Com a anexação dos territórios ucranianos, integrando-os na Federação, a Rússia sobe a parada. Se se mantivessem “repúblicas” independentes, algum “trade off” com Kiev ainda era possível. Desta forma, Moscovo não admite qualquer possibilidade de recuo. A lei de Murphy está aí!
7 comentários:
Estamos numa situação esquisita. Todos os dias, na zona nordeste, os ucranianos recuperam território. O progresso é bem visível entre versões dos mapas (mas ainda falta tanto!). Já no sul, a coisa não ata nem desata e os mapas estão iguais há muito tempo.
Militares ocidentais - de vários países e elevado envolvimento com serviços de informações -, dizem-nos que o exército russo está nas últimas. Tudo corre mal aos invasores: desmoralização, falta de munições, equipamentos em falha, más condições de vida. E, no entanto... não se vê avanço a sul. Ora, tamanha desproporção de moral e qualidade de equipamentos já me fazia antever melhores resultados.
Agora, vem aí nova carne para canhão. Os russos vão apostar na tática soviética, chinesa e vietnamita (comunista, portanto), de lançar marés de soldados para "afogar" o inimigo? Convenhamos que, ou os "recrutas" fogem/se entregam ou ainda nos arriscamos a que a coisa funcione.
Entretanto, o Expresso dá voz a um jornalista russo em Moscovo que diz "Converso com mães de soldados que morreram e elas apoiam Putin. Têm raiva, mas é dos ucranianos". Ora aí está o grande povo russo no seu esplendor de cordeiro inocente, não é? Ai a russofobia...
José
Todos os dias, na zona nordeste, os ucranianos recuperam território.
Não creio que isso seja assim, pelo menos, o que tenho ouvido informa-me que a situação está praticamente estável desde que, há umas três semanas, a Rússia retirou completamente da província de Kharkiv. Desde essa retirada, a Ucrânia não tem recuperado qualquer território substancial.
ó diacho... a lei de Murphy?
Se o objectivo de Putin for, em última análise, o uso de armas nucleares tácticas contra a Ucrânia, só sei uma coisa: o mundo ocidental não vai poder ficar parado, a assistir impotente. Mas como vai reagir não faço a mínima ideia...
É mais uma questão da "Lei de Murphy" de um lado com "Catch 22" do outro.
E o Lavoura não nos quer informar onde ficam os "mentideros" onde ouve coisas? É o bar do PCP, talvez? É o hall da Associação de Amizade Portugal-Cuba? É a newsletter do Conselho Português para a Paz e Cooperação?
O Lavoura tem a obrigação moral de nos dar acesso às suas fontes. Resgate-nos da cegueira em que vivemos! Isto porque, aparentemente, as fontes do Lavoura sabem mais do que a Al Jazeera (que publica diariamente mapas), que o Institute for the Study of War (que fornece os mapas), que a BBC, que a CNN, que o The Guardian, que o Le Monde.
Irra! As "fontes" do Lavoura são a luz e andamos nós aqui em baixo entretidos com as sombras. Não pode ser!
Quando o Luís Lavoura não se tinha ainda tornado famoso como é hoje e, portanto, a maior parte dos que andam aí pelos blogues não o conhecia sequer,
já eu tinha grandes "discussões" com ele pois este estilo não lhe apareceu
com a idade, até o acho mais moderado do que quando ele próprio tinha um blogue e era "cada post cada minhoca".
Portanto não me parece que as fontes dele sejam grande coisa.
Agora o "hawkish" ISW, entidade não lucrativa mas com patrocínios muito específicos, há que ser também cuidadoso.
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