domingo, junho 16, 2024

Trump e Zelensky

Donald Trump disse que, se for eleito presidente, e ainda antes de tomar posse, acabará com a concessão regular de ajudas financeiras à Ucrânia. Qualificou Zelensky como um grande "vendedor": de cada vez que visita os EUA, regressa com 60 milhões de dólares. E, logo que chegado a casa, pede outro tanto...

15 comentários:

Erk disse...

Curioso.

Alguns "comunistas" de trazer por caixa de comentários daqui do blog têm opinião igual à do Trump.

Não admira nada...

Anónimo disse...

O ERK pelos vistos acha bem, formidável, que o Zelensky continue a vender o produto “Ucrânia” e, nesse sentido, ir sugando milhões atrás de milhões, para enterrar no cemitério em que converteu o seu país. Ainda há tipos assim “fantásticos” , que acham bem esta situação. Chama de “comunas” a quem poderá reagir positivamente ao que Trump diz, pois então diria que a continuar a assim, os EUA (e por junto a UE/Nato) em vez de investirem na sua Saúde, Apoios Sociais, etc, preferem apoiar a indústria do armamento e, nesse sentido, continuarem a enterrar milhões e milhões de USD na Ucrânia. Extraordinário!

João Cabral disse...

O que Trump diz não se escreve, mais que sabido.

Joaquim de Freitas disse...

Erk faz parte da quinta coluna ao serviço , um pouco por todo o lado, dos nazis de Kiev.

Há todo um jogo em torno de cada nova escalada, é sempre o mesmo cenário: primeiro um novo pedido de armas de Zelensky a quem a lista foi obviamente sugerida, depois pressão ou mesmo raiva de Zelensky diante da procrastinação ou atrasos na entrega, depois, a pressão mediática ocidental cheia de simpatia pela causa ucraniana, hesitações reais ou aparentes de Joe Biden, que parece relutante a uma nova escalada, e depois sempre o mesmo resultado: o passo foi ultrapassado.

Piada incrível, para muitos ucranianos que votaram rindo no actor, no herói da série de televisão e do filme. Mas a piada levou aí à guerra na Ucrânia, ao cancelamento dos acordos de Minsk, e a uma atmosfera delirante de fim do mundo, onde já não sabemos o que ganha, o espectáculo de Zelensky, que entretanto tornou-se Fausto, num espetáculo ocidental permanente, ou o espetáculo atroz da guerra.

Il y a tout un jeu autour de chaque nouvelle escalade, c’est chaque fois le même scenario : d’abord une nouvelle demande d’armement de Zelensky à qui on a suggéré d’évidence la liste, puis pressions voir colère de Zelensky devant les atermoiements ou les retards de livraison, puis pressions médiatiques occidentales pleines de sympathie pour la cause ukrainienne, hésitations réelles ou apparentes de Joe Biden, qui a l’air de répugner à une nouvelle escalade, et puis toujours le même résultat : le pas est franchi.

O apoio ocidental diz respeito a todas as áreas de actividade económica, militar, comercial e financeira: apoio ao orçamento do Estado ucraniano, pagamento de funcionários públicos, responsabilidade pelo serviço da dívida, importações de bens e serviços, produtos alimentares de consumo, formação, em particular de soldados ucranianos , saúde etc

Em suma, os ucranianos já não precisam de trabalhar. Eles só são convidados a lutar e morrer por seus benfeitores.

A Ucrânia é um estado mantido. A chuva de dólares que caiu sobre a Ucrânia foi capaz de abafar todas as outras considerações e dar à corrupção já endémica uma dimensão nunca antes conhecida.

E como se lê neste blogue, hà "Erks" que alinham nas fileiras dum tal individuo.

Luís Lavoura disse...

Trump quando (e se) fôr eleito presidente terá que tomar cuidado com o défice orçamental dos EUA, que é gigantesco - comparável em percentagem do PIB ao de Portugal no tempo de Sócrates.

Cortar as ajudas sistemáticas à Ucrânia será um bom primeiro passo nesse sentido.

Joaquim de Freitas disse...

Joao Cabral disse: "oão Cabral disse...

O que Trump diz não se escreve, mais que sabido". Très juste! Mais Trump est obligé de claironner toutes ses "vérités" plus fort que les autres, parce que est un putiniste!

Erk disse...

Há quem pense que escrever em francês, depois de em brasileiro, os torna intelectuais, imagine-se...

