sexta-feira, novembro 04, 2022
Ucrânia
“A Arte da Guerra”
“A Arte da Guerra”, cerca de meia hora de conversa semanal, com o jornalista António Freitas de Sousa, sobre temas internacionais, para os meios digitais do “Jornal Económico”, aborda esta semana a eleição presidencial no Brasil, as expectativas nas “midterm elections” nos EUA e as resultantes, em termos de futuro governo, das eleições legislativas que acabam de ter lugar em Israel. Pode ver e ouvir clicando aqui.
Prova fotográfica
Geraldo Alckmin, o nome que Lula foi buscar para vice-presidente, é um homem afável, uma figura serena, com muito bom “trânsito” (a expressão é brasileira) em vários meios sociais e políticos.
quinta-feira, novembro 03, 2022
Onde isto chegou!
Numa rede social cujo nome, de momento, me escapa, acabei de ler isto. É a prova do ambiente de degradação cívica que atualmente se vive no parlamento francês.
Listen…
Quem seria?
Israel
Em Israel, tiveram lugar as quintas eleições legislativas em pouco mais de três anos. O sistema político israelita exige apenas 3,25% dos votos para que um partido possa estar representado no parlamento, o que faz que haja um imensa fragmentação partidária, obrigando, desde sempre, a governos de coligação. A estabilidade política ressente-se imenso, mas obviamente que não haverá nunca um entendimento maioritário para mudar esse ponto da lei, porque, ao fazê-lo, alguns partidos “suicidar-se-iam”.
Um dia, comentei esta bizarra situação com uma judia americana que vivia em Israel. Achei curiosa a resposta que me deu. Na sua opinião, o sistema israelita acaba por ser muito mais democrático do que o sistema americano. Neste último, uma qualquer causa temática que se procure impor, no seio de um dos dois grandes partidos, tem uma grande dificuldade em ser acolhida, por se perder na amálgama daquelas grandes máquinas.
Em Israel, há partidos “de causas”, até de micro-causas. Desde que obtenham aquela base mínima, essa causa passa a ter voz no parlamento. Mas, claro, não podia deixar de reconhecer que havia o outro lado da moeda, a instabilidade por esse motivo induzida na governação do país, pelo facto de ter praticamente deixado de haver grandes partidos.
quarta-feira, novembro 02, 2022
“It’s the economy, stupid!”
Brasil
Bolsonaro
Ao não reconhecer explicitamente a derrota, aceitando, contudo, que se inicie o processo de transição institucional, Bolsonaro pretende evitar que os seus apoiantes o vejam “deitar a toalha ao chão”. No fundo, é uma postura “à Trump”, tentando garantir-se como líder futuro da oposição “de direita”. Há, porém, uma sensível diferença, face ao caso americano: na América, o Partido Republicano é só um, no Brasil há uma constelação de formações, parte das quais poderão realinhar-se com o novo poder.
O novo Brasil
Coreia
terça-feira, novembro 01, 2022
À vida…
Re-Obama?
Barack Obama mostra-se tão, mas tão, entusiasmado em empunhar, por estes dias, a bandeira dos democratas americanos que muitos, na América, perguntam-se se uma candidatura presidencial da sua mulher, Michelle, não poderá ainda vir a estar nas contas de 2024. E isto apenas porque, contrariamente ao Brasil, a Constituição americana impede mais de dois mandatos.
Um herói improvável
segunda-feira, outubro 31, 2022
Lula e o traumatismo ucraniano
Muitos, inevitavelmente, continuarão a alimentar para sempre reticências sobre o seu percurso controverso pelos terrenos da justiça: essa é uma sina que não o abandonará, para sempre. O efeito Bolsonaro foi, contudo, tão negativo, tendo tornado de tal modo infrequentável o Brasil por todos estes anos, que o regresso de Lula ao Planalto, através da legitimação pelo voto, como que acaba por absolvê-lo em definitivo, sendo uma notícia a festejar.
Este ambiente vai manter-se? Posso estar enganado, mas não é de excluir, em absoluto, que esta possa ter sido uma alegria breve, em que emergirão “mixed feelings”. Por que é que digo isto? Porque o mundo em que o Brasil de Lula se moveu, entre 2003 e 2011, já não existe, nos seus equilíbrios básicos. O tempo sereno dos BRICS e do IBAS, dos abraços à hora do café do G7, dos consensos fáceis no G20, já lá vai. Hoje, há por aí uma guerra, sedeada na Ucrânia, na qual os EUA, os seus amigos íntimos europeus e outros Estados dependentes estão de um lado e, do outro, está uma Rússia acossada, com grande parte do sul a abster- se de tomar posição.
