Filipe Santos Costa é um jornalista cujas qualidades ultrapassam, em muito, a peculiar circunstância de partihar comigo as mesmas iniciais. Leio-o por aí com regularidade e, gostava de dizer, tenho pena de o não ler mais. Quem quiser perceber a política portuguesa de décadas recentes não pode deixar de conhecer a obra sobre o jornal “O Independente” que, há alguns anos, escreveu com Liliana Valente. Não sei mesmo se alguns já lhe perdoaram essa ousadia...
quarta-feira, fevereiro 10, 2021
“Atlantic Talks”
Filipe Santos Costa é um jornalista cujas qualidades ultrapassam, em muito, a peculiar circunstância de partihar comigo as mesmas iniciais. Leio-o por aí com regularidade e, gostava de dizer, tenho pena de o não ler mais. Quem quiser perceber a política portuguesa de décadas recentes não pode deixar de conhecer a obra sobre o jornal “O Independente” que, há alguns anos, escreveu com Liliana Valente. Não sei mesmo se alguns já lhe perdoaram essa ousadia...
Fomento de polémica
RTP
CDS
Brasil
Um poder solitário
Há dias, ao ver o ministro russo Sergei Lavrov assumir uma atitude de arrogância para com o chefe da “diplomacia europeia”, Josep Borrell, travei, num segundo, a vontade de rir que a cena me deu. Era a União Europeia que ali estava a ser humilhada - e isso não deve regozijar quem se sente solidário com esse projeto. Naquele instante, contudo, tive uma melhor perceção do drama que, nos dias de hoje, atravessa o poder europeu, na sua expressão internacional.
terça-feira, fevereiro 09, 2021
A mulher coragem
É uma mulher com algumas vidas, com muitos livros, com imensos amigos, com uma coragem acima do mundo. À minha amiga Leonor Xavier, a existência tem pregado partidas, sustos e, às vezes, jogado com ela às escondidas. A Leonor, com aquela voz rouca e doce que, à primeira vista, poderia transportar um discurso naïf, é alguém que descobriu que as dificuldades se agarram de caras, que os problemas se resolvem combatendo em terreno aberto. É uma cabeça arejada, positiva, que olha as pessoas de frente, guiada por uma ética à prova de bala, com valores que caldeou ao longo dos anos. Quando saímos do seu convívio, das conversas sempre interessantes que com ela temos, fica-nos uma admiração imensa pela sua força e determinação. Posso dizer uma coisa muito sincera, sem correr o risco de se julgar que estou a fazer um ’número’?: saio sempre melhor do que me sentia, depois de falar com a Leonor, nem que seja apenas pelo telefone. Mas, claro, tenho saudades dos almoços lentos no Ribatejo, das ocasiões em que ela sabe juntar a gente certa, para horas divertidas, coisa que a pandemia interrompeu. Lembrarei para sempre aquele seu aniversário louco, com baile, na Barraca! E a poesia na igreja do Rato. E o debate sobre o Brasil no El Corte Ingles. E as histórias com Sérgio Godinho e Nélida Piñon no CCB. E também me fazem falta as noites na Dois, no Procópio, com a Leonor a dar a deixa para as gargalhadas da Alice. Em outros tempos, também com o Raul por lá, depois os tempos passaram a ser com alegres saudades dele. A Leonor faz sempre da vida uma festa - e, para nossa sorte, convida-nos para ela!
Os estaleiros
Desde que, em criança, passei a ir de férias, todos os anos, para a terra do meu pai, Viana do Castelo, os “estaleiros” faziam parte do meu cenário da cidade. Rara era a pessoa conhecida que não tinha familiares que ali trabalhavam. Quando se atravessava o campo da Senhora da Agonia, para as tardes na Praia Norte, vinham dos estaleiros barulhos metálicos imponentes, com sirenes que soavam estranhas ao miúdo que eu então era. Os estaleiros eram parte integrante da personalidade da cidade, como a ponte Eiffel ou Santa Luzia. Para mim, que vinha de uma Vila Real quase sem indústria, aquilo e a vizinha doca comercial eram um luxo que dava a Viana um ar de grande urbe.
