quinta-feira, junho 02, 2022

Biden

“So long as the United States or our allies are not attacked, we will not be directly engaged in this conflict, either by sending American troops to fight in Ukraine or by attacking Russian forces. We are not encouraging or enabling Ukraine to strike beyond its borders.”

Fenerbahçe

Estou ansioso para ouvir Jorge Jesus a pronunciar o nome do próximo clube que vai treinar.

Ucrânia

Os EUA vão enviar para a Ucrânia armas que o governo de Kiev promete não utilizar contra território russo.

A Ucrânia, que não reconheceu a ocupação ilegal da Crimeia por parte da Federação Russa, em 2014, tal como os EUA e a maioria da comunidade internacional, não considera, naturalmente, a Crimeia como território russo.

A menos que haja algum “small print”, que se desconhece, a Ucrânia deve entender que o compromisso que tem com os EUA não se aplica ao território da Crimeia, pelo que tem pleno direito de aí ir defender militarmente a sua soberania.

Se, com as novas armas recebidas dos EUA, a Ucrânia atacar a Crimeia - território que, sublinho, os russos consideram ser seu - esse ato será aceite pelos americanos como cumprindo as condições da cedência daquele material?

Atores

O facto de dois atores americanos terem andado a dizer mal um do outro alimenta montes de comentários nas redes sociais. Quando isto surge como um tema perante o qual parece ser obrigatório qualquer pessoa ter opinião, está tudo dito.

Tráfico

Por toda a cidade de Lisboa vive-se um imenso laxismo no cumprimento das regras de trânsito: são automóveis a passar no vermelho, trotinetes e bicicletas em sentido contrário ao trânsito, peões fora das passadeiras, etc. Ah! E não vejo polícias! É o novo normal? Que estranho!

quarta-feira, junho 01, 2022

Olhar para o Mundo


Conversa com Ricardo Alexandre sobre a situação internacional, na Conferência da Coface https://youtu.be/4Dg0J4O_u7Q.

Assim começava…

 


… uma candidatura presidencial. E Mário Mesquita, que agora nos deixou, lá estava.

terça-feira, maio 31, 2022

Sociedade de Geografia


Estive hoje a falar, na Sociedade de Geografia de Lisboa, sobre o papel que a Ásia desempenha no contexto geopolítico global. 

Uma muito atenta audiência, quer na sala, quer por zoom, com posteriores perguntas de ambas as origens, levaram a sessão até ao limite do horário da casa. 

Fico muito grato ao meu colega embaixador Fernando Ramos Machado pelo convite que me formulou.

Deixo uma imagem da galeria onde por ali se almoça (bem), naquele que é dos edifícios lisboetas com um interior mais deslumbrante.

Céus!


Há dias em que olhamos para fora e vemos as coisas assim. Era assim o céu de Lisboa, visto da minha janela, ao final da tarde de hoje. Já o mesmo não posso dizer do estado dos céus na semana passada. Ainda há nuvens? É verdade, mas esperemos que passem. 

segunda-feira, maio 30, 2022

A diplomacia europeia



No âmbito da Universidade Autónoma de Lisboa, de cujo departamento de investigação, “Observare”, faço parte, estive hoje ali a falar sobre a génese da “diplomacia europeia”, isto é, a expressão institucional externa da direção política da União Europeia, nas suas múltiplas vertentes e geografias, bem como no seu nem sempre pacífico cruzamento com as diplomacias dos Estados membros. Às vezes, ganha-se em procurar sistematizar, de forma analítica, factos e experiências sobre os quais só o tempo nos faz ganhar alguma perspetiva. Debater isto com alunos, que nos colocam perguntas “fora da caixa”, acaba por ser um exercício bastante enriquecedor. Só depois de regressar a casa é que me dei conta da razão pela qual, durante toda a palestra, mantinha a impressão de que o título da mesma me dizia alguma coisa…

Se bem me lembro…

Hoje, acabei o dia a ver o “Se bem me lembro…”, no RTP Memória. E mais não digo!

domingo, maio 29, 2022

Uma boa notícia


O Desportivo de Chaves regressa à divisão principal do nosso futebol. Antes que dia de júbilo termine, deixo um abraço muito sincero de felicitções aos meus amigos e familiares de Chaves.

