Como era óbvio desde o primeiro momento, o assassino de Paris não pretendia matar especificamente cidadãos curdos, queria apenas mostrar o seu ódio aos imigrantes estrangeiros, em especial muçulmanos. A trágica ironia é que os mortos tanto podiam ter sido curdos como turcos.
6 comentários:
Mas não é essa a trágica ironia de todos os atentados deste tipo que vêm acontecendo?
A trágica ironia é que os graves tumultos provocados pelos curdos em Paris apenas vieram reforçar a opinião de quem se queixa dos imigrantes em França.
E muitos lá estarão dizendo "só temos problemas com os muçulmanos".
Assunto sensível !
Um tema conhecido de um diplomata como o Embaixador Seixas da Costa.
Como sabe, aqui em França, a imigração não é uma grande preocupação para os franceses, excepto nas regiões onde a população imigrante está concentrada ( 20% na região de Paris. Mais de 50% da população de Marselha é constituída de estrangeiros de cultura árabo-muçulmana e mais...)
O resultado: Insegurança, desemprego, pobreza, sujeira, vários tráficos ser sem falar dos encarapuçados que desrespeitam as leis.
José, nas manifestações de franceses passa-se basicamente o mesmo: tumultos e destruição. Veja-se por exemplo as manifestações dos "coletes amarelos", aqui há uns tempos. Partir e destruir em manifestações (e fora delas: em França todas as noites são incendiados uns tantos carros) é uma caraterística da França, seja por parte dos franceses seja por parte dos estrangeiros.
O Lavoura está, portanto, a dizer que estes curdos são tão franceses quanto os franceses e a maior prova disso é que assimilaram a cultura de pandemónio nas ruas. É um ponto de vista estimável mas que, no entanto, em nada contraria o que eu escrevi.
Em meados de Fevereiro de 2019 o "Le Figaro" anunciava que a média de viaturas incendiadas por dia em França era de 110 (cento e dez), mas na noite de Passagem do Ano essa espécie de desporto nacional bate recordes:
2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
1193 1067 940 804 945 1031 1290 1457 861 874
Lembro-me perfeitamente de ver um alto responsável francês muito feliz a 1 de Janeiro de 2021 com os progressos verificados nesse ano.
Talvez por isso se diga por lá que, se houver uma revolução, sai toda a gente à rua...para ver se o carro está inteiro.
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