Para os EUA, bem como para uma União Europeia que hoje vive sob a sua, uma vez mais óbvia, tutela de segurança, não parece haver espaço para dúvidas: quem não está por nós está contra nós. A Lula, que já emitiu sinais de que o seu Brasil desejaria poder permanecer sobre o muro (nisso não diferindo muito dos sinais emitidos por Bolsonaro), apoiado em alguma ambiguidade, vai ser pedido, seguramente, que desça dessa posição equívoca e que diga, com total clareza, em qual dos dois lados se situa. Posso estar enganado, mas a diplomacia brasileira vai, nos tempos mais próximos, ser sujeita a um traumatismo ucraniano.
Entre bênçãos
Brasis
Números
domingo, outubro 30, 2022
É tudo muito simples
Feliz
Há coisa melhor do que castanhas e uma ginjinha? Pode haver, mas quando se anda pela Baixa lisboeta, com o Outono a sentir-se no corpo, comprar uma dúzia de castanhas assadas, embrulhadas em cartuxo de jornal velho, ir medindo o passo até não sobrar mais nenhuma (com irritação breve, quando alguma sabe a “má”) e, por fim, coroar tudo numa ginjinha (com elas) no largo de S. Domingos é, para mim, a definição de tempo feliz. Mas será talvez defeito meu, que me contento sempre com pouco…
“A Mesa”
sábado, outubro 29, 2022
Mil Lulas
Depois do debate de ontem entre os dois candidatos presidenciais, é-me algo penoso escrever sobre o momento político no Brasil. Não tenho a mais leve dúvida de que a derrota de Bolsonaro é, a grande distância, o melhor que pode suceder. Contudo, o que se passou naquelas quase três horas foi um espetáculo político lastimável, ajudado pela incompetência que desenhou um modelo de debate feito por uma cobarde abstenção jornalística. Linguagem baixa, insultos, demagogia, populismo, mentiras repetidas e ausência total de novas ideias foi o que se ouviu e viu. Bolsonaro é o “grau zero” da política e é um susto (e também uma imensa tristeza) pensar que metade do Brasil parece disposta a dar-lhe uma oportunidade para renovar o mandato. Lula é um figura do passado, que apela incessantemente à memória dos anos dourados, em que uma muito diferente conjuntura económica e política lhe permitiu inegáveis brilharetes. Agora, parece cansado e sem trazer nada de novo. Mas não caiamos na tentação simplista de dizer “venha o diabo e escolha”. Não! Face ao patético ocupante atual do palácio do Panalto, apetece-me dizer como os maoístas: que mil Lulas floresçam!
sexta-feira, outubro 28, 2022
A Ana do Poço
António Costa
… mas faz!
Brasil
Nova China
quinta-feira, outubro 27, 2022
“A Arte da Guerra”
Com o jornalista António Freitas de Sousa, em “A Arte da Guerra”, uma produção audiovisual do “Jornal Económico”, faço esta semana um balanço do congresso do Partido Comunista chinês, analisámos o governo de Giorgia Meloni em Itália e as escolhas de Rishi Sunak, o novo chefe do governo britânico.
Pontualidade
Há pouco, no Facebook, chegou-me um pedido de “amizade” de um velho amigo brasileiro, René de Mesquita Júnior.
Clareza
Fernando Henrique Cardoso decidiu anunciar hoje o seu voto em Lula, na eleição do próximo domingo. Um estadista percebe bem a distinção entre o essencial e o acessório.
Os bois pelos nomes
Diversidade
Atrás dos factos
quarta-feira, outubro 26, 2022
Quarta-feira santa
terça-feira, outubro 25, 2022
O teatro do sorriso
Russos lá por casa
segunda-feira, outubro 24, 2022
domingo, outubro 23, 2022
Na morte de um cavalheiro
sábado, outubro 22, 2022
Hare Krishna
sexta-feira, outubro 21, 2022
“O Padrinho”
Tirei esta imagem com legenda irónica do filme. À direita, surge Marlon Brando. Em destaque, elegantemente penteado como quase sempre acontece no seu perfil de “character” cinematográfico, na figura de um chefe da Mafia, aparece Richard Conte. Ao vê-lo, lembrei-me de uma série televisiva muito antiga, os “Quatro homens justos”. Ainda alguém se recorda disso?
quinta-feira, outubro 20, 2022
Pérfida Albion
Como não será de estranhar, foi um francês, no século XVIII, quem crismou a Inglaterra como a “pérfida Albion”. Por cá, depois da humilhação do mapa cor-de-rosa, às loas ao “mais velho aliado”, que nos tinha poupado do “abraço do urso” de Castela e dos seus sucedâneos, a acidez face a Londres só podia crescer.
“A Arte da Guerra”
Pode ver e ouvir aqui.
Dia 25 deste mês
Helena Pereira, no editorial do "Público" de hoje, a dizer o que precisa de ser dito sem meias palavras. Já agora: à atenção do P...