Ainda Mário Mesquita


A circunstância das minhas estantes serem um perfeito caos (prova provada de que o caos também pode ser perfeito) faz com que elas me tragam surpresas inesperadas (as surpresas podem ser esperadas?). 

Procurava um determinado livro, que sabia de capa avermelhada, na preparação para uma palestra que vou fazer na terça-feira, quando me surgiu outro, com idêntica cor. Era um volume assinado por Mário Mesquita, personalidade cuja morte nos convoca a evocar, por estes dias. Eu nunca tinha lido aquele livro! 

E porque me posso dar ao luxo destas errâncias, durante mais de duas horas, deliciei-me a ler textos do “Deve & Haver”. No essencial, ele junta curtos apontamentos que Mesquita diariamente escreveu, entre 1981 e 1982, numa coluna com esse nome no “Diário de Notícias”, de que era diretor.

Trata-se de um exercício executado num estilo leve, mas não menos rigoroso, a propósito de algum quotidiano, mas cuidando sempre em não se deixar aprisionar pela gravidade da política caseira desses dias. Mesquita, numa “prosa ladina” (Eduardo Prado Coelho dixit), revela, sem alardes, a sua constante atenção à literatura, bastante ao jornalismo de cá e para além do Caia, servido por um estilo “à Barthes”, que hoje parece ter desaparecido da nossa imprensa.

Que bom que é não ter tomado, antecipadamente, a decisão de ler um certo livro e, ao acabar por fazê-lo, tomar consciência do que perderíamos se o não tivéssemos feito. Foi o caso deste.

sábado, maio 28, 2022

PSD

O PSD tem quatro anos para se preparar para governar. Liderar, nesta altura, não será tarefa fácil para ninguém. Teve a hipótese de escolher alguém que ia saber ler futuro. Votou em alguém que lembra demasiado o passado. Vamos ter mais “bota-abaixo” do que novas ideias.

sexta-feira, maio 27, 2022

O “27 de maio”


Cheguei a Angola, para aí ir ocupar um cargo na nossa embaixada, no dia 27 de maio de 1982. Faz hoje quarenta anos, caramba!

Sem que, no momento, me tivesse apercebido da coincidência, passavam, precisamente nesse dia em que aterrei no Aeroporto 4 de Fevereiro, cinco anos sobre “o 27 de maio”.

O “27 de maio” havia sido o dia de 1977 em que um setor político radical procurou levar a cabo, pela força, uma alteração na relação de forças no seio do MPLA e do poder político no país. A reação policial e militar a essa tentativa, com notória intervenção externa, revelou-se de uma extrema violência. Esse dia iniciou um ciclo de luta política que abalou toda a sociedade angolana e se prolongou por vários anos. num registo de imenso arbítrio e crueldade. Muitos milhares de mortos e prisões foram o saldo desse confronto.

Nos anos que permaneci em Luanda, fui ouvindo, a espaços, sempre num sussurro de extrema prudência, relatos esparsos desses dias em que, para sempre, se quebrou o encanto em torno de um certo sonho coletivo que vinha de antes da independência. Raramente encontrei por ali alguém disposto a abrir-se comigo, de forma transparente, sobre esses momentos, qualquer que houvesse sido o lado da barricada em que se tivesse situado nesses anos, afinal então não tão distantes como isso. 

Na altura, havia ficado com a sensação de que os angolanos faziam um esforço deliberado para promover o esquecimento sobre esse período, como se as feridas acabassem por sarar melhor se se não olhasse para elas. Não era verdade. Muito do que, entretanto, se publicou sobre o “27 de maio” provou que nada substitui o trabalho em torno da verdade, qualquer que seja o preço que isso possa ainda ter e por muito que essa mesma verdade possa doer a alguns.