Há um ditado português "filha, chama-lhe a ela, antes que ela te chame a ti..."

Assenta perfeitamente em quem acusa outros de serem quinta coluna, quando não passam, eles, de quinta coluna do Putin.

Eu, por mim, quero a justiça das coisas, um país que foi invadido por outro, ilegalmente, com crimes de guerra, numa estratégia de invasão por etapas que já foi vista antes na Geórgia, Moldávia, etc, etc, etc. cujos cidadãos têm o direito de votar pertencer à NATO e à CE.

Aliás, a invasão cobarde russa com o pretexto anti-NATO foi ao único país não NATO da região provando assim a utilidade da NATO, bem como da cobardia russa

manuel campos disse...


Eu quando escrevo aqui vou tendo o cuidado (pelo menos tento) de rever a redacção no fim, não vá o que eu escrevi poder ser lido exactamente da mesma maneira se trocar os nomes dos que "defendo" pelos dos que "ataco".

É claro que não vejo o mundo a preto e branco e portanto sei e reconheço que os que "defendo" têm também por onde serem atacados e os que "ataco" têm também por onde serem defendidos.

Assim muito me encanto ao ler os comentários que, na precipitação de ganhar a guerra no sofá, dão para ler trocando os nomes dos protagonistas e acabam por ser belíssimos tiros nos pés.

manuel campos disse...


Já percebi que o "Erk" ainda não seguiu o meu conselho, andei a meter cunhas na Gomes Freire para nada, estou assim muito zangado consigo.

Há no entanto aqui um pequeno problema no que escreve, um pormenor, je dirais même plus “un petit rien du tout".

Todos os cidadãos têm o direito de votar (?) pertencer à NATO e à UE mas, para isso, a NATO e a UE têm que lhes abrir a porta antes.
Note assim que eu não escrevi que a NATO e a UE "têm que dizer que os querem lá", escrevi “têm que lhes abrir a porta antes”.

Anónimo disse...

Por uma vez estou de acordo com Trump. Não disse nada mais do que a realidade. Zelensky e o seu governo são um sugadouro de biliões, ou milhares de milhões, consoante estivermos a falar de USD, ou EUR. Ao que consta, Zelensky já terá conseguido extrair cerca de 200 mil milhões de EUR e mais ainda em USD (ou mais?). Maioritariamente em armamento, munições, equipamento militar e, por junto, em muito menor quantidade, alguma ajuda para “umas batatas e umas cervejolas”, bem como para pagar os salários da soldadesca, etc (sim, porque sem “bago” nos bolsos ainda fazem alguma asneira, ou entram em greve). Seria bom saber quem vai pagar a conta, no fim da festa, ou seja, quanto cada país da UE – quanto aos EUA quero lá saber, é problema que respeita aos contribuintes dos “States” - irá, ainda, desembolsar e já desembolsou. Há outras prioridades no seio da UE (e naturalmente nos EUA), muito mais importantes para cada membro da UE, todavia, a Ucrânia e o seu comediante Presidente levam a perna a essas prioridades. Depois da pantominice e teatro (com uma peça medíocre) a que se assistiu naquela estância turística na Suíça, culminando com uma rábula a título de “declaração”, os patéticos participantes regressaram às suas “casernas”, sorridentes. O “caderno de encargos” que o Zé Lenka levou e apresentou aos “turistas estadistas” (depois de previamente aprovado por Washington e Bruxelas, naturalmente) tinha tudo para nunca sair do papel e assim ficou e ficará. No fim da comédia, o “comerciante” Zelensky (como muito bem o designou Trump) ainda conseguiu garantir mais uns valentes milhões. E irá continuar. Extraordinário! E então ouvir os comentários das luminárias do costume, nas nossas televisões, a perorar sobre o dito evento e seus “resultados positivos”, foi algo surreal. Dizia-me uma alma minha conhecida que “aquilo ia pôr o Putin em sentido. O tipo vai ao chão, você vai ver! E, um dia destes a Ucrânia triunfará. Zelensky é Churchill do seu país!”. Olhei para ele, como um psiquiatra olha para um desgraçado a precisar de cuidados especiais, naqueles hospícios, mandei-o tomar um calmante, dado o estado de euforia intelectual em que se encontrava e, mentalmente mandei-o dar dar uma volta ao bilhar grande. Quando o traste de Kiev sair de cena, ou por decisão norte-americana (cansado dele), ou por acção de uns tantos militares ucranianos, estou para ver como reagirá a sacrossanta UE (sob a batuta da medusa Ursula van der Leyen).
a) P. Rufino

Joaquim de Freitas disse...

