quinta-feira, janeiro 19, 2023

O fim da linha

A sorrir de forma triste, Jacinda Ardern anunciou ter chegado, na política, ao fim da linha. A primeira-ministra neozelandesa constatou publicamente já não dispor da força anímica necessária para continuar a batalhar nesse terreiro. Antes, em tempos difíceis, tinha revelado determinação e coragem, em horas de pandemia, terrorismo e outras dificuldades, sempre com um sorriso simpático a humanizar a sua ação. Talvez pelo facto de a Nova Zelândia ser uma realidade distante, situada do outro lado das notícias e do mundo, esse mesmo mundo mostrou um inesperado interesse pelo surgimento ali daquela figura simpática, também num tempo de evidente fascínio mediático pelas mulheres novas que assumem papéis de relevo na vida pública. Agora, como é dos livros, nota-se uma atenção ao lado frágil de uma pessoa que um dia foi olhada como forte. Porquê? Talvez porque a revelação dessa fragilidade, de certa maneira, a aproxima do comum dos cidadãos, isto é, de nós.

8 comentários:

caramelo disse...

Não se dará o caso de, precisamente por a Nova Zelândia ser um país tão distante, não nos tenhamos apercebido que a Jacinta Harden, apesar de ser uma pop star noutros locais, sobretudo na Europa, não era tão popular na terra dela, por causa de politicas erradas?

João Cabral disse...

Sai de cena uma fanática do politicamente correcto.

Unknown disse...

Tenho visto, com gosto e curiosidade, mulheres jovens a mandarem com coragem e determinação. Em contrapartida, vejo tipos (e o Macron veio-me agora à cabeça) a quem parece faltarem aquelas qualidades. Neste caso da Nova Zelândia, não sei se é só fragilidade. Tem 42 anos, quer mudar de vida e já provou o que tinha a provar.

jj.amarante disse...

Errata: é Jacinda em vez de Jacinta

Anónimo disse...

Fernando Neves
Grande mulher, que qualidade no modo s de servir, que consciência da nossa efeméride, que independência e controlo de si própria. Não acho que estivesse com um sorriso triste, mas a expressar um momento muito intenso e de grande emoção

A Transmontana disse...

Por vezes é preciso recolher às boxes para mais tarde continuar a corrida, entretanto alinham-se os chacras.

Anónimo disse...

Uma mulher que soube estar na política ao serviço do bem comum, mas , por isso mesmo, passado o período de encantamento, começam as dificuldades provocavas pelo oportunismo, interesses individuais acima do interesse público…enfim o que nós, infelizmente, tão bem conhecemos e do qual somos vítima….

sts disse...

A seguir vai o estrôncio canadiano.

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