Mário Mesquita (1950 - 2022)

 

Acabo de saber que morreu Mário Mesquita.

Conheci Mário Mesquita, há muitos anos, nas mesas da Granfina, no início dos idos de 70. Era uma pessoa reservada, mas com um humor culto e uma inteligência claramente fora do vulgar. 

Da “ínclita geração” de estudantes açoreanos aportada então a Lisboa - de Medeiros Ferreira, Margarida Ponte Ferreira, Jaime Gama, Eduardo Paz Ferreira, entre outros e outras -, o Mário Mesquita foi a pessoa com quem sempre mantive uma maior “cerimónia” pessoal, vá-se lá saber porquê! Um dia, não há muito tempo, telefonou-me, a agradecer uma referência positiva que eu lhe fizera (eu só tive sempre coisas positivas a dizer a seu respeito), numa qualquer circunstância: “Temos de arranjar maneira de ultrapassar esta cerimónia que se instalou entre nós!”, disse-me então. E rimos. Há muito poucas semanas, enviou-me um email a pedir que eu lesse um seu texto, que já se notava algo sofrido, na apresentação de um livro de uma amiga comum. Foi a última notícia que dele tive. Até hoje.

Sinto imensa pena pela desaparição deste cidadão exemplar, com uma ética à prova da bala, ícone de um jornalismo que já não é muito comum.

Deixo um beijo de pesar à Ana e à Clotilde.

Ironias

O discurso americano contra a China está a subir de tom, como agora se constatou na intervenção de Anthony Blinken. Contudo, a administração americana pode ter de reverter as medidas protecionistas que Trump impôs à China. Porquê? Para baixar a pressão inflacionista. Ironias.

A armar

“Quando é que, em nome de Deus, vamos enfrentar o lóbi das armas?”, exclamou Joe Biden. Fui ver o contexto: não, não eram as maciças encomendas de armamento para a Ucrânia, eram as armas que, de quando em vez, são usadas nos massacres civis nos EUA. Assim, tudo bem.

quinta-feira, maio 26, 2022

Macron

Uma coisa que Macron já provou não ser é ingénuo. O governo que escolheu é um formidável puzzle oportunista, cuja única coerência reside na potencial capacidade de juntar votos, nos dias 12/19 de junho.

Estados desunidos

Mais uma tragédia com armas, a somar-se a tantas outras, pareceria, num mundo sensato, poder abrir terreno a uma discussão sobre a prolongada absolutização do “second amendment”. Nunca é assim na América. Em especial, no período de “tribalização” extremada que ali se vive.

Lula

Foi o “lulo-petismo” que esteve no poder no Brasil, a partir de 2003. O PT nunca foi o maior partido parlamentar: foi Lula quem lhe deu acesso ao poder. Sem Lula, o PT perdeu logo o poder. Se Lula não conseguir controlar o radicalismo do PT, o Brasil pode afundar de novo.

Desventuras

Tem graça ver André Ventura beber do seu próprio veneno. Depois de ter construído um partido com aquele tipo de gente, paga agora o devido preço. Mas não deixa de ter alguma piada ver aqueles insignes “democratas” a queixarem-se de falta de democracia interna…

O nicho

O PCP, nos últimos meses, tem levado pancada “de criar bicho”. Por culpa própria? Claro que sim, mas vamos ser claros: se não se tivesse comportado assim, o PCP não seria o PCP. Ironicamente, é por se comportar desta forma que o PCP ainda existe. Este é o seu “nicho” político.

Rio a chegar à Foz…

Tenho uma boa impressão pessoal de Rui Rio. Não obstante alguma arrogância, pareceu-me sempre um homem sério e com sentido de Estado. Mas tinha “os pés bem assentes no ar” e muito pouco jeito para o lugar. A memória interna no PSD não lhe vai ser nada favorável.

Não sei se, no Brasil…


… alguém sabe o significado da expressão “Olhem que isto não são favas contadas!”

Em agosto


 … espero que elas ainda por lá estejam!

