sábado, junho 22, 2024

Ronaldo

Cristiano Ronaldo habituou-nos a criar uma sensação iminente de perigo quando a bola lhe andava por perto. Agora, em idênticas circunstâncias, dou comigo a conjeturar de que forma ele vai falhar o lance. Tenho muita pena, mas é o que sinto.

18 comentários:

João Cabral disse...

E ai de quem o ponha no banco. Faz birra.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Naturalmente não pode jogar como há 5 ou 10 anos, mas é uma autoridade e isso conta muito. Hoje proporcionou um dos golos.

Erk disse...

De facto faz lembrar os últimos dias do Costa ou estes do Marcelo...

Unknown disse...

Se contabilizarmos bem, são mais as oportunidades que ele falha do que aquelas que concretiza. Esperemos que ele se canse, com mais 90 minutos em cima.

manuel campos disse...


O New York Times diz que Ronaldo não viu o 1º golo porque estava ali às voltas no chão por se ter desequilibrado, não viu o 2º golo porque estava a mandar vir com o Cancelo e ficou tão desejoso de ver um golo nosso que, podendo marcar, ofereceu o 3º ao Bruno Fernandes.
E o artigo acaba com (deixo no original para não se perder a ideia):
“There is no other reasonable explanation for his uncharacteristic act of unselfishness.”

Fala ainda do “escândalo” que foi ter havido no total sete invasões do terreno à procura de Ronaldo e do facto do próprio filho de 14 anos ter sido alvo de uma vaia monumental, apesar disso muitíssimo discreta ao pé da que foi dedicada ao pai dele quando antes do jogo o nome foi anunciado na composição da equipa nacional.

A análise ao jogo começa com esta frase “Portugal were discombobulated and haphazard in their fortunate victory against the Czech Republic…”.

Uma frase magnífica de erudição que arrumou comigo.
Mas a crítica refere que a equipa melhorou em relação ao jogo anterior.

Nota- discombobulated and haphazard : desconcertado e ao acaso.

manuel campos disse...


Os espectadores de televisão de toda a parte caíram forte e feio sobre a ITV por não terem visto em directo o auto-golo “mais louco”, isso só porque a realização estava ocupada com a birra (tantrum) do Ronaldo ou porque o chilique (hissy fit) dele era mais importante...

Anónimo disse...

Ronaldo é, hoje em dia, no computo geral dos jogos a 90'e no meu juízo de simples observador televisivo do jogo de futebol, mais prejudicador do que beneficiador da equipa como equipa globalmente.
Ronaldo até pode marcar, ainda um golo ou outro e dar espectáculo futebolístico num ou outro momento do jogo mas, no total do tempo de jogo, para mais jogando o tempo todo sem ser substituído, no final o resultado da soma do mais e do menos é negativa para a equipa globalmente. Pode fazer esse brilharete mas fá-lo-á sempre em desfavor dos seus companheiros de jogo. Ronaldo, tal como Pepe só podem jogar com tais idades porque se trata de um jogo coletivo de 11 jogadores simultaneamente em campo caso contrário ou caso fosse futebol de salão ou mano-a-mano como o ténis já teria arrumado as botas há muito.
Com tal idade Ronaldo precisa descansar após cada arranque ou corrida rápida e, assim, quando descansa todo o trabalho de campo recai sobre os outros jogadores; logo, quanto mais tempo precisa para recuperar mais o trabalho de 11 recai sobre 9. Isto para além de que, como é óbvio, todos os colegas jogam para Ronaldo marcar mas a falta de rapidez de arranque, a falta daquela lucidez instantânea de ler a jogada e executar o melhor lance como se nota nos cabeceamentos que são uma caricatura do que eram ou nas fintas onde até se atrapalha com a bola e demais pormenores que definem um grande jogador cheio de força física e mental que inventa repentinamente ou arrisca a grande jogada, tudo isso já Ronaldo não tem.
Infelizmente não tem nem voltará a ter e quanto mais teima em jogar mais prejudica a equipa. E Portugal tem jogadores de sobra para poder jogar e ganhar qualquer jogo se jogar coletivamente
a olhar para todos os lados do campo e do jogo e não para um único lugar rodeado de adversários que, previsivelmente, sabem para onde a bola vai ser jogada na grande área.
Se o jogador faz falta à equipa como exemplo ou estímulo ou capitão orientador do jogo em campo pode fazê-lo no interior da equipa jogando o tempo que lhe permite jogar como Ronaldo.
jose neves

aguerreiro disse...

