Foi a pandemia, foram os incêndios, foi o lugar do novo aeroporto ou a linha avançada da seleção. São sempre os mesmos, por aqui, pela redes sociais, sempre zangados, indignados, de adjetivo na tecla e no comentário. Por estas horas, nem imaginam o que eles sabem sobre alterações climáticas, sobre o que se “devia fazer” e não foi feito! É uma malta!
9 comentários:
O Arquiteto Gonçalo Telles Ribeiro previu tudinho, tal-qual, sem pôr nem tirar.
A estupidez dos patos-bravos e dos presidentes de câmaras eleitos democraticamente nestes 40 anos de rebaldaria financeira e bancos gananciosos deu no que dá.
Andámos estes 40 anos a abandonar o interior e a criar grandes cidades dentro das linhas de água e em cima das praias.
Presidentes de câmaras e empreiteiros e bancos e a corrupção fizeram isto.
Claro que os engenheiros...!
Uma malta que é uma praga!
Um azar do caraças para o nosso Reaça, a "rebaldaria" dos patos-bravos em conluio com o Poder Local
começou e cimentou-se ainda no tempo do seu adorado regime, aliás o programa de Luís Filipe Costa onde o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles fez avisadas previsões a partir da explicação de parte das razões para desgraça de 26/11/1967 foi emitido em 1973.
Estou em crer que algumas, senão muitas, dessas pessoas lêem coisas, ouvem comentários na TV, tentam informar-se. São como nós, senhor embaixador, formulam uma opinião do que vêem e ouvem. Não coloque tudo no mesmo saco.
Cada um deve falar daquilo que sabe, ou daquilo que faz.
Trabalhei sempre no ramo dos patos-bravos.
Uma sorte do caraças, senhor Francisco de Souza, conheci o conluio (corrupçao) no tempo do presunto e do cabrito para o autarca, e depois no tempo do automóvel ou do apartamento para o mesmo.
Porque é que devemos ter complexo em apontar o dedo a quem faz ou manda ou deixa fazer?
Se fizeram bem, palmas, se fizeram mal, calar porquê?
Com todo o respeito que me merecem os comentários do Francisco de Sousa Rodrigues, que aprecio, não me parece que o regime anterior tenha sido mais permeável ao "crescimento dos pato-bravos" que a 1ª República ou antes dela, a natureza humana é a mesma independentemente dos regimes e das épocas.
O que aconteceu é que foi nessa altura que se começou a dar o grande êxodo dos campos para as cidades e essa "colusão" se tornou mais evidente aos olhos de todos porque ganhou outra dimensão.
Por exemplo e no caso de Lisboa "Em 1840, Lisboa contava 192.000 habitantes; em 1864, 198.000; 1890, 290.000; em 1911, 435.000; em 1930, 594.000, o que corresponde a um décimo da população portuguesa" (cito Orlando Ribeiro), ainda que eu ache que aqui já havia muitos arrabaldes, hoje só tem oficialmente 504.000 habitantes e desde 1930 para cá cresceu necessariamente muito.
A cidade em si , que já não chegava acabou crescendo para todos os lados, o distrito de Lisboa tinha 1.6 milhões em 1970 e tem agora 2.3 milhões (cresceu quase 45% nos últimos 50 anos).
Claro que, como em todos os outros aspectos da vida quotidiana de todos nós, se verificam sempre situações de favor "compradas" por uns e "vendidas" por outros, é a tal natureza humana, não desculpo nem justifico ninguém, constato.
Os exemplos estão todos aí à nossa volta.
Mas hoje encaramos estas situações com um olhar crítico que não existia de todo há 50 anos (só para contextualizar, eu já era licenciado e pai, vivi a época) e, mesmo assim, continuamos a saber que tudo continua a acontecer, mais discreto na actuação
e menos modesto nos valores.
Manuel Campos, a questão central do meu comentário prende-se com o facto de a construção desordenada não ser "invenção" do pós-25 de Abril, como sugeria o comentador Reaça ("40 anos" - que já são quase 50, "eleitos democraticamente"...).
Naturalmente tudo isto transcende regimes e épocas, agora sabemos que a década de 60 marcou o início da era contemporânea da construção com pouco critério.
Muito obrigado pelo seu cumprimento, que retribuo.
Francisco Sousa Rodrigues
A sua resposta permitiu-me enquadrar melhor aquilo a que se referia concretamente e claro que concordo consigo.
Admito que não tinha feito a ligação correcta e agora está esclarecido, daí que por vezes faça toda a diferença algum diálogo entre os comentadores, pois surgem por vezes situações que enriquecem o blogue com esse diálogo, por mínimo que fôsse.
Eu sei que para muitas pessoas isso não é relevante, dão a sua opinião (*) e vão à vida, quem não gosta não come, aqui somos todos desconhecidos e assinar serve para saber como A ou B pensa sobre os vários assuntos que aborda, mesmo quando se abordam situações pessoais são sempre a de um desconhecido no fim de tudo.
Obrigado pela sua atenção e as suas palavras.
(*) muitas vezes na linha do "é a minha opinião, com a qual concordo totalmente"
Manuel Campos, com o maior gosto.
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