A Voz

Qual é o diário português, qual é ele, que, por este andar, ainda vai acabar por mudar-se para as instalações da Raret, em Glória do Ribatejo, de onde era emitida “A Voz da América”?

“A Arte da Guerra“


A guerra na Ucrânia, a ida de Biden à Ásia e os Balcãs - temas para “A Arte da Guerra”, o podcast semanal com o jornalista António Freitas de Sousa para o “Jornal Económico”.

A Rússia e o mundo

 


quarta-feira, maio 25, 2022

Notícias do reino da inveja

Há uma espécie de portugueses que detesta quem, sendo português, teve sucesso no futebol internacional. São os portugueses que detestam José Mourinho e Cristiano Ronaldo. Nós percebemos porquê e eles, na sua mediocridade, também sabem.

A tiro

Fala-se hoje bastante do tiroteio numa escola do Texas que matou 19 pessoas, mas fala-se muito menos na operação policial, numa favela do Rio, que, há poucas horas, matou 22. São coisas diferentes? São, mas, por razões diferentes, deviam chocar-nos de forma idêntica.

Davos

O ambiente em Davos terá sido, este ano, algo “gloomy”. As angústias da geopolítica fizeram esquecer a mudança climática. Energia e cereais foram debatidos com preocupação. A inflação que aí anda fez alguns falar de recessão. A política “covid zero” da China foi muito criticada.

Quad

Putin saiu em vantagem da reunião do Quad (EUA, Japão, Austrália e Índia). O comunicado final não tem a menor referência crítica à Rússia, graças à oposição da Índia. Para Washington, manter Nova Deli a bordo da frente estratégica contra a China compensará esta clara cedência.

NATO

As diligências do primeiro-ministro grego nos EUA, tentando convencer os americanos a não facilitarem a compra de material militar pela Turquia, vieram agravar as nunca saradas relações entre os dois países e deram a Erdogan um pretexto mais para dificultar o alargamento da NATO.

Armas

A orgia de armas em que a sociedade americana vive tem as suas habituais consequências. Mas nada faz supor que os equilíbrios políticos nos EUA apontem para a derrogação ou limitação do princípio constitucional que abre a porta a regulares massacres. A América é também isto.

America

Tudo aponta para que, depois das eleições intercalares de novembro, cheguemos à conclusão de que os anos de Trump não foram um mero interlúdio, para esquecer. Pelo contrário, cada vez parece mais certo que o tempo de Biden é que será visto como um interlúdio na vida política dos EUA.

terça-feira, maio 24, 2022

Taiwan

É dos EUA que chega uma explicação para a dissonância entre o que disse Biden sobre a defesa militar de Taiwan e o apressado desmentido da Casa Branca. Haverá interesse em lançar dúvidas sobre a leitura contemporânea da “ambiguidade estratégica” que os EUA pretendem manter.

Notícias frescas

Tentem sempre identificar a origem das notícias que surgem nos media. E desconfiem, por regra quase infalível, da veracidade das que “dão jeito” às finalidades de quem as divulga. E ponham reservas à comunicação social que não cuida em “checkar” notícias ou não revela fontes.

Os livros e as ideias

Comprei hoje três livros. Dois são escritos por pessoas com cujas ideias tenho a certeza de não ir concordar. Desde há muito que não entendo a graça de ler coisas escritas por gente que pensa no mesmo registo que eu. Para pensar como eu, basto eu, não preciso de cópias.

Deslizes

Divirjo muitas vezes de Sérgio Sousa Pinto, pessoa que, no entanto, aprecio intelectualmente e com quem tenho uma ótima relação pessoal. Mas é próprio de quem nunca teve (nem, felizmente, terá) de enfrentar uma câmara de televisão criticar com ligeireza um deslize de linguagem.

Covid

Não sei nada sobre o tema da covid. Nunca dei a menor opinião sobre o assunto que atazanou dois anos da nossa vida. Mas isso não me impede de afirmar que estou crescentemente preocupado pelos números, de infeções e mortes, que por aí vejo. Pronto(s): era só isto que queria dizer.

