O Estrela da Amadora ganhou 2-1 ao União de Leiria. Durante alguns segundos (leram bem!), ao minuto 83, o Estrela, por uma confusão aquando de uma substituição, teve momentaneamente 12 jogadores em campo. O árbitro deu rapidamente conta do sucedido, a situação foi corrigida e o jogo prosseguiu. No final, o Leiria anunciou ir protestar o jogo. (Claro! Só faltou aos seus dirigentes dizerem: “Se tivéssemos ganhado, protestávamos na mesma...”. Nós sabemos!)
sexta-feira, maio 07, 2021
À dúzia!
O Estrela da Amadora ganhou 2-1 ao União de Leiria. Durante alguns segundos (leram bem!), ao minuto 83, o Estrela, por uma confusão aquando de uma substituição, teve momentaneamente 12 jogadores em campo. O árbitro deu rapidamente conta do sucedido, a situação foi corrigida e o jogo prosseguiu. No final, o Leiria anunciou ir protestar o jogo. (Claro! Só faltou aos seus dirigentes dizerem: “Se tivéssemos ganhado, protestávamos na mesma...”. Nós sabemos!)
Eduardo Cabrita
Escrevi, há tempos, um texto em que dizia isto sobre Eduardo Cabrita. Em tempos de “assédio” ao ministro, por parte da oposição, aqui repito:
Precedências
Quem fica à frente de quem numa cerimónia pode parecer uma questão bizantina para um observador comum, mas não o é para quem conhece as questões institucionais.
quinta-feira, maio 06, 2021
Verdes, na Escócia
Atestei o depósito, entrei na loja, levei, de uma prateleira, o “Sunday Times Scotland” e fui pagar. Ao balcão, uma senhora, na casa dos (então meus também) quarenta, com uns olhos verdes. Deslumbrantes.
Chegado à porta, voltei atrás e disse à senhora, sem grande jeito para estas coisas: “Não vai levar a mal se eu lhe disser uma coisa? Tem uns olhos lindíssimos! É só isso que queria dizer-lhe!”.
Ela sorriu, levemente, e disse “Thank you!”
A minha dúvida é se ela tomou nota da matrícula, do nome no cartão de crédito, se isto pode ser considerado assédio e se o crime terá prescrito, não obstante eu poder invocar imunidade diplomática. Estou a brincar? Não, já não sei se estou a brincar!
“A Arte da Guerra”
Falamos da reunião entre a União Europeia e a Índia, das atribulações de Emmanuel Macron com os militares franceses e, finalmente, do modo como o papa Francisco está a gerir a transparência financeira do Vaticano.
Ser “benfiquista”!
Sancho
Aqui por Lisboa, há alguns, poucos, restaurantes em que a moda quase não toca. Muitos dirão: e ainda bem! Um deles é o "Sancho", na Travessa da Glória. bem junto aos Restauradores. É um restaurante que conheço há várias décadas, que não aparece com frequência nos guias, que não anda nas bocas da crítica, mas onde, desde há muito, se pode encontrar uma cozinha sólida, sã, com uma qualidade constante que, não lhe conferindo um espaço de destaque nos Michelin & Cia, lhe garante um lugar na simpatia de muita gente que o frequenta, alguns com persistente e leal regularidade. Voltei lá, não há muito tempo, para um almoço de trabalho, com um amigo. Cheguei antes dele. Disse o seu nome e logo alguém ordenou: “Leva o senhor embaixador à mesa do senhor doutor...”. Como já lá não ia há uns tempos, tive de fazer “de conta” de que não fiquei surpreendido por me terem identificado (ou teria sido o meu amigo que alertou, como hipótese mais modesta). O almoço foi agradável e, a aquilatar pela lista que no início consultei, os preços estão numa escala de razoabilidade. Não posso dizer que saí esmagado de luxúria gastronómica, mas - com a franqueza com que digo sempre aquilo que penso dos locais que visito - posso dizer que fiquei satisfeito. Uma cozinha de restaurante para uso regular é aquilo mesmo: qualidade sustentada, serviço atencioso, cuidado com os clientes, tudo coisas que, nos tempos que correm, fico sempre contente por encontrar em Lisboa. Não sei quando vou voltar ao Sancho, mas, da próxima vez que andar pelo pelo fundo da Avenida da Liberdade, vou-me lembrar deste restaurante onde, pela primeira vez, nos anos 60, um tio que já lá vai há muito me levou a almoçar, numa primeira aprendizagem das mesas de uma Lisboa que, felizmente, ainda conseguimos reencontrar nos dias de hoje.
quarta-feira, maio 05, 2021
Nunca interromper!
