sábado, junho 01, 2024

Habituem-se!

A propósito de observações nas redes sociais sobre os comentadores nos temas internacionais nas televisões, fica-se com a sensação de que há pessoas que gostariam de apenas ouvir opiniões que coincidissem com as suas. Irrita-as o contraditório? Habituem-se! A censura já lá vai!

9 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

"Irrita-as o contraditório? Habituem-se! A censura já lá vai!"

Nao, Senhor Embaixador,desculpe, a censura "já lá vai?. Mas qual censura? A que a UE aplica a tudo o que vem da Russia ?

As plataformas de TV, os media em geral, na Europa, inclinam-se para o lado que detém o poder, todos os poderes.

No entanto, em paralelo com o que lemos e vemos sobre estas máquinas mediáticas bem lubrificadas ao serviço dos que estão no poder, só podemos notar o seu fracasso cada vez mais óbvio.
Cada vez mais cidadãos já não acreditam nas suas histórias. Basta olhar para as manifestações massivas e contínuas em todo o mundo, em apoio à resistência palestiniana contra o regime terrorista colonial, embora os discursos dos governos do Ocidente global persistam na sua apresentação contrária aos factos.

E quando não alimentam a narrativa falaciosa ditada e imposta pela perversa dupla americano-israelense, certos canais de notícias fizeram a escolha muito corajosa de ignorar os factos e fazer passar o genocídio diário dos palestinianos como regime terrorista israelita, em silêncio.

O fenômeno é recente? Eu não penso assim. Já existia antes, mas provavelmente em menor grau. O que me parece ter amplificado a desconfiança dos cidadãos em relação aos representantes políticos e mediáticos até ao ponto de ruptura.

Da mesma forma, muitos compreenderam a fraude que nos foi apresentada de uma Rússia cuja ambição era invadir a Europa, enquanto durante anos repetia aos seus pares europeus que as suas exigências inteiramente legítimas eram apenas uma questão de segurança fronteiriça, lembrando que. os avanços da NATO – que, no entanto, jurou não avançar um centímetro em direcção à Rússia após o colapso da URSS – já não eram aceitáveis.

Para não mencionar os bombardeamentos regulares perpetrados pelas autoridades de Kiev contra as populações de Donbass desde 2014; nem os acordos de Minsk que alguns europeus tolos se gabavam de terem servido apenas para ganhar tempo para preparar o exército ucraniano para a sua futura ofensiva contra a Rússia,

E deveríamos voltar a falar da explosão dos gasodutos Nord-Stream, nos quais a cobardia e o silêncio europeus não têm equivalente?!

A tal ponto que é a China que hoje se faz ouvir e exige uma investigação e respostas claras a estes ataques que têm o efeito de arruinar a economia europeia, uma vez que o preço da energia contribui directamente para a inflação que afecta tanto as famílias como as indústrias.

Já para não falar das mais altas autoridades europeias envolvidas no tráfico de milhares de milhões de euros em encomendas insensatas,(Covid 19) das quais a principal interessada, a Sra. von der Leyen, apagou todos os vestígios da decisão, por ser demasiado comprometedora.


Felizmente, uma minoria de jornalistas que ainda têm o sentido e a ética da sua profissão conseguiram criar sites de informação alternativos, apoiando versões completamente opostas ao que nos é dito repetidamente pelo que devemos chamar de propaganda estatal através dos seus meios de comunicação social de esgoto.
.

Unknown disse...

Depende do contraditório. Não gosto de ouvir comentários pró-russos, isso confesso.

Joaquim de Freitas disse...

Unknown disse...

Depende do contraditório. Não gosto de ouvir comentários pró-russos, isso confesso.

10:01

E é o seu direito. O reconhecimento, é a maior forma de respeito que mesmo um "desconhecido" pode demonstrar a alguém. Por exemplo: aos 27 milhões de soviéticos que morreram para me salvar do fascismo. No contraditório que "Unknown" aprecia, aparentemente, esta sensibilidade prima.

João Cabral disse...

E quantas vezes nem se permite o contraditório com adjectivos como fascista, racista e outros -istas?

Joaquim de Freitas disse...

" e outros -istas ?" !

Exacto. Como comunista! Nos vinte anos que vivi no país onde nasci, Portugal, o simples facto de possuir , numa rusga da Pide, um livro de cultura russa, bem inocente ,comparado ao “Mein Kampf” , levou-me durante 16 dias a um local sinistro, no Porto, onde o contraditório começou com uma “chapada” , “para me “ensinar “ , porque respondi que esse livro fazia parte da leitura dum estudante e da cultura dum grande país.

Algumas palavras manuscritas numa página do livro agravaram o meu caso. Eram da autoria duma Mulher da minha terra, Guimarães, e chamava-se Virgínia Moura, que admirava muito.

Emigrei desde que pude. E vivo desde então num país, que me deu o que o meu nunca me deu: o direito de votar em quem quero, onde o contraditório é vasto, que admite todos os “istas” , mesmo os lobos, que vivem vestidos de pele de cordeiro, que levantam o braço para saudar as suas cores !

"A bajo la inteligencia ! —Viva la muerte !" dizia o general “fascista” em Salamanca ! Eu tinha três anos e não me esqueço.

João Cabral disse...

O adjectivo democrata (não é -ista) parece fazer comichão a alguns excitados, a mim não.

Unknown disse...

Joaquim de Freitas

Acha, portanto, se bem o percebo, que a invasão da Ucrânia por parte da URSS, perdão, da Rússia,
é legítima. Está no seu direito.

Joaquim de Freitas disse...

E porque não Democratismo?

Senhor Cabral: Desde que li Tocqueville, quando descreve quão terrível é a escravidão dos negros… Que relata que os índios estão exterminados… descobri o mito da democracia.

A sua conclusão é que os Estados Unidos são a maior democracia do mundo. O destino dos povos colonizados não desempenha nenhum papel na definição de Tocqueville dos Estados Unidos como uma democracia.

Não se diz desde há anos que Israel é uma democracia, a única da região? Todos sabem que os palestinos são condenados sem julgamento, sem saber de que crimes são acusados...

É uma "democracia "para o povo" dos senhores", que nos explica o mais terrível: esta democracia para o povo dos senhores, os senhores pode transformar-se sem muita dificuldade na ditadura do povo dos senhores. É nazismo, fascismo.

Joaquim de Freitas disse...


“Unknown” disse:
Acha, portanto, se bem o percebo, que a invasão da Ucrânia por parte da URSS, perdão, da Rússia, é legítima. Está no seu direito.

SIM, quando, graças a um golpe de estado, financiado por uma potência estrangeira, os EUA, se derruba um governo democraticamente eleito, para o substituir por um grupo neo nazi, violento, devidamente excitado por uma sub-secretária de estado americana, Madame Victoria Nuleand, a tal que disse ‘f…k à EU, e que durante 8 anos, este novo poder pró-ocidental instalado em Kiev, vai metralhar o povo ucraniano, russofono, do Donbass, causando 15000 mortos, nada é mais normal para a Mãe pátria que vir ao seu socorro, em vez de assistir ao seu massacre tranquilamente na fronteira.

Sem esquecer que a presença da NATO na fronteira ocidental da Ucrânia, prepara de longa data, de trazer os seus “peões” para a fronteira russa. Porque tal é o objectivo da potência americana que comanda esta organização militar. E o Donbass russofono é um obstáculo no seu caminho.

Queijos

Parabéns ao nosso excelente queijo!  Confesso que estou muito curioso sobre o que dirá a imprensa francesa nos próximos dias.