ERK tem razão : A língua do blogue é a portuguesa. E é nela que sempre procuro escrever, mesmo se devo traduzir por vezes. Acontece que o meu português de mais de meio século, é suplantado, no meio dum texto, pelo francês, porque é nesta língua que penso desde há 60 anos e é a minha língua quotidiana e da minha família.

Mas o intelectual que é, não teve dificuldades. Ainda bem.

Quanto ao seu comentário, devia reler a história antes de escrever “cujos cidadãos têm o direito de votar (?) pertencer à NATO e à CE. Porque foi precisamente o que fizeram muito democraticamente os ucranianos antes do golpe de Maidan, que pretendiam a união económica com a Rússia, a Bielorrússia e o Cazaquistão, em vez da EU, como lhe foi “fortemente” sugerido pelos nazis de Kiev. A fagulha que incendiou a Ucrânia está aqui.

Luís Lavoura disse...

P.Rufino

Seria bom saber quem vai pagar a conta no fim da festa

Pois.

E o mesmo com Gaza. Tradicionalmente, lá, Israel (com o beneplácito dos EUA) parte tudo, depois a União Europeia gasta alguns anos a pagar a reconstrução, para depois Israel voltar a partir tudo (com o beneplácito dos EUA). O ciclo repete-se. Agora, a União Europeia terá que lagar a reconstrução, não somente de Gaza mas também da Ucrânia. Será uma conta muito, muito grande.

Anónimo disse...

Uma resposta com elegância aquela que o leitor Joaquim de Freitas deu a uma alma penada que se estendeu num comentário aqui neste Post. Aproveito para reiterar que aprecio e leio com interesse o que J. de Freitas comenta. É saudável ver que nem toda a gente pensa pela mesma bitola propagandista ocidental, quer no respeitante à Ucrânia, quer no que se vai passando em Gaza. Sobretudo, quando a comunicação social faz de caixa de ressonância da propaganda Ocidental (vulgo EUA, UE e Nato), quer nos noticiários, quer nos comentadores políticos e jornalísticos (com raríssimas excepções, nestas cabendo e ainda bem o autor deste saudável Blogue).
É curioso como se instrumentalizou e formatou de tal forma a narrativa sobre a Ucrânia pelos “media” e políticos ocidentais, ao ponto de constituir uma “aberração”, condenável, pensar diferente dos parâmetros oficializados pelo sacrossanto (cínico e hipócrita) Ocidente, sobretudo no que respeita à Ucrânia e ao traste do comediante, e agora também comerciante, Zelensky, hoje reverenciado por essa casta de políticos e jornalistas.
a) P. Rufino

Anónimo disse...

Luís Lavoura, pois é, tem razão. Estou para ver a “conta calada” que a UE terá de pagar e desembolsar, um dia mais tarde, quando o "foguetório" acabar.
a) P. Rufino

manuel campos disse...


Brasil, Índia e África do Sul, China e Rússia e vários outros países não assinaram o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia.
Fui fazer aqui uma pequena conta, isto representa cerca de 4 mil milhões de pessoas, metade da população mundial.
Só a China e a India representam um terço da população mundial mas continuam a ser olhados com uma mescla de arrogância e indiferença típicas dos burgueses falidos perante a populaça, as quais se vão acentuando à medida que a dita populaça vai ganhando uma capacidade financeira e cultural que a burgusia falida vai perdendo.

O umbiguismo europeu não nos permite ver certas coisas, estando o centro do mundo aqui e o resto sendo paisagem, continuamos convencidos que isso é coisa boa, que por exemplo o aumento da esperança de vida associado à diminuição da natalidade só nos trará alegrias e boa vida à sombra do Estado Social tal como existe em quase todo o continente.

Ao olhar para isto tudo vem-me à memória um “cartoon” de que em tempos aqui falei, em que aparecia um mapa-múndi com a UE, o Reino Unido, os EUA e o Canadá pintados a vermelho e o resto do mundo todo branco.
O título do “cartoon” era: “A vermelho a comunidade internacional segundo os meios de comunicação social ocidentais”.
Não saímos disto porque não queremos aceitar que temos que saír disto.

"Quem quer regueifas?"

Sou de um tempo em que, à beira da estrada antiga entre o Porto e Vila Real, havia umas senhoras a vender regueifas. Aquele pão também era p...