Filipe Santos Costa é um jornalista cujas qualidades ultrapassam, em muito, a peculiar circunstância de partihar comigo as mesmas iniciais. Leio-o por aí com regularidade e, gostava de dizer, tenho pena de o não ler mais. Quem quiser perceber a política portuguesa de décadas recentes não pode deixar de conhecer a obra sobre o jornal “O Independente” que, há alguns anos, escreveu com Liliana Valente. Não sei mesmo se alguns já lhe perdoaram essa ousadia...
Há semanas, chegou-me, “por mão amiga” (já não se vê muito escrita esta simpática expressão antiga), um livro, editado pela Fundação Luso-Americana (FLAD), em que Filipe Santos Costa entrevista vinte personalidades portuguesas sobre a influência dos Estados Unidos da América em Portugal, nos últimos 35 anos, os mesmos que a FLAD leva de existência. O volume chama-se “Atlantic Talks” e traz-nos visões, frequentemente bastante informativas, sobre diversas áreas. As entrevistas podem ser apreciadas nos “podcasts” originais.
Os livros institucionais são, muitas das vezes, uma imensa chatice, servindo apenas para encadernar a rotina da casa que os edita e encher-nos as estantes. Não é, manifestamente, o caso de este. Rita Faden, presidente da FLAD, está de parabéns por esta bela iniciativa.
Não vou destacar nomes, dentre os entrevistados no livro, para que se não diga que, a contrario, estou a não querer relevar outros. Nem sequer vou colocar a fotografia da capa, indiciando alguns dos entrevistados, para não facilitar a vida aos medíocres preguiçosos do “Ah! O livro tem uma entrevista com essa? Ora aí está uma boa razão para não o ler!”.
Imagino que, no site da Fundação, possam saber mais sobre esta bela iniciativa.
2 comentários:
Obrigado, caro FSC.
Foi um conjunto de entrevistas que me deu imenso prazer fazer, e a parte melhor é que julgo que se nota o gosto que tivemos naquelas conversas.
A outra boa notícia é que vem aí uma segunda temporada do podcast.
a influência dos Estados Unidos da América em Portugal, nos últimos 35 anos
Uma influência sempre crescente. Pode-se dizer que Portugal é atualmente uma colónia cultural e intelectual dos EUA. Há mesmo muitos portugueses que estão tão americanizados que discutem temas puramente americanos como se fossem seus.
Enviar um comentário