sexta-feira, setembro 23, 2022

Vergonha


Uma declaração desumana, marcada pela russofobia. A União Europeia, de que a Estónia é membro, não é nada disto.

12 comentários:

Lúcio Ferro disse...

Típico e de certo modo positivo para as autoridades russas. Todavia, isto acaba por ser uma não questão. É que, sabe, Senhor Embaixador, as "notícias" de que milhões de russos se estão a revoltar nas ruas das cidades e que outros tantos estão em debandada para ocidente, são, como diria Mark Twain, manifestamente exageradas; diria mesmo mais, Goebbels ficaria muito orgulhoso desta máquina infernal de mentiras, onde quer que seja que os russos o enterraram.

Abraham Chevrolet disse...

Com "democratas" destas, antes a Padeira de Aljubarrota, que resolvia o assunto na hora e não tinha pachorra para aturar os basbaques das tvs...

Miguel disse...

Identificar os cidadãos com o governo do seu país é próprio dos totalitarismos em geral e do fascismo em particular. Vergonha, ignomínia, infâmia, desonra.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, creio que vai longe demais quando classifica tudo como russofobia. Há vários argumentos para recusar asilo a russos, a russofobia penso que seja o último. Até porque, como se sabe, só agora depois da mobilização se começou a falar desse acolhimento, os que fogem só agora se indignaram e revoltaram com o que está a acontecer? Milhares de irmãos seus já lá deixaram as suas (jovens) vidas. Além de que o território russo não está a ser atacado. Não dou para esse peditório, tenham lá paciência.

Unknown disse...

A União Europeia está em guerra com a Rússia e é um artifício formal dizer que não está. Não me consta que os beligerantes tenham de acolher os desertores da outra parte. Sim, porque quem está a fugir agora são os que foram mobilizados e querem fugir à guerra, não são os opositores ao regime.

João Cabral disse...

Acrescento que seria muito fácil a Moscovo acusar alguns dos países da ex-URSS, nomeadamente os bálticos, de albergarem inimigos do Estado russo ou até terroristas. Desculpas para uma "operação militar especial" não faltariam. Quando se lida com ditadores do calibre de Putin, todo o tacto é avisado. Sublinho que não estamos sequer a falar de refugiados políticos.

manuel campos disse...


Não era nada disto.
Ou não devia ser nada disto.
E isto vai ter consequências suficientemente sérias para abalar muitas convicções e pôr em causa muitas tomadas de posição relativas a outros.
Não será para já, que está tudo ainda quente, mas lá chegaremos.

Anónimo disse...


Acho curiosos certos comentários.
Mas algum jovem se ía embora de Portugal antes de 1961 que não fôsse já um perseguido político?
Ou acham que os que foram depois da guerra colonial começar se deram todos
de repente conta dos seus princípios políticos?
Há cada cromo por aí, vê-se logo que conheceram pouco mundo.

Unknown disse...

Verdadeiramente vergonhosas, as afirmações desta senhora. E choca-me saber que o partido dela se encontra no mesmo grupo político europeu que o partido em que milito.

José disse...

As fronteiras continuam abertas.

Que estranho regime este que mobiliza a população (entenda-se, os homens), mas que a deixa sair do país em paz e sossego. Até parece que lhe dá jeito...

Quanto à identificação dos cidadãos com o governo do seu país, tudo dá a entender que ela existe, de facto. É, desde logo, esse o princípio da democracia representativa.

Eu compreendo que o Povo Russo seja tão fantástico e culto que, por entre treinos de ballet e discusões acesas sobre dramaturgia, lhe reste pouco tempo para coisas tão comezinhas como a política. Mas... a verdade é que o fantástico Povo Russo tem sido responsável por eleições sucessivas do camarada Putin, não é?

A Rússia de Putin, ao contrário do Portugal de Salazar, é um país onde - até há pouco tempo -, houve liberdade de imprensa, liberdade de acesso à internet, liberdade de associação, órgãos de comunicação independentes e... no que deu isso? Em pouco. Em muito pouco.

Qualquer fantástico cidadão russo foi - durante muitos anos -, livre de ler o que se escreveu sobre Putin. Foi livre de ir às manifestações da oposição, foi livre de votar na dita e... o que fez? Apoiou Putin.

Na verdade, basta que um político arrote qualquer coisa que soe a "Glória da Mãe Rússia", e os cultíssimos, esclarecidíssimos e inocentíssimos russos vão logo atrás, não é? Se não é, parece mesmo que é!

Anónimo disse...

Desde há muito que a situação nos países bálticos em relação aos russófonos lá nascidos é degradante para quem sofre da russofobia vigente. Além de serem "não-cidadãos" (não têm os direitos cívicos que a UE concede a todos os migrantes que nasceram fora da UE e cá vivem, como o direito de voto e outros...), são perseguidos pelo que os seus tetra-avós fizeram há 70 anos.
Espantoso como estas violações de direitos humanos, sendo tanto ou mais graves que as que acontecem na Hungria, sejam desprezadas pelos mesmos dirigentes europeus não eleitos que tão pressurosamente ameaçam a Hungria de corte dos fundos europeus se não respeitarem "os valores europeus". União Europeia: campeã da hipocrisia.

João Cabral disse...

Se algum jovem se ia embora de Portugal antes da guerra sem ser perseguido político? E há quem afirme ter mundo. Caramba.

Os EUA, a ONU e Gaza

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