A grande vantagem do Ronaldo na selecção é que tem pelo menos dois adversários entretidos na marcação deixando pelo menos um "nosso" á solta.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Certa malta do Benfica não perdoa mesmo o facto de Cristiano Ronaldo ser obra da escola do Sporting, é só "mas" e mais "mas", parece que estiveram anos à espera que os sinais da idade se manifestassem para o "calcarem aos pés".
Quem tem o estatuto que ele tem, enquanto quiser jogar terá muita importância, o exemplo de aguerreiro é elucidativo.

Declaração de interesses: Sou do FC Porto.
Fui crítico de diversas atitudes de Ronaldo, mas depois do enxovalho a que muitos o votaram em 2022, não posso deixar de o enaltecer.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

*Certa malta, sobretudo, do Benfica

Joaquim de Freitas disse...

Pois, a ver o número de comentários que” mereceu “ Ronaldo neste blogue, comparado aos temas políticos, deduz-se facilmente donde vem este povo fanático de futebol.

Todos, gostem ou não, pensam que sabem o que aconteceu ao futebol desde o início da década de 1990: uma expansão económica espectacular que levou a numerosos “desvios”, dinâmicas desiguais que levaram ao enriquecimento dos clubes mais ricos, à formação de uma oligarquia que monopoliza os recursos e os melhores jogadores, e à ligação cada vez mais estreita entre o poder financeiro e os resultados desportivos.

Poderia acrescentar o poder politico, que também se serve do futebol, desde sempre!

Nesta historia dum jogo de passes, recordo De Gaulle e Platini, Jacques Chirac et Didier Deschamps, e hoje Emmanuel Macron et Kylian Mbappé…

Em Portugal, sempre me admirou que o Benfica , com a sua bandeira “vermelha” tivesse sido (?) “bem visto” nos bastidores do poder! E eraisso ao menos verdade?

Voltando ainda a Jacques Chirac , a quando da vitória da Copa do Mundo de 1998. Pouco antes do início da competição, o presidente criticou o cepticismo das elites mediáticas em relação ao técnico Aimé Jacquet.

Quando lhe atribuiu a Legião de Honra após a vitória dos “Bleus”, Chirac sussurrou no ouvido de Jacquet: "Estou lhe dando esta condecoração... “”Er mort aux cons”

Carlos Fonseca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
A.Teixeira disse...

Descontando os do Lavoura (aka Balio), as caixas de comentários deste blogue distinguem-se pelas contribuições imaginativas dos seus assinantes regulares. Mesmo assim, nunca pensei ler por aqui um comentário sobre um jogo de futebol que assenta nas apreciações de um jornal – New York Times - dessa pátria da modalidade que são os Estados Unidos, onde ela é tão popular. Confesso que nunca vi se na secção desportiva o Le Monde também escreveria sobre beisebol. Ou então imaginar o conteúdo da página velocipédica do Asahi Shimbun.

manuel campos disse...


Sr. A. Teixeira

Pois ainda bem que me põe essa questão (como se diz nas entrevistas) ainda que não tenha tido o cuidado elementar de a pôr directamente, é o que eu sempre faço e teria sido simpático porque poderia já ter reparado que eu não sou de andar às voltas.

Quando vim aqui ver em que paravam as modas nunca esperei que o meu caro me proporcionasse ocupação por mais um bocado às 3 e tal da manhã, é que estive ali a ler um bocado, lá voltarei à leitura até às 4 horas da manhã e qualquer motivo é bem-vindo para nos ocupar a mente.
Portanto muito obrigado para já, para além de outros agradecimentos que possam vir a surgir ao correr do teclado.

Ainda bem que há por aqui contribuições imaginativas e é bonita a distinção que lhes confere pois vem de alguém que, no seu legítimo direito, não tem quase contribuições pelo que o seu olhar atento, independente e impoluto é uma caução aos pobres (mas ainda assim imaginativos) escribas que por aqui andam.
Conhecendo desde sempre e tendo ainda hoje os velhinhos álbuns de Achille Talon, escuso de pôr aqui como é que o personagem Achille Talon nos é apresentado na literatura sobre banda desenhada.

Mas tenho uma má notícia para si: eu não pus “… um comentário sobre um jogo de futebol que assenta nas apreciações de um jornal – New York Times …”.
O que eu pus foram alguns “faits-divers” que achei curiosos e algumas frases em inglês num estilo rebuscado mais invulgar que encontrei no artigo do NYT.
E que do meu estrito e forçosamente limitado ponto de vista achei graça e resolvi partilhar, confirmo agora que o humor não será o meu forte, a respectiva deusa estaria profundamente adormecida quando eu nasci.