segunda-feira, fevereiro 08, 2021
Cassandra
Conselho para reuniões
Confiança
domingo, fevereiro 07, 2021
António Barreto
“Observare”
No programa desta semana, sob a coordenação de Filipe Caetano, Carlos Gaspar, Luis Tomé e eu analisamos a ratificação (e não a retificação, como, por lapso, surge no título do vídeo) pelos EUA da extensão, por cinco anos, de acordo nuclear com a Rússia, bem com a situação política após a ação dos militares no Myanmar.
Sergey Lavrov
Nas Nações Unidas, em Nova Iorque, existe uma sala imensa, conhecida por Indonesian Lounge. É um espaço aberto, com cadeirões e cadeiras, a toda a volta. Serve para encontros breves, entre políticos ou diplomatas: consultas, apresentação de uma candidatura, transmissão de uma mensagem. Passei por lá horas, em “rapidinhas” diplomáticas de toda a natureza. O mesmo aconteceu, com toda a certeza, com quem me antecedeu e sucedeu.
sábado, fevereiro 06, 2021
Centrices
Livros
CDS
Ainda a vacina
O raio do vírus
Sem adjetivos
Contrição
O “ministro”
É uma vergonha para a União Europeia colocar-se na posição do seu “ministro dos Negócios Estrangeiros” ter de ouvir isto. E calar-se.
Fados e pandemias
Biden
Nós e os outros
sexta-feira, fevereiro 05, 2021
Expliquem lá!
Este blogue tem uma média diária regular de leitores que segue, quase sempre, acima dos 1500. Até aqui, tudo bem: é um número muito lisonjeiro. Mas agora expliquem-me lá, se souberem, por que diabo, de ontem para hoje, passou largamente os cinco mil leitores! É que eu não escrevi nada que pudesse dar origem a este “alvoroço”! Ele há cada mistério!
CDS
Os maluquinhos do “não é por acaso que...”
quinta-feira, fevereiro 04, 2021
Coitados!
As palavras, o seu sentido e as vacinas
quarta-feira, fevereiro 03, 2021
Bastonários
Unidade
Amigos da onça
Francisco Ramos
Ajuda
Mortos e mortos
SEF
À flor da pele
Vivemos um tempo de tensões à flor da pele. O país responsável está visivelmente assustado com a pandemia, as pessoas vêem a sua vida subvertida, num horizonte que não conseguem limitar, e, não vale a pena esconder, paira uma erosão na confiança num poder público que, fazendo seguramente o melhor que sabe e pode, oferece um saldo efetivo de realidade pouco palpável. Morreu já muita gente, muita mais do que, há poucos meses, muito pensavam ser possível.
terça-feira, fevereiro 02, 2021
Saudades do fumo
Uma dúzia deles!
O avião chegou atrasado a Paris, nesse final de tarde do dia 2 de fevereiro de 2009. Os serviços do protocolo francês têm como regra receber na “sala VIP” os novos embaixadores. Naquele dia, no “Salão 500” de Orly, que eu bem conhecia das várias vezes que por ali tinha passado, em outras encarnações, até com a presença da simpática funcionária asiática que conduzia o carro dos aviões até lá, estava à minha espera o pessoal diplomático e técnico da embaixada e do consulado-geral, com quem eu iria trabalhar nos anos seguintes. Alguns conhecia, outros não. De todos fiquei amigo, diga-se.
segunda-feira, fevereiro 01, 2021
1 de fevereiro de 1908 - Uma vítima prematura da República
“Thriller”
Para que é que estou a dizer isto? Para que fique bem claro que, hoje à noite, entre as nove e trinta e as 11 e picos, vou ver “thrillers” desses, em sequência: não atendo a telemóvel nem olho os alertas no iPad. Mais: vou ver filmes até às 11 e meia, porque, se o Benfica estiver a perder, é óbvio que vão prolongar o jogo até conseguirem um empate.
