, sob pretextos vários, ordenou a prisão de milhares de cavaleiros e a extinção da Ordem dos Templários.

Aqui por Tomar, contudo, sede portuguesa da ordem, não detetei a menor movimentação solidária, em torno desta sexta-feira 13. Não fui ao Convento de Cristo, é verdade, mas, na cidade, o dia esteve magnífico, as águas do Nabão corriam pacificamente (como se vê pela imagem junta), pelo que, até à meia-noite, acho que ninguém espera o menor azar. 

Faço votos, em especial, que a maldição dos Templários não ponha qualquer mau olhado no “Bacalhau com carne”, a receita clássica da dona Maria do Céu, que, daqui a pouco, vou comer ao “Chico Elias”, ali nas Algarvias, com a mesa junto à lareira já reservada.

Não havia necessidade!


O "Expresso" fez 50 anos mas, para obter "clickbaits", com a desculpa de que se trata de humor, parece comportar-se como um adolescente reguila. É pena!

quinta-feira, janeiro 12, 2023

Ser e parecer

Um golpista não pode apenas parecer ser um golpista, tem de ser comprovado, à luz da lei, que o foi. A condição essencial para o Brasil conseguir sanear a sua vida política é assegurar um julgamento imparcial, incontroverso e justo dos reais conspiradores contra a sua democracia.

“A Arte da Guerra”


Esta semana, no podcast sobre questões internacionais do Jornal Económico, “A Arte da Guerra”, converso com o jornalista António Freitas de Sousa sobre os distúrbios no Brasil, as divergências no seio do Partido Republicano nos EUA e os aspetos mais recentes da guerra na Ucrânia.

Pode ver aqui.

Quem quer ser governante?

Devo ser eu quem está a ver mal o assunto, mas, à partida, acho muito bizarra esta ideia de um “questionário” para novos governantes. Quem convida é que tem obrigação de se assegurar previamente de que as pessoas têm as condições requeridas. Aquilo não é um “emprego”, caramba!

Fusíveis

Em todos os governos, há pastas ministeriais cujos titulares vivem a prazo, isto é, até que se esgote o capital de esperança colocado na sua cara, até que os lóbis corporativos deles dependentes concluam que pouco ou nada lhes calhará na partilha dos meios orçamentais disponíveis.

quarta-feira, janeiro 11, 2023

Brasil (17)

Quando, no domingo, eu disse na CNN Portugal, que devia ter sido precisamente este o discurso de Lula da Silva na sua primeira reação aos acontecimentos, fui muito criticado. É a vida! Vejam aqui.

Brasil (16)

"Olha que coisa mais feia" é um belo título escolhido pela Visão sobre os tristes acontecimentos de Brasília.

Brasil (15)

Como expectável, depois da quase unanimidade na condenação dos atos de violência em Brasília, começou o “refluxo” face às medidas tomadas: pedidos para reinstalação do governador e do chefe da polícia do Distrito Federal, acusação de ”exageros” nas prisões e imputações.

O escritor Harry Windsor


”O clima era típico de abril. Não exatamente de inverno, tampouco de primavera. As árvores estavam desfolhadas, mas o ar era ameno. O céu estava cinza, mas as tulipas brotavam. A luz era pálida, mas o lago cor de anil, que serpenteava pelos jardins, reluzia.”

Ucrânia

Debate com o major-general Agostinho Costa, na CNN Portugal, moderado por Ana Sofia Cardoso.

Pode ver clicando aqui.

segunda-feira, janeiro 09, 2023

Brasil (14)

Como agora se constata no Brasil, as redes sociais são uma faca de dois gumes: tanto servem para montar correntes de violência como permitem, pelo obsessivo “voyeurisme” através dos telefones portáteis, identificar mais facilmente responsáveis por atos ilegais.

Brasil (13)

A arrogante transparência com que, nos últimos tempos, se tinha desenvolvido a organização da contestação de rua ao resultado eleitoral no Brasil pode voltar-se contra os manifestantes, agora que eles passaram a linha vermelha que separa o direito de manifestação da violência.

Bola

Pode perceber-se a perplexidade de alguns: se Portugal é um país que “produz” tantos e tão bem sucedidos treinadores de futebol, por que razão o novo selecionador é estrangeiro? Mas também entendo a Federação: trazer alguém reputado, de fora, pode “neutralizar“ mais a sua ação.

O populismo por cá

Os acontecimentos de Brasília têm de ser lembrados, alto e bom som, a quem, por cá, equiparou levianamente Lula a Bolsonaro, a quem, também por cá, se mostra tolerante perante o radicalismo incendiário, populista e alarmista de direita, dos discursos aos cartazes de rua.

Brasil (12)

O ministro da Defesa, José Múcio, determinou às Forças Armadas a desmobilização imediata de todos os acampamentos em frente aos quartéis, em todo o Brasil. Pelo modo como esta determinação for cumprida, perceber-se-á a força política do governo Lula.

Brasil (11)

Ao identificar alguns setores do agro-negócio como financiadores das movimentações de rua que resultaram na insurreição de domingo, Lula pôs o dedo na ferida: a saudável radicalidade da sua política anti-desmatamento tornou-o num inimigo jurado dessa gente.

Brasil (10)

Pelo tom que utilizou na sua (tardia) intervenção de hoje, Lula perdeu uma boa oportunidade de dividir os brasileiros que não votaram nele, deixando claro que nem todos são "fascistas" e que muitos haverá que não se identificam com os insurretos e se revêem na ordem democrática.

Brasil (9)

Uma divulgação maciça das imagens de destruição provocadas, nos edifícios do poder, pelo insurretos de Brasília pode vir a ter extraordinárias potencialidades pedagógicas. O brasileiro comum perceberá que vai ter de pagar os estragos provocados por esses energúmenos.

domingo, janeiro 08, 2023

Brasil (8)

O facto de, pouco tempo após o início dos acontecimentos em Brasília, vários notórios bolsonaristas terem corrido a demarcar-se dos atos violentos que estavam a ser praticados, foi um sinal claro de que o movimento golpista estava condenado ao fracasso.

Brasil (7)

As tentativas de subversão da ordem democrática, quando não têm êxito e são levadas a cabo de uma forma que debilita as forças políticas legais que são mais próximas dos seus objetivos, normalmente acabam por redundar num reforço do poder que tentaram afetar.

Brasil (6)

As forças armadas brasileiras, que, nas eleições presidenciais, difundiram posições redigidas num tom ambíguo, assumindo-se subliminarmente como tutela das instituições políticas, mantêm um estranho silêncio perante este grave atentado à autoridade democrática do Estado.

Brasil (5)

O principal efeito dos acontecimentos de hoje será nos partidos da direita brasileira, que deixam de ter legitimidade democrática para continuar a apoiar a contestação de rua face à eleição de Lula. Se o fizerem, serão inevitavelmente acusados de cumplicidade com a violência.

Dia 25 deste mês

Helena Pereira, no editorial do "Público" de hoje, a dizer o que precisa de ser dito sem meias palavras.  Já agora: à atenção do P...