Por muitos anos, em Campo de Ourique, havia dois restaurantes cuja clientela se dividia bastante, ideologicamente.
terça-feira, maio 04, 2021
País sem censo
Que medo! Vem aí o comunismo!
Alentejo desencantado
O sal da vida
segunda-feira, maio 03, 2021
Então, nada?
domingo, maio 02, 2021
Justiça
Mãe
Não sei como vieste,
mas deve haver um caminho
para regressar da morte.
Estás sentada no jardim,
as mãos no regaço cheias de doçura,
os olhos pousados nas últimas rosas
dos grandes e calmos dias de setembro.
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?
Dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.
Turismo de família
Tenho uns familiares que estão a pensar comprar uma propriedade, algures no Alentejo, para aí instalar um “turismo rural”. O entusiasmo da família com o empreendimento está a ser tal que todos já prometem ir lá passar uns dias.
“Observare”
Pode ver aqui.
Avisem-me, está bem?
Queria pedir o favor de me avisarem quando a ponte suspensa de Arouca deixar de ter visitantes. Nessa altura, quando puder passar por lá (aproveitarei, já agora, para ir almoçar ao “Parlamento” e encontrar, pela cidade, a nossa amiga Josefina e, se calhar, o Joaquim Brandão, como me aconteceu da última vez), gostaria de ter essa experiência. Mas não antes!
sábado, maio 01, 2021
Notícias do fim do mundo
Um grande amigo contou-me que costumava dizer aos seus conhecidos estrangeiros que, se um dia se anunciasse o fim do mundo, uma maneira de se protegerem era virem viver para Portugal: cá, tudo chegava com dez anos de atraso! Hoje, ao ler algumas “ondas” que por aí andam, podemos concluir que o tempo de espera de certos ciclos se encurtou: as coisas chegam cá mais rapidamente. Só que o estilo de abordagem lusa do tema é como o bife, é “à moda da casa”.
Sociologia empírica
Há pouco, deu-me para olhar para as estatísticas de visitantes deste blogue, oferecidas pelo próprio sistema. Não resisti a fazer alguma breve interpretação do números, sempre tendo presente que visitas não equivalem necessariamente a leitores. Por exemplo, não acredito ter leitores nos 176 países de onde houve visitas registadas ao blogue. Por isso, valendo o que vale, aqui fica essa análise.
sexta-feira, abril 30, 2021
A geografia da vida
O inferno das máscaras retira a naturalidade às relações humanas e, em especial, à alegria dos encontros fortuitos. (Claro que sei que tem que ser assim! - e isto é um aviso para quantos tresleem tudo o que se escreve!). Damos de frente (ia dizer “de caras”, mas, afinal, é só “meia” cara) com pessoas que julgamos conhecer e, a menos que um de nós arrisque identificar-se (mas é um tanto ridículo se, afinal, a pessoa acaba por não ser quem julgamos), ficamos a olhar-nos de modo estranho, até que desistimos desse consumar esse potencial “descobrimento” aventuroso.
Alves dos Santos
Palermice
quinta-feira, abril 29, 2021
“O Mundo não tem de ser assim”
Ela aí está, com o belo título de “O Mundo não tem de ser assim”, uma biografia muito completa de António Guterres.
quarta-feira, abril 28, 2021
“A Arte da Guerra”
Da importância a nível nacional espanhol das eleições regionais em Madrid à crise política e às dependências externas da Geórgia, passando por uma reflexão sobre a primeira cimeira da NATO com Biden.
Se Conceição
A Se Conceição era mãe da Arménia. Ditas as coisas assim desta forma, as coisas ficam pouco compreensíveis. “Se” Conceição era o nome que eu e os meus primos dávamos a uma empregada da minha avó paterna, na nossa infância, lá por Viana do Castelo: abreviatura de Senhora Conceição.