Depois dessa hora, sem som (era só o que faltava ouvir gente a falar de futebol!), vou ver os golos do Sporting. “Olha lá! E se o jogo te trocar as voltas e o Sporting perder?” Nesse caso, só vejo o resumo amanhã e assisto a mais um filme. Ser sportinguista dá-nos um mundo interminável de opções.
Marcelo: venham mais cinco!*
O “Diário de Noticias” pediu ontem a 22 pessoas, um muito curto depoimento sobre o que elas esperam do próximo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa.
domingo, janeiro 31, 2021
Uma entrevista de vida
Quem nisso tiver interesse, pode assistir a uma conversa, talvez mais do que a uma entrevista, onde se fala da vida e do papel que a diplomacia nela teve.
Pode ver, clicando aqui.
“Observare”
Amândio Silva
Foi há menos de oito dias. Tinha no meu telefone nota de um telefonema do Amândio Silva. Como, muito pouco tempo antes, numa conversa com o Carlos Cristo, eu tinha perguntado se o Amândio não tinha ainda escrito as suas memórias - um relato, por mínimo que fosse, sobre a sua extraordinária vida - pensei que o circuito se tivesse “fechado” e ele me viesse falar disso mesmo. Foi nessa convicção que lhe liguei de volta!
O lixo político
Platitudes
sábado, janeiro 30, 2021
“Observare”
Na TVI, depois do jornal da meia noite, de sábado para domingo, poderá ver o ”Observare”, um programa sobre temas internacionais.
Chinas
Lei eleitoral
Salvação?
sexta-feira, janeiro 29, 2021
Já agora...
Vacinas
Lei do mercado
Decência
Escumalha
Liberais
Governo
“Pega na lancheira...”
Alertas
Eutanásia
Liberdade, liberdade...
Ainda Marcelo
Brasil
Venezuela
quinta-feira, janeiro 28, 2021
A vida relativa
Eu andava nos últimos anos do liceu. Uma noite, a rádio, no dia seguinte a televisão, no outro dia ainda os jornais do Porto que se liam lá por casa, em Vila Real, trouxeram o relato dramático do desastre.
quarta-feira, janeiro 27, 2021
Um outro país que aí existe
Numa destas noites, para escapar ao debate político nas televisões, nas margens das regras de confinamento, saí a pé uns quarteirões. Deparei, numa porta iluminada, com uma loja de produtos de alimentação e de primeira necessidade. Não precisava de nada, mas entrei. Uma cara escura, com uma máscara negra, deu-me um “boa noite” com sotaque. Para justificar a incursão, comprei qualquer coisa, de que, verdadeiramente, não sentia falta. Ao contrário do que costumo fazer com os estrangeiros com quem calha cruzar-me no mundo do comércio, nos restaurantes ou nos Uber, não perguntei de onde era. Sri Lanka ou Bangladesh ou Paquistão seria, com certeza, a resposta. Mas podia ser o Nepal, mas raramente a Índia.
terça-feira, janeiro 26, 2021
Já é azar!
Conseguir um estacionamento perto do oculista, com uma farmácia em frente, onde “aviei” uma receita que trazia à mão desde ontem, prenunciava um bom início de tarde. Esta Lisboa pandémica, tem uma vaga em cada esquina. Função executada, regresso ao carro. Não abre! Não abre? Não abre! Ó diabo! Será a pilha?
segunda-feira, janeiro 25, 2021
Rosalina Machado
Era uma mulher-sorriso, uma presença muito agradável, a simpatia em pessoa. Conheci-a, há muitos anos, através de amigos comuns. Era uma figura solidária, uma empresária corajosa. Na última década, encontrámo-nos na tertúlia “Grupo Amizade”, sob o simpático acolhimento do João Flores, que há meses desapareceu. A Rosalina, no dia seguinte ao seu marido Francisco, sai hoje de cena. Muito triste.
Para os próximos anos
Uma leitura (útil) de Paulo Querido
Agostinho Jardim Gonçalves
Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...