Faz hoje precisamente 200 anos, dom João VI, que ganhara o título real já no Brasil, deixava definitivamente aquela terra, ao final de 13 anos, para onde a corte se transferira em 1808, acossada pela primeira invasão napoleónica de Portugal. O efeito do período joanino sobre o Brasil foi imenso, como o reconhece quem se debruça com seriedade sobre os múltiplos impactes da presença tropical da corte, os quais, a curto prazo, vieram densificar a massa crítica que deu lugar à posterior independência da colónia. Mas porque as relações coloniais são sempre o que são, há um Brasil que não resiste a pontuar a evidência do salto qualitativo dessa centralidade conjuntural do império português com algumas notas caricatas e depreciativas sobre a imagem e os hábitos do rei. Esse tipo de discurso a propósito de dom João VI iniciou um recorrente ciclo de lusofobia, umas vezes mais acentuado, outras vezes mais atenuado, que se converteu numa espécie de doença infantil a que a brasilidade raramente consegue escapar. Um artigo na “Folha de S. Paulo” de hoje segue, com naturalidade burocrática de pensamento, essa “politicamente correta” dualidade de leitura. Nada de novo, a Sul.
domingo, abril 25, 2021
Há 200 anos
Faz hoje precisamente 200 anos, dom João VI, que ganhara o título real já no Brasil, deixava definitivamente aquela terra, ao final de 13 anos, para onde a corte se transferira em 1808, acossada pela primeira invasão napoleónica de Portugal. O efeito do período joanino sobre o Brasil foi imenso, como o reconhece quem se debruça com seriedade sobre os múltiplos impactes da presença tropical da corte, os quais, a curto prazo, vieram densificar a massa crítica que deu lugar à posterior independência da colónia. Mas porque as relações coloniais são sempre o que são, há um Brasil que não resiste a pontuar a evidência do salto qualitativo dessa centralidade conjuntural do império português com algumas notas caricatas e depreciativas sobre a imagem e os hábitos do rei. Esse tipo de discurso a propósito de dom João VI iniciou um recorrente ciclo de lusofobia, umas vezes mais acentuado, outras vezes mais atenuado, que se converteu numa espécie de doença infantil a que a brasilidade raramente consegue escapar. Um artigo na “Folha de S. Paulo” de hoje segue, com naturalidade burocrática de pensamento, essa “politicamente correta” dualidade de leitura. Nada de novo, a Sul.
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Segunda feira
Em face da instrumentalização que a direita e a extrema-direita pretendem fazer na próxima segunda-feira na Assembleia da República, que dis...
2 comentários:
Talvez devido a "uma certa lusofobia" terão demolido ou descaracterizado meio Brasil ?!
https://www.youtube.com/watch?v=xHmK27RabS8&t=2s
https://www.youtube.com/watch?v=M34k7X3iI68&t=83s
outros exemplos:
O Largo do Corpo Santo foi um importante logradouro da cidade brasileira do Recife, capital de Pernambuco. Nele ficavam o Pelourinho e a Igreja do Corpo Santo.
Foi um dos conjuntos coloniais demolidos no contexto da modernização da capital pernambucana ocorrida no início do século XX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Largo_do_Corpo_Santo_(Recife)
No Maranhão
https://www.youtube.com/watch?v=Rwt0EPs_rc0
http://www.bahia-turismo.com/salvador/igrejas/catedral-se.htm
"..A antiga Sé da Bahia foi a catedral (sé) da diocese e depois arquidiocese de Salvador da Bahia desde o século XVI até 1765. Nesse ano, a sede da arquidiocese mudou-se para a atual catedral. Apesar de sua importância histórica, o edifício da antiga Sé foi demolido em 1933, durante uma reurbanização do centro da cidade."
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antiga_S%C3%A9_da_Bahia
Lá a culpa nunca morre solteira: o culpado é sempre o gene A25-BIS-DR2. Não há nada a fazer: é uma batalha perdida.
Marisantos
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