Na morte de Mara Abrantes
Por muitos anos, no mundo das artes performativas, não havia muitos brasileiros que vivessem em Portugal e que fossem bastante conhecidos. Ou melhor, havia dois: Mara Abrantes, uma cantora mulata (não sei se isto hoje ainda se pode dizer assim, mas eu digo), e Badaró, um cómico que por cá ficou, depois de um tempo em que algumas “revistas” brasileiras andaram, com um sucesso proporcional à poupança de tecido nos trajes das respetivas artistas, por palcos divertidos de Lisboa e Porto.
Biden
Decidam-se!
Linguareiros
Conversa de sala de espera
terça-feira, abril 27, 2021
Calamidade!
José Fernandes Fafe
“Famalicão e Cacém seguem amanhã”. Era o texto de um curto telex, do meu colega Tavares de Carvalho, que estava na nossa embaixada em S. Tomé, enviado para mim, colocado na de Luanda, algures em 1985.
segunda-feira, abril 26, 2021
Lola
domingo, abril 25, 2021
Há 20 anos, dia por dia
Eu estava em Nova Iorque há menos de dois meses. Nesse dia, saí de casa, muito cedo, diretamente para a sede da ONU, onde tinha reuniões, umas a seguir às outras.
As quintas da empregada
O Fado do Chicão
“O Fado do Chicão”
De olhos nas câmaras e de olhar afoito,
jeito de marinheiro ou de soldado,
era um rapaz da direita moderna,
negra madeixa ao vento, cravo branco de lado.
Perguntei-lhe quem era e ele disse
“sou a direita e por mim vai tudo mudado”.
Pobre rapaz da direita moderna,
negra madeixa ao vento, cravo branco de lado.
Porque me assaltam turvos pensamentos?
Que queres tu mudar no nosso fado?
Diz-me rapaz da direita moderna,
negra madeixa ao vento, cravo branco de lado?
Ouvindo-me, quedou-se altivo o moço
e respondeu com o cravo branco empinado
“De vermelho tornei branco este cravo,”
negra madeixa ao vento, olhar arregalado.
Soube depois que tivera tantos votos
quantas ideias tinha apresentado.
Ai do rapaz da direita moderna,
negra madeixa ao vento, cravo branco murchado!
Há 200 anos
Faz hoje precisamente 200 anos, dom João VI, que ganhara o título real já no Brasil, deixava definitivamente aquela terra, ao final de 13 anos, para onde a corte se transferira em 1808, acossada pela primeira invasão napoleónica de Portugal. O efeito do período joanino sobre o Brasil foi imenso, como o reconhece quem se debruça com seriedade sobre os múltiplos impactes da presença tropical da corte, os quais, a curto prazo, vieram densificar a massa crítica que deu lugar à posterior independência da colónia. Mas porque as relações coloniais são sempre o que são, há um Brasil que não resiste a pontuar a evidência do salto qualitativo dessa centralidade conjuntural do império português com algumas notas caricatas e depreciativas sobre a imagem e os hábitos do rei. Esse tipo de discurso a propósito de dom João VI iniciou um recorrente ciclo de lusofobia, umas vezes mais acentuado, outras vezes mais atenuado, que se converteu numa espécie de doença infantil a que a brasilidade raramente consegue escapar. Um artigo na “Folha de S. Paulo” de hoje segue, com naturalidade burocrática de pensamento, essa “politicamente correta” dualidade de leitura. Nada de novo, a Sul.
A eterna maiúscula
Os tempos
sábado, abril 24, 2021
É pena!
24 de abril
Viva o 25 de Abril!
sexta-feira, abril 23, 2021
Salazar no 25 de Abril
“Senhor professor! Senhor professor! Telefonou o general Kaúlza a dizer que estão tropas nas ruas. Diz que, desta vez, não conseguiu impedir o golpe”.
Da cepa torta à boa nova
Alguns podem detetar algo de gastronómico no título deste artigo. Têm e não têm razão.
Bebinca
Há já um tempo que não comia bebinca. Imagino que tenha sido por me ouvirem dizer que tinha saudades desse doce goês que tive o privilégio d...