quinta-feira, setembro 22, 2022

País livre

Claro que devemos dar asilo político a quem foge do regime de Putin. Como devemos sempre ter as portas abertas e não criar dificuldades a todos os russos que queiram viajar para Portugal, sem lhes perguntar o que pensam sobre Putin ou sobre o que quer que seja. Essa é a diferença de um país livre.

9 comentários:

APS disse...

Eu acrescentaria: ... e das delicadezas gentis da democracia.

Unknown disse...

Salvo o devido respeito, não estou de acordo. Estamos numa guerra. Asilo sim, turismo não.

Francisco Seixas da Costa disse...

O Unknown deve saber que Portugal não está em guerra com ninguém, desde logo não está em guerra com a Federação Russa, com quem tem relações diplomáticas e embaixadas abertas. Quem está em guerra com a Rússia é a Ucrânia. Ser simpático e procurar ajudar este país a deter a invasão russa não nos coloca em guerra com a Rússia. Já reparou que a NATO não enviou uma única arma para a Ucrânia? Quem o faz, bilateralmente, são os seus membros. E, acima de tudo, os russos não são o regime de Putin, e vice-versa.

Luís Lavoura disse...

Um país livre no qual está proibida a estação de informação Russia Today?
Eu diria que a União Europeia atualmente é muito menos livre do que já foi. E que está continuamente em vias de se tornar ainda menos livre.

João Cabral disse...

Depois das trapalhadas com o acolhimento de ucranianos, o que virá por aí?

manuel campos disse...


Passo com muita frequência à porta da embaixada da Rússia e desde que ela está ali, é caminho meu, ainda há uma hora atrás lá passei.
Tirando os primeiros tempos da guerra em que a segurança policial foi reforçada está tudo aparentemente como estava dantes nessa matéria, talvez alguma polícia à civil ande ou estacione por ali.
Como diz isto é um país livre.

José disse...

Compreende-se que haja países a negar entrada aos fugitivos. Deixar a Rússia esvaziar-se de "oposicionistas" (muitos serão apenas oportunistas ou, até, cobardes), serve para diminuir a pressão sobre o regime de Putin.

O que nos interessa é que haja, na Rússia, subversão, conflito e revolta. Deixar sair os descontentes só ajuda Putin e é por isso que - hoje, tal como no início da guerra -, as fronteiras não são fechadas do lado russo. "É deixá-los sair, os ratos!", pensarão os putinheiros, enquanto esfregam as mãos de contentes por ficarem no país apenas com os mansos que não levantarão problemas.

Depois, há a questão do estatuto: esta gente é o quê? Refugiada política? Também vamos ter de lhes pagar alojamento e comida? Porquê? Porque não querem cumprir com as suas obrigações? Nós queremos é que eles vão para a guerra levar o descontentamento com eles e ajudarem a apodrecer a moral do exército invasor.

Vamos construir campos de refugiados para os russos? Não temos, já, problemas suficientes a sustentar milhões de ucranianos que, certamente!, nunca votaram em Putin ou permitiram, de forma passiva ou ativa, que a Rússia se tornasse nisto? Ou estamos a deixar passar a malta endinheirada que se encarregará de alimentar a especulação imobiliária?

Se esta gente é oposicionista, tem de lutar na terra dela! Esqueçam lá as campanhas "internéticas". Se os russos não acreditam na verdade que os parentes ucranianos lhes contam por telefone (pais a duvidarem de filhos!), que diferença pode fazer esta gente que foge para lutar no conforto do estrangeiro? Vão convencer quem e onde?

Percebe-se, ainda, que os países bálticos - que já sofrem com a herança populacional da URSS -, não queiram ver refugiados a engrossarem as fileiras do inimigo interno.

E já nem falo da forma como um acontecimento destes serve para introduzir na Europa agentes russos.

Repito: se isto fosse um problema para os russos, as fronteiras já tinham sido fechadas! E, como isso não acontece...

Nuno Figueiredo disse...

?.

Anónimo disse...

Ao Jose: "os países bálticos - que já sofrem com a herança populacional da URSS". Se me permite perguntar: por acaso já esteve em algum país da ex-URSS? Notou alguma diferença entre estonianos, letões, lituanos, ucranianos, russos, moldavos, bielorussos, cazaques? Acha que o Reino Unido também pode dizer que "sofre com a herança populacional da UE", dado que fez exatamente aquilo que os países bálticos fizeram, na medida em que as respetivas constituições o permitia? Tem conhecimento que no Reino Unido os europeus da UE sejam vítimas da mesma discriminação que os russos sofrem nos países bálticos? Caro José: os países bálticos não sofrem, quem sofre são os russos. E muito me admiraria se os russos quisessem ir agora viver para os países bálticos. Eu não ia - nem que me pagassem.

Obrigado, António

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