quarta-feira, julho 17, 2019

Hortográfico


Parece que hoje, na Assembleia da República, há quem queira mudar, outra vez, o Acordo Hortográfico.

11 comentários:

Manuel do Edmundo-Filho disse...

È uma excelente notícia! E se se concretizar, mais ainda! Hortografia é o que se passa no actual acordo...

Anónimo disse...

Luis Filipe de Castro Mendes (poeta e ministro da Cultura em 10/03/2918)
"A grande alteração está na utilização do Acordo Ortográfico em vigor. Não lhe foi difícil?
Não considero que este Acordo Ortográfico seja perfeito e penso que há coisas suscetíveis de melhoria, mas sendo o que se utiliza oficialmente achei que seria hipócrita não o fazer. Isto sem criticar outras pessoas, até porque não tenho ideias tão fortes sobre ortografia como elas. O acordo não é o melhor possível mas está vigente e segui-o para horror e espanto de muitos amigos. Não porque lhe tenha um grande amor, mas porque para mim a ortografia é uma convenção e não considero que a anterior seja a maior das maravilhas. Tudo se pode aperfeiçoar, é a minha opinião. Enquanto estiver em vigor vou segui-lo e lamento os meus amigos que consideram isto uma traição. Há como que uma luta de religiões em torno do acordo, só que eu não tenho religião. Acredito que esta opção vá ser muito criticada, mas é assim."


Anónimo disse...

Magnifico!

Vamos chegar ao acordo do que e uma couve tronchuda, uma couve galega, uma couve lombarda, couves de bruxelas, se e alho porro ou alho frances...Nao vejo a hora!

Saudades de Londres
F. Crabtree

Anónimo disse...

O A.O foi uma daquelas aberrações que José Sócrates fez aprovar. Ainda bem que a razão está a imperar. Impõe-se a sua revisão. Li o que o jornal "I" escreveu a esse respeito e o que a proposta de alterações sugere e faz sentido.
O PS faz birra, mas espero que saia derrotado. A bem da Língua Portuguesa. E ainda bem que Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste não se juntaram aos restantes países da CPLP. E agora, o Brasil de Bolsonaro irá igualmente rever o Acordo, ao que li.
Uma coisa que ficou por esclarecer foi o porquê que os pobres dos meses do ano passaram a ser escritos com letra minúscula. Deixou-se de escrever Agosto, para se despromover o dito para agosto. O que é que essa alteração teve a ver com a Língua Portuguesa? Qual a razão "científica" apresentada na ocasião por Malaca Casteleiro para tal?
A ver se um novo e mais racional A.O substitui o actual, que mais parece um "dialeto".

Pedro F. Correia disse...

Senhor Embaixador,
Aminha posição acerca do Acordo Ortográfico, e a favor do NAO, é retomada de Francisco Rodrigues Lobo... Ora considere-se sff:
https://cadernomonarquico.blogspot.com/2015/04/pelo-novo-acordo-ortografico.html

Anónimo disse...

Sir F. Cabtree
Quereria V.Exa dizer " Não vejo a horta"?

Carlos Diniz disse...

Pedindo antecipadamente pela extensão, não resisto a partilhar esta pérola que há muito tempo circula na net

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam. Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros.

Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas.
É um fato que não se pronunciam. Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se? O que estão lá a fazer? Aliás, o qe estão lá a fazer? Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade.

Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra.
Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s”?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç”.
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som.

Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s”.
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z”.
Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z” escreve-se sempre com “z”.

Quanto ao “c” (que se diz “cê” mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de “q”) pode, com vantagem, ser substituído pelo “q”. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de “k”.

continua.....

Carlos Diniz disse...

continuação...

Não pensem qe me esqesi do som “ch”.
O som “ch” pasa a ser reprezentado pela letra “x”. Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não? O “x” xama-se “xis”. Poix é iso mexmo qe fiqa.

Qomo podem ver, já eliminámox o “c”, o “h”, o “p” e o “u” inúteix, a tripla leitura da letra “s” e também a tripla leitura da letra “x”.

Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex. Não, não leiam “simpléqs”, leiam simplex. O som “qs” pasa a ser exqrito “qs” u qe é muito maix qonforme à leitura natural.

No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente.

Vejamox o qaso do som “j”. Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”. Para qê qomplicar?!?
Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j”. Serto? Maix uma letra muda qe eliminamox.

É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem! Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex? Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade?

Outro problema é o dox asentox. Ox asentox só qompliqam!
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox.

A qextão a qoloqar é: á alternativa? Se não ouver alternativa, pasiênsia.

É o qazo da letra “a”. Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado. Nada a fazer.

Max, em outrox qazos, á alternativax.
Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax vezex lê-se “u” e outrax, ainda, lê-se “ô”. Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso! Para qe é qe temux o “u”? Para u uzar, não? Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil! Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu.

Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza: quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e”. U mexmu para u som “ê”. Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i”. I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a”.
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex.

Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” - pur “ainx” i “õix” pur “oinx”.
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.

Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu.

Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum?

Anónimo disse...

Carlos Diniz,
O Carnaval já foi! Em Fevreiro passado. Não nos fustigue com estas suas "eloquências", que só fazem mal à digestão. Acabei de jantar e venho aqui ao Blogue do Seixas da Costa e levo com isto em cima e fico com azia! Felizmente que a tal indústria farmacêutica se tem esforçado em inventar uns tantos fármacos para nos melhorar a saúde. Como foi o caso ao ler este seu comentário - embora, naturalmente, com toda a legitimidade democrática.
Um bom fim-de-semana, in advance!
a)Mariana Quintas

Anónimo disse...

Mas nós estamos em Portugal e temos orgulho na nossa língua , sr. Anónimo dos “ qex “, “ gx” , etc . Os homens das cavernas já não existem . Olhe antes para a lingua francesa e inglesa .
Eu acho que o sr. estava a gozar com o pagode ...

Carlos Diniz disse...

Mariana Quintas, no mais que provável caso de ainda não ter notado, vou contar-lhe um segredo. Tem Vª Exª a prerrogativa de ler ou ignorar os comentários que lhe aprouver. Experimente, não dói nada e evita gastar dinheiro em medicamentos para a azia.
Um bom fim-de-semana de digestões prazenteiras.

Obrigado, António

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