Portanto vamos a coisas sérias, que se faz tarde.
Na sua precipitação não se terá dado conta que a única frase sobre o jogo jogado em si que lá está é “Mas a crítica refere que a equipa melhorou em relação ao jogo anterior”.
Não está lá mais nada de nada.
Uma frase do mais banal e inútil que há, que podia aparecer em qualquer pasquim do mundo inteiro só para encher papel e que eu só lá pus porque, depois dos “faits-divers”, num capítulo àparte, havia uma crítica ao jogo mas de que eu só li a conclusão (aquela), não preciso da opinião de jornais desportivos sérios quanto mais do NYT.
Vi futebol no terreno toda a minha vida pois meu Pai foi presidente de um clube do meio da tabela quando eu andava desde os meus 3 ou 4 anos até aos meus 17 ou 18 anos, andávamos pelo país todos os fins-de-semana nos anos 50 e 60 (sem auto-estradas, é bom de ver), o gosto ficou e eu próprio joguei futebol até aos meus 50 anos, há quase 30, como aqui contei há tempos.

Também pelos vistos não lhe terá passado pela cabeça algo de óbvio, a saber, que o artigo tivesse sido escrito por reputados jornalistas desportivos europeus, por acaso ingleses e a viverem desde sempre em Londres, capital de uma pátria onde algumas pessoas já terão ouvido falar vagamente desta modalidade.
Supõe-se que eles saibam do que falam para leitores americanos que sabem do que leem, no ano passado havia mais de 14 milhões de americanos a jogar “soccer” regularmente em níveis variados, uns 4% da população
Será que em Portugal haverá também 4% da população, cerca de 400 mil pessoas, a jogar “soccer” regularmente?
Deixo à sua consideração tirar as conclusões que tiver como convenientes.

E termina o seu texto com o que acha ser engraçado, ainda que admita que não tenha ido verificar, é tudo um suponhamos de quem - por acaso ou não - está mal informado, nos EUA a modalidade é cada vez mais de campo e cada vez menos de sofá.
Mas agora aqui entre nós que ninguém nos ouve: qual é realmente o problema?

Mais uma vez muito agradeço este bocado bem passado que me proporcionou e aguardo as suas notícias, ando sempre atento ao que por aqui escrevem todos os de boa vontade que contribuem para que este blogue continue bem vivo, espero que se junte aos que o fazem de boa vontade e com evidente prazer.

PS- Já não vou ler nada, o livro não deve fugir.


A.Teixeira disse...

«Pois ainda bem que me põe essa questão...»

Sr. Manuel Campos, registo o seu contentamento por alguém finalmente lhe dar atenção, mas olhe que eu não lhe pus questão alguma.

manuel campos disse...


Sr. A. Teixeira
Isto é o que se chama transmissão de pensamento, venho aqui por acaso, a nossa simpática troca de comentários já tem uns 4 dias, estou no intervalo da leitura de “A psicologia da estupidez” como refiro noutro sítio e pimba, cá o tenho de volta para me ajudar nesta folga meio forçada da leitura que me imponho de hora a hora.
Ora como a noite é uma criança para mim, lá respondo a mais uma amável abordagem sua, ainda que não perceba de todo a que se refere, este blogue alcançou ontem (27/06) as 3001 visitas, já andava há uns tempos a ameaçar ali pelas 2700, 2800, 2900.
E quer o inefável Sr. A. Teixeira (calma que inefável é elogio) que eu acredite que nem 1% dessas pessoas (umas 30) me dão atenção e tenho logo que ficar prenhe de contentamento porque a única pessoa que em seu entender me deu aqui alguma vez atenção tivesse sido o senhor e logo com aquela conversa tão amigável?
Não me diga uma coisa dessas que faço uma “tantrum” e me dá um “hissy fit”!

Mais uma vez o vou desiludir mas desta vez não lamento, tenha lá paciência.
O Sr. A. Teixeira não me pôs uma pergunta, uma pergunta é uma interrogação.
Mas pôs-me uma questão, uma questão é um tema que merece ser discutido e/ou examinado e sendo eu e o meu texto o objecto da sua notável e abalizada crítica e denodados esforços humorísticos, não me estava interdito o direito de bondosamente o esclarecer dado que o seu comentário padecia daquele conjunto de “desconhecimentos” que foquei.

