Uma noite, há pouco mais de vinte anos, à saída de um jantar em Teerão, num lugar que fora um velho caravanserai, um adolescente inquiriu de onde é que vinha o grupo em que eu estava. À minha resposta, abriu um imenso sorriso e disse: “Portugal? Figo!!!”.
O mundo teve quatro nomes quando, em matéria de futebol, se falava de Portugal. De início, foi Eusébio. Depois, foi Figo. Hoje, continua a ser Ronaldo. No banco, com um sucesso ímpar, José Mourinho.
Tenho uma imensa simpatia pela figura de Eusébio, grande admiração, como fã de bom futebol que sou, por Luís Figo, acho que Cristiano Ronaldo é o expoente máximo do profissionalismo e da genialidade. Por Mourinho, fala o seu palmarés.
Luís Figo foi a primeira internacionalização de um futebolista português de primeira grandeza. Acompanhei o seu sucesso no Barcelona, segui e aplaudi os seus êxitos no Real de Madrid, assisti a muitos jogos quase só pelo prazer de o ver jogar. Uma bola nos pés de Luís Figo dava-me imensa confiança de que a jogada poderia vir a ter sucesso. Mais do que Eusébio, mesmo mais que Ronaldo - embora esse esteja bem acima de todos os outros.
Fiquei curioso com a saída de Figo do Barcelona para o seu maior rival. Apesar disso, o assunto não me interessou o suficiente para ler sobre ele. E como não olho para um jornal desportivo desde os meus 20 anos…
Ontem, reparei que a Netflix tinha um filme sobre Luís Figo. Durante uma hora e quarenta, assisti a testemunhos cruzados de todas as personagens envolvidas nessa famosa transferência, desde logo, e longamente, do próprio Luis Figo. A anotei pormenores desses dias e dessa verdadeira saga.
Não quero dizer mais do que isto: Luís Figo não sai nada bem dessa história, relatada no que me pareceu ser um trabalho equilibrado e “fair”. Tenho muita pena.
8 comentários:
Não vi nem quero ver o filme. Mas, diria eu, muitos futebolistas não devem sair nada bem de muitas histórias de transferências suas.
Pessoas que namoram com Madrid, que tomam partido por "Madrid" contra a Catalunha.
Sim, não costumam sair bem, embora se saiam bastant€ b€m.
Pois a mim me parece que, ao lado de um cretino como ronaldo, um indíviduo que foi aos EUA comprar filhos, assim os privando das suas mães, um crápula que em 2006 se virou para os jornalistas e lhes disse todo irado após o fiasco "perguntem ao Queiróz", uma abécula que na final de Paris (onde felizmente saiu logo aos 20 minutos) se armou em treinador, para espanto de Fernando Santos e se meteu a dar ordens para dentro do campo, um criminoso condenado pela justiça espanhola e que só se safou da cadeia por ser quem é, Luís Figo é um senhor. Um Senhor. E sobre ópios do povo não me pronuncio mais, não vou em futebóis.
Não conheço bem a história do Figo mas nunca fui à muita bola com o homem, embora como jogador fosse incrível. Como homem e até como futebolista ponho, ainda, hoje o Eusébio, em primeiro lugar. O Ronaldo em 2º lugar, mas como homem no fim, " ex aequo" com o Mourinho.
Sr. Lúcio Ferro
Ninguém é perfeito, nem os judeus, quanto mais você.
Sr Brás, não percebi o seu comentário, o senhor é anti-semita? Mais lhe digo que gosto muito de bacalhau, mas prefiro à Gomes de Sá.
Parece-me a mim que para o camarada Lúcio Ferro o maior crime do Cristiano Ronaldo foi ter ido aos EUA.
Camarada bife, pouco me importa se o escroque foi comprar filhos aos EUA, à Nigéria, à Lua ou onde quer que fosse. E acrescento que, para mim, também vai de alcatra, com um ovo a cavalo.
Enviar um comentário