O Chiado, hoje à hora de almoço, fez-me lembrar a Piccadilly Circus dos anos 80, onde rareavam os locais e se ouviam os berros estridentes dos portugueses que, armazenados pela Abreu no Mount Royal, se afadigavam com as encomendas das primas, a aviar na Mothercare.
3 comentários:
O Chiado está cada vez mais assim, muito boa esta sua "imagem".
Durante anos fui lá 2 ou 3 vezes por semana, espreitava os alfarrabistas da Rua do Alecrim, descia da Praça Luís de Camões entrando na Bertrand, na FNAC, na Férin (abraço ao João Paulo) e na CNM (antiga Strauss), depois Rua do Ouro acima até às escadinhas de Santa Justa e Livraria Portugal e Aillaud & Lellos, acabava a almoçar algures na Rua dos Correeiros, conhecia todos os restaurantes que se justificava conhecer (não eram já muitos).
Por altura do confinamento aligeirado mas antes da abertura total aconteceu-me algo de espantoso: às 6 da tarde de uma 3ª feira só estava eu na Rua da Prata, nem uma pessoa em toda a rua, nem um carro do Rossio à Praça do Comércio.
Entretanto tive que me afastar dessa rotina e quando lá fui, há dias, tratar de uma assinatura num papel, decidi não pôr lá mais os pés a não ser com algum ataque de nostalgia.
Isto é capaz de ser chocante para quem tenha saudades de ír à Baixa e não o possa fazer, mas eu tive a enorme sorte de o poder fazer com frequência durante anos.
Rua do Ouro, claro, a Rua da Prata não vai dar ao Rossio.
so what?
Enviar um comentário