Portanto diga-me lá o que é que tem a dizer sobre os esclarecimentos que lhe prestei de tão boa vontade sobre o sentido do meu texto?
Presumo que nada lhe ocorre só porque eu não lhe pus uma pergunta, é isso?
E se lhe fizer a pergunta será que responde, que é o que faz toda a gente para quem qualquer pergunta séria merece uma resposta séria?

Será um prazer ler os seus comentários daqui para frente neste blogue e dar-lhes a atenção que merecem, eventualmente a observação que suscitem, faz parte da divida de gratidão que a partir de hoje tenho com a única pessoa por aqui que, ao fim de mais de 2 anos e muitas dezenas de “lençóis” meus, finalmente me deu um poucochinho de atenção, soube agora através de si que nunca ninguém tinha reparado em mim.

Permita-me que agora volte ali ao estudo da “connerie”.
Uma excelente 5ª feira para si.



A.Teixeira disse...

«Portanto diga-me lá o que é que tem a dizer...»

Aquilo que tenho para lhe dizer, é que os seus textos nestas caixas de comentários são exemplos canónicos de "pompous and presumptuous walls of text".

E também tenho a dizer-lhe que deve continuar a ler esse seu livro de auto-ajuda, "A Psicologia da estupidez". É como o slogan do palhaço Tiririca.

E o óbvio: que aquilo que me motiva a visitar este blogue são os comentários do Francisco Seixas da Costa, não os seus intermináveis textos.

manuel campos disse...


Sr. A. Teixeira

Não lhe perguntei o que pensa de mim, tal como na velha anedota de Bernard Shaw “isso já tínhamos esclarecido na abordagem inicial”.
Perguntei-lhe outras coisas às quais prefere não responder, direito seu.

Poderia assim ter começado por dizer “Ó Manuel Campos, vá bugiar!” (ou mesmo algo de mais contundente), toda a gente teria percebido, um número considerável aplaudido, não tinha chegado a este seu triste porque muito pouco polido último comentário.

Os meus textos podem ser “pompous and presumptuous walls of text” mas, ao contrário do seu texto que deu origem a este agradável bate-papo nunca sou mal educado com quem vem aqui, nunca me passou pela cabeça ridicularizar todos os que aqui escrevem como “muito imaginativos” (até o “aka Balio” levou), que de facto acabam por ser comparados por si com todos os que aqui não escrevem e que, não escrevendo, não podem ser acusados de nada como toda a gente que nada escreve.

E muito menos alguma vez insultei quem quer que seja da forma grosseira (e até infantil), como acaba de o fazer com aquele parágrafo ali do meio:

“E também tenho a dizer-lhe que deve continuar a ler esse seu livro de auto-ajuda, "A Psicologia da estupidez". É como o slogan do palhaço Tiririca.”

Em mais de 2 anos por aqui, em que pelos vistos só encontrou “pompous and presumptuous walls of text” da minha parte, está a passar um belo atestado de menoridade a todos aqueles que tiveram a gentileza e o cuidado de, aqui ou ali, trocar opiniões comigo ou aprovar uma ideia ou um pensamento, num blogue onde o diálogo não abunda e a que apelei mais de uma vez como forma de “enriquecimento” colectivo.

Por fim o seu último parágrafo, depois do que já passámos juntos, não faz qualquer sentido (e não lamento dizê-lo).
Mas a que propósito eu iria alguma vez pensar que alguém cá vem ou não vem por causa dos meus intermináveis comentários, que ideia mais abstrusa.

Já aqui disse logo ao princípio que a) se o que escrevo for ÚTIL para 1% dos que aqui vêm já é bom e b) se o que aqui escrevo for INTERESSANTE para 1% dos que aqui vêm já é bom.
Como é que o sr. A. Teixeira não se dá conta que ninguém o obriga a ler os meus “intermináveis textos” é um mistério para mim, parecia-me óbvio que tendo embicado comigo bastava passar à frente cada vez que me vê pela frente, é o que fará decerto muito boa gente por aqui.
Assim como põe as coisas está a desconsiderar os que pensam de maneira diferente.

E se o que o “motiva a visitar este blogue são os comentários do Francisco Seixas da Costa” porque é que perdeu e continua a perder tempo comigo se não perde nunca tempo a dar-nos a sua opinião ou a contar-nos a sua versão dos factos?
Está nitidamente a dar-me uma importância que nem sequer eu me dou.
Assim sendo, até logo.

A tragédia de Israel

Ver aqui .