Verdade

Hoje, reapareceu-me uma frase antiga e que sempre me pareceu muito verdadeira: “Russia is never so strong nor so weak as it appears”.

Brasil

Com a desistência de João Dória, como candidato presidencial do PSDB, abre-se uma crise no campo da “terceira via” que, entre Lula e Bolsonaro, ainda tenta afirmar-se, embora sempre com sondagens pouco prometedoras. Quem quer que venha a ser, prejudicará um dos lados.

Falar claro

Vou escrever uma coisa impopular. O apoio, político e militar, que o ocidente hoje concede à Ucrânia, justifica-se pela agressão ilegal da Rússia, a partir de 24 de fevereiro. Isso não inclui nenhuma reivindicação territorial ucraniana que exceda o “statu quo ante” a essa data.

Realismo

Zelensky perdeu quatro batalhas: a criação da zona de exclusão aérea, a adesão à NATO, o afastamento da Rússia do CSNU e a “via verde” para a UE. Mas pode ainda ganhar uma batalha importante: a soberania efetiva sobre o essencial do território que a Ucrânia tinha em fevereiro.

Um erro infeliz

É pena que as autoridades ucranianas não tenham convidado observadores internacionais independentes para assistir ao julgamento do soldado russo. Se o tivessem feito, os russos teriam grande dificuldade de não proceder da mesma forma no processo dos prisioneiros de Azovstal.

segunda-feira, maio 23, 2022

“La Place Rouge…”


Do outro lado da muralha do Kremlin, fica o GUM, de há muito um imenso centro comercial, creio que o maior de Moscovo.

A primeira vez que lá fui, há mais de 40 anos, os tempos na União Soviética já não eram excessivamente eufóricos. Muito pouco do já pouco que se vendia no GUM tinha qualquer interesse para um estrangeiro. 

Ainda guardo, algures em Vila Real, um mal amanhado elefante em mármore que ali comprei por alguns rublos, apenas porque tinha de me desfazer das últimas notas que trazia no bolso, antes do voo de regresso à Noruega, onde então vivia. Ficou-me na memória que se ouvia, por todo o espaço, nos altifalantes, a voz de Júlio Iglesias, nesse tempo em que o romantismo do cantor estava em voga, um pouco por todo o mundo.

Há dez anos, numa outra visita a Moscovo, tive curiosidade de voltar ao GUM. Embora muito modernizado, já não era o centro comercial mais luxuoso e caro de Moscovo. E música era outra, era um “musak” eletrónico, tipo música de elevador.

Não deixou, contudo, de ser uma experiência interessante passar algum tempo sentado numa esplanada de um café do GUM, na Praça Vermelha, servido por belezas eslavas que lavavam o olhar, a beber uma Stolichnaya, mirando o imponente mausoléu de Lenin e vendo, à distância, estranhamente misturado com outros, o discreto túmulo de Stalin, junto à muralha. Onde e como recordarão os russos, um dia, Vladimir Putin?

Há pouco, chegou-me esta imagem do GUM, com clientela rarefeita, talvez pelas sanções. E dei comigo a trautear Bécaud. Que será feito das netas da Nathalie?

É por mero acaso…

É claro que é uma mera coincidência a emergência deste grande surto de greves e a circunstância do PCP já não fazer parte da maioria parlamentar de apoio ao governo.

Regra

Há uma regra de ouro em diplomacia: nunca se confronta um parceiro próximo, em especial se se tratar de um aliado, com uma surpresa que, à partida, se sabe não lhe ser confortável. Ou melhor: se tal acontece, isso revela falta de consideração de uma parte em relação à outra.

A “tomada“

Nas guerras, há uma trágica ironia semântica. Quando se diz que uma cidade é “tomada”, na realidade, para além da sua geografia, o que se “toma” acabam por ser ruínas. A cidade já “era”.

Olhar os dias em quinze notas

1. As palavras têm um peso, mas as mesmas palavras não querem dizer exatamente o mesmo. Biden defendeu hoje a independência da